Prestes a comemorar seis anos de história na noite do Rio de Janeiro, o Chá da Alice é uma festa que impressiona não apenas pelas edições sempre bombadas – e disputadíssimas -, mas também por conseguir se reinventar, mantendo a sua essência lúdica e popular, arrastando milhares de pessoas. Agora, quem senta na mesa do chapeleiro maluco para realizar uma edição histórica é Ivete Sangalo. E ela já mandou avisar que não vem sozinha: Preta Gil, Anitta e Alinne Rosa também irão participar da festa, dia 31, no Riocentro. Para celebrar esse megaevento, o Site HT estará sorteando um par de ingressos VIPs e, para ganhar, basta curtir a nossa página no Facebook, compartilhar o link da matéria e nos marcar no post. O sorteio acontecerá na semana da festa e o resultado será divulgado nas nossas redes.
“Eu estou muito feliz de participar dessa edição. Tenho uma expectativa muito grande, porque além do sucesso, eu sei que o Chá da Alice tem um público delicioso”, comentou a diva baiana, animadíssima de participar da edição. E, para quem já compareceu a alguma edição da balada, que já vestiu Valesca de Marilyn Monroe e colocou uma cobra à la Britney Spears sobre os ombros de Anitta, Ivete também promete surpresas para a noite: “Eu vou sim fazer um figurino massa! E dar umas pinceladas no repertório também, colocar umas novidades, uns covers, tudo bem gostoso. Mas por enquanto é segredo…”, faz mistério. E, como Pablo Falcão, dono do badalo, explica em entrevista exclusiva ao site, “a maior estrela pop nacional está comprando todas as ideias da festa”.
Parece inacreditável que uma balada de tamanho sucesso tenha nascido meio que sem querer, no improviso. Tudo começou quando Pablo Falcão resolveu comemorar seu aniversário e, com sua sensibilidade de artista, soube escolher um som que ia de Elis Regina a É O Tchan, num badalo cheio de celebridades descendo até a boquinha da garrafa. O sucesso foi instantâneo e, quando a atração da noite seguinte na casa onde ele havia assoprado as velas cancelou de última hora, foi para Pablo que o dono ligou, pedindo mais três edições “às pressas”.
De lá para cá, o Chá da Alice já se transformou em Chá da Anitta e Valesca, Chá da Daniela [Mercury], Chá das Deusas (com Preta Gil e Wanessa), Chá da Ludmilla, passou por um Carnaval na orla de Ipanema, realizou edições em São Paulo, Volta Redonda e Brasília, e, ao todo, recebeu mais de 400 mil pessoas ao longo desses seis anos. Nada mal para uma festa que começou como aniversário, né?
Para HT, Pablo Falcão conta como é ter a maior popstar do Brasil associando seu nome a uma festa pela primeira vez, qual o segredo do sucesso inegável do Chá, as mudanças na noite carioca ao longo desses seis anos e aonde ele pretende levar a marca daqui para frente. Antes de tudo já adiantamos: um dos destinos é o Carnaval de Salvador, onde a festa se tornará bloco no ano que vem, com Alinne Rosa puxando o trio. Quer saber mais? Então vem com a gente:
HT: Qual o segredo de manter uma festa no ar por tanto tempo, sem cair na mesmice ou no esquecimento?
PF: É um desafio enorme, mas tudo que nós fazemos é com carinho, amor e respeito ao público e à nossa arte. Todos os envolvidos são atores e/ou artistas, de alguma forma. Sempre tivemos o cuidado de trazer algo novo, que surpreenda, encante e nos satisfaça. A alma do artista é mais movida pelo aplauso que pelo dinheiro na conta bancária, então sempre prezamos pelo encantamento e pela magia. Esse é um espetáculo inspirado no universo de “Alice [no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll], então precisamos trazer essa energia, onde tudo pode acontecer, sem nenhum preconceito, principalmente o musical.
