Bomba por vir! A espaçonave Tom Zé baixa destilando puro laser atômico nesta madrugada!


Opa! Vestido de diabo louco, estilo Zé do Caixão, o multi artista aparece no programa “Ensaio” e explica que o rabinho tem relação com Caetano e Gilberto!

Tom Zé é quase um homem-bomba. Só chega causando, seja nos seus shows, seja nas entrevistas siderais, em qualquer aparição estratosférica. Famoso por sua inventividade e ousadia musical, é autor de grandes discos da música brasileira – e também das frases mais criativas da face da terra, desde o Pleistoceno, e das aparições mais desprovidas de censura da humanidade. Assim como Sílvio Santos e a finada Hebe, nuca teve superego. E Já dizia seu bom amigo David Byrne, depois de conhecer acidentalmente o multi artista, ao se deparar com o LP “Estudando o Samba”, numa prateleira de sebo no Rio: “Tom Zé expande incessantemente os limites da canção popular”. Byrne ficou fascinado com a ousadia do artista e acabou lançando o gênio no mercado internacional. Afinal, atrevido como sempre, ele mexe até hoje nas estruturas do principal gênero musical do país.

E, como essa bomba-humana não para de fazer fissão nuclear, hoje, após as 23h30, o compositor, cantor, performer, arranjador, escritor e inventor de tudo aquilo mais um pouco aparece fazendo o diabólico louco no programa Ensaio”, da TV Cultura. E mais: ainda explica que o rabinho tem relação com Caetano Veloso e Gilberto Gil. Opa, como assim?!? Está mesmo esquentando nessa usina atômica…

Bom, já se sabe que a entrevista será, no mínimo, imperdível. Ou melhor dizendo, bombástica! É assim sempre quando o assunto é Tropicália, Caetano ou Gil. Como é sabido, Tom Zé despontou na música brasileira na época do boom desse movimento musical. Ele e seus amigos, parceiros e irmãos-camaradas da “turma baiana”, como ele mesmo os chama, já brincavam nas terras do recôncavo dançando “Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá!”

O fato é que, depois dessa fase, enquanto Tom Zé mergulhou no ostracismo, os baianos colhiam os frutos da fama semeada com o Tropicalismo para, em seguida, mergulharem nos anos oitenta empresariados por esposas-executivas de responsa. E Tom Zé lá, de lado, guardadinho na prateleira. Pouco depois, Byrne descobriu Zé e ele resolveu destilar seu ressentimento em praça pública e em cadeia nacional, dizendo que os tropicalistas nunca o ajudaram e tudo mais. O resto já virou história. Mas, toda vez que Tom Zé fala de Caetano e Gil, a conversa nem sempre é diplomática. Aliás colocar Tom Zé e diplomacia na mesma frase é, no mínimo, uma enorme falta de cuidados com a cultura brasileira. Não faz parte da natureza dele avaliar o que diz, e sim avaliar o entorno.

Galeria de fotos (André Conti/divulgação):

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Até farpas em redes sociais o músico já trocou com Caetano Veloso, a ponto de dizer “não precisamos destes surtos de ressentimentos”, mas o performer-músico parece mesmo gostar de rompantes, seja de ressentimento, ou de deliciosas criações múltiplas. Antes do álbum que acaba de lançar, “Tropicália Lixo Lógico”, com participação de jovens músicos – de Emicida a Mallu Magalhães – o músico disponibilizou no seu site o compacto “Tribunal do Feicebuque” , depois de sofrer críticas nas redes ano passado, por gravar um comercial da Coca-Cola que trazia mensagens otimistas sobre a Copa do Mundo. Pelo visto, seu público também não quer um Tom Zé dizendo coisas bonitinhas por aí.

Tom Zé também promete aparecer, hoje, no programa de Fernando Faro, munido de mapas e cartazes que se incorporam ao cenário. Ele os utiliza para explicar a evolução e propagação da música na Europa, África e Brasil. O bate-papo é pautado pela Tropicália, sua infância na cidade de Irará, na Bahia, e suas experiências sexuais. Oh, Jesus! O artista também fala deste seu último álbum e relata as dificuldades que teve durante a gravação, por conta do som diferenciado. Como se dificuldades com trabalhos inusitados fossem uma novidade para Mestre Tom Zé. Ele também canta várias músicas suas, dentre elas “O motoboy e Maria Clara”, “DE-DE-DEI XÁ-XÁ-XÁ”. Imperdível!