Natascha Falcão propõe uma viagem tropical e sensorial em seus shows, cantando os mais calorosos ritmos brasileiros e afirmando a figura autêntica e radiante que ela é. Nascida em Recife, se mudou para o Rio de Janeiro em 2013, para estudar dança e atuação. Sempre cantou em cena nos palcos do teatro, mas o ponto de virada, aconteceu quando entrou em um grupo performático de carimbó. “Acredito que tudo vem do corpo, inclusive a voz. Me interessa muito o teatro físico, embora até seja meio redundante falar isso. Eu já misturava essas artes com a música. Porém, um dia, me chamaram para participar do Pirarucu Psicodélico. Eu fui e começamos a fazer muitos shows na rua, em lugares alterativos, até chegar em palcos importantes, como o Teatro Rival, na Feira de São Cristóvão, até abrir para Dona Onete. Fomos trabalhamos bastante”, disse a artista, que se encontrou completamente nesse meio. Ano passado, quando saiu da banda, Natascha seguiu o instinto musical e começou sua carreira solo.
Suas principais inspirações são as trilhas sonoras, os musicais, Maria Bethânia, Elis Regina, além das divas pop internacionais, Beyoncé e Lady Gaga. Ela escuta de tudo. Para ela, a música é um reflexo do seu próprio ser. “Me interessa muito esse lugar do cantar que é mais teatral, que você insere sua personalidade enquanto artista, na voz e performance. Eu busco isso, as pessoas que assistem meus shows falam muito dessa questão. Gosto da identidade visual, das coisas carnavalescas, exuberantes, coloridas, que eu acabo trazendo, por ser um resultado de mim”, explica.
Essa veia artística de Natascha vem também de família. Ela é prima de segundo grau do cantor Otto, apesar dos dois se tratarem como se fossem de primeiro mesmo. “A gente tem uma relação ótima! É uma referência para mim, de outro jeito, claro, por ser mais rock’n roll e eu cantar outros ritmos. Quando cheguei ao Rio, há quatro anos, ele morava aqui e ficava dizendo que queria produzir meu disco, que não tinha nenhuma cantora nova assim, me apoiando. Sempre cheio de boa vontade. Acabou não rolando na época, porque ele era mega ocupado”. Já aconteceram até alguns encontros musicais dos dois nos palcos, como uma participação no show clássico de Otto na Fundição Progresso com a Orquestra Voadora.
A artista de 30 anos, está se preparando para um momento importante na carreira: lançar seu primeiro EP. Intitulado “KITSCH Completo”, a produção terá 4 faixas e Natascha não contém a animação. “É uma inspiração nos flamingos, nas cores, algo meio cafona, mas eu me identifico muito com esse lugar dos exageros, do brega. Estou muito ansiosa e feliz de ter conseguido gravar, testando essa identidade interessante. O EP vai mostrar a artista eclética que sou”, contou. O trabalho está em fase de mixagem, e ela pretende divulgar nas plataformas este ano. “Terá uma regravação de um brega famoso de Recife, e as outras três são autorais. Duas, escrevi em parceria, e uma é a composição de um amigo”, completa.
Ela adianta para o site HT que o primeiro single será “Menino Bonito do Metrô”, que vai mesclar ritmos, com toda sua essência. “É uma música super divertida, que junta carimbó e brega, com a cultura amazônica e afro-caribenha”, disse. A artista, está o tempo todo se reinventando, e insere essa pluralidade musical no trabalho. “Essa mistura me interessa. Ela que me dá vontade de cantar e dançar, é como se fosse uma missão, porque são músicas que te põe para cima, dão alegria e tem isso do popular. Eu dou uma modernizada, claro, porque gosto de experimentar”, se divertiu.
E Natascha não para! Além de se dedicar ao lançamento do primeiro EP, ela tem o show Crush com o cantor Matheus VK, uma viagem aos hits românticos que brinca com a dramaturgia, os dois pretendem voltar com as apresentações ano que vem. Também participa do Pororoca Purpurina, grupo carnavalesco popular no Rio que celebra a diversidade, e, está envolvida em projetos de teatro. No momento, dirige um solo que estreia em novembro. “Quero levar alegria e amor. As pessoas estão precisando disso. Estar no palco e ver o público se divertindo, os olhares, essa vontade de viver, gosto de sentir essa energia. É uma das coisas que mais me arrepia e me deixa inteira. Me ponho totalmente, e isso pode até parecer clichê, como um canal quase que sagrado”, finalizou. Podemos perceber que o que move Natascha, é mesmo essa sua alma artística, colorida e dançante.
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