Entra dia, sai dia, e Kanye West não para de surpreender. E a noite de ontem foi um prato cheio. Para começo de conversa, ele armou um mega (mega mesmo) show para o lançamento de seu CD “The life of Pablo” (quem é esse Pablo? Ninguém sabe) junto com o desfile da terceira coleção da parceria que tem com a Adidas, a Yeezy Season 3. Tudo isso perfazendo parte da programação da Semana de Moda de Nova York, no Madison Square Garden. Por lá, obviamente, todo o clã Kardashian, já que Kim, a mais incensada delas, é sua esposa e mão de seus filhos. Com a filha mais velha do casal, North West, no colo – paparicadíssimo, a socialite usou uma peruca loira e chegou com sua mãe, Kris Jenner, e as irmãs, Khloe Kardashian, Kylie Jenner, Kendall Jenner e Kourtney Kardashian.
No quesito moda, a Yeezy Season 3, como era de imaginar, não inventou a roda fashion. Muito pelo contrário. Quem entende do assunto e esteve por lá de olho no que entrava e saia do backstage garantiu: mais do mesmo. Salvo, of course, poucas exceções, com destaque para malhas alaranjadas e em tons de ferrugem (Naomi Campbell fechou o desfile, que também contou com Veronica Webb). Ah, e um conversinha de bastidor vale a pena ser compartilhada aqui: no maior tipo pé de ouvido, Kanye West contou para toda-poderosa Anna Wintour, que, por anos, foi a diretora de redação da Vogue, que seu sonho é ser diretor de estilo da grife francesa Hermès. Se bem que, para quem almeja a presidência dos Estados Unidos da América, esse sonho é café pequeno, não?
Na fila A, além do clã Kardashian? Anna Wintour, Jennifer Hudson, Melanie Griffith Lil’ Kim, Karlie Kloss, Gigi Hadid, Carine Roitfeld, Jay Z, Lamar Odom (ex-marido de Kourtney – que foi muito bem tratado, aliás) e Caitlyn Jenner (que, diga-se de passagem, usou o mesmo vestido que Kendall). A grande polêmica da noite ficou por conta da parte musical. Dentre as 10 faixas de “The Life of Pablo”, nono álbum de estúdio de Kanye, chama atenção “Famous”. Nela, ele canta: “Eu sinto como se eu e Taylor (Swift) ainda pudéssemos fazer sexo porque eu fiz essa vadia ficar famosa”. Por meio de assessoria de imprensa, a loura já chegou a dizer que a música prega ódio a mulheres, que ele não pediu autorização e que a considera com “forte mensagem misógina”.
Kanye West e Taylor Swift em outro momento, quando fizeram as pazes perante a imprensa (Foto: Reprodução)
Por outro lado, há quem diga que o rapper entrou em contato diretamente com Taylor Swift, “no mês passado”, e ela teria dito que entendeu a piada e liberou tudo, sem rusgas. Pelo sim ou pelo não, Kanye West recorreu agora a pouco a seu Twitter para falar do assunto e disse: “Em primeiro lugar, eu sou um artista, e como artista, expressarei como me sinto sem censura. Segundo: eu falei com a minha esposa e ela não teve nenhum problema [com a letra]. Terceiro: Eu liguei para Taylor e tive uma conversa de uma hora sobre a letra, e ela achou engraçado e permitiu o lançamento. Quarto: ‘bitch‘ [vadia] é um termo carinhoso no hip hop, assim como ‘nigga’. Quinto: Eu nem vou levar crédito pela ideia… É, na verdade, algo que Taylor criou… Ela estava jantando com um de nossos amigos, e vou manter o nome dele fora disto, e ela disse a ele: ‘Não posso ficar brava com Kanye, pois ele me fez ficar famosa'”.
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