Nós artistas enxergamos um mundo ali onde todos podem frequentar. Não é um evento gay ou hétero, é uma festa e ponto. Todos são bem vindos: artistas, famosos, desconhecidos, cadeirantes etc. É um lugar onde a diversão impera. O êxito vem do respeito, da criatividade e dessa mistura de dança, circo, arte e música. Já fizemos edições em que homenageamos artistas como Dercy [Gonçalves], Carmen Miranda e Chacrinha.
HT: O que você percebe de mudanças na noite carioca ao longo desses seis anos?
PF: Em 2009, quando a festa surgiu pelo aniversário, eu pensei em algo alegre para mim e para os meus amigos. Era uma satisfação pessoal de inconformidade com a noite carioca: ou você iria para uma balada de eletrônica com gente sem camisa, ou pra festas tipo forró e samba. Era tudo muito segmentado, e eu pensava ‘mas nós somos tão plurais!’. O que mudou mais foi o comportamento musical das pessoas. Antes, não existia esse lugar. Eu enxergo o mundo sem segmentação. Hoje, vejo que duas coisas mudaram: a questão musical, que o povo ficou menos careta nesse sentido
HT: Quando você começou a fazer o Chá da Alice, imaginava que a festa chegaria a esse tamanho?
PF: Existem dois lados dessa moeda: o mais bonito seria eu dizer que nunca imaginava. E, realmente, quando começou, eu não imaginava. Depois, com o trabalho, vem aquela história de não ser nariz em pé, mas almejar mais e ter um objetivo claro. Então, quando vi desde o início que eu investia, já pensava que a gente poderia ir além. Qualquer ser humano, em qualquer trabalho, pode mais. Basta acreditar nele e trabalhar com afinco, sem querer passar na frete de ninguém. Já distribuí convite na rua para gringo na terceira edição, porque estava chovendo e a casa estava vazia. Sempre pensei na marca em primeiro lugar, nunca pensei em colocar nenhum nome antes. Não vou fazer mais do mesmo para tirar dinheiro do público e nem criar outra festa agora, porque não vemos outro vácuo.
HT: Como pensaram em Ivete Sangalo para comemorar esses seis anos?
PF: Eu penso na Ivete desde o inicio (risos). Desde o ano passado, nós fomos namorando a ideia para essa proposta. Ela topou na hora: ‘Quero, quero, quero meu chá!’. O único pedido a princípio foi ‘Eu quero muito que seja ‘Chá da Veveta’. Agora, nossa maior estrela pop nacional está comprando todas as nossas ideias.
HT: O que o público pode esperar desse Chá da Veveta? Vocês irão produzir um espetáculo próprio como fizeram em outras edições?
PF: Vai ter produção nossa, sim. O artista quando topa fazer um espetáculo com o Chá já entende que vai ser um show diferente. Tudo é em comum acordo. Tive a ideia, passei e ela adorou, entrou na onda de figurino e tudo. É a maior produção que já fizemos! O show será em um galpão gigante e vai ser um palco armado especialmente para o evento. Posso adiantar que teremos truques de mágica e ilusionismo, gente da equipe da Unidos da Tijuca assessorando as ideias loucas e vai ser uma ‘abertura mágica’.
HT: Quais os próximos sonhos para o Chá?
PF: A gente sempre tem vários sonhos. Há muitos artistas que não fizemos ainda, que são especiais e com certeza vamos fazer. A gente, assim como o público, sonha com uma edição de “Chá da Xuxa”. A própria diz que ‘querer é poder’ e acho que isso seria incrível para o público de todo o Brasil . Ninguém mais conseguiu ver a Xuxa além da TV, e acredito que esse seria um grande marco. E, claro, sonhamos também com as estrelas interacionais, como um “Chá-kira” e o sonho dos sonhos, Beyoncé. Mas um tijolinho de cada vez. Daqui para frente, não sei o que vai acontecer com o Chá. Continuamos com carinho pelo público da festa e pelo Rio.
O que posso dizer é que o Chá virou bloco de Carnaval e vai sair em Salvador em 2016, no domingo, com Alinne Rosa puxando a multidão. Vai ser algo lindo. Queremos realmente fazer a diferença, com um espetáculo lúdico e encantador, como a festa é.
Artigos relacionados