Bibi Ferreira é um nome acima do bem e do mal. Um baluarte contra a mesmice que acomete boa parte da humanidade. Com mais de 70 anos de carreira, ela não tem fórmula, nem frescuras de artista. Acaba de sair belíssima de seu show no Teatro da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com todo o seu classismo, e vai ao Mc Donald’s na capital capixava comer nuggets com batata frita, sua Coca-Cola e sorvete. E assim, ela se despede do espetáculo “Bibi, Histórias & Canções”, que faz parte do projeto 6 Circuito Banescard de Teatro, produzido pela WB Produções, no auge dos seus 91 anos, belíssima, inteligente, grandiosa e cantando incrivelmente.
Aclamada por mais de 600 pessoas por dia, a atriz encerra a turnê que viajou várias cidades do Brasil, encerrando no teatro universitário de Vitória nos dias 29, e 30 de março. Para este show, os ingressos esgotaram duas semanas antes do espetáculo. O público capixaba ganhou, ainda, um presente exclusivo: uma palhinha de seu novo show: “Bibi canta Sinatra” (os ensaios para o novo espetáculo já começam em maio). Baita disposição! Apoiada por 21 instrumentistas, a estrela revisita sua história e interpreta marchinhas, árias de ópera e canções imortalizadas por Edith Piaf. Além de números inéditos, Bibi também canta músicas brasileiras de Chico Buarque, Noel Rosa, Tom Jobim e Vinícius de Moraes. No meio do show, dizia a diva aos seus súditos: “Ontem, estive aqui. Foi uma noite maravilhosa. E, hoje, encerro esta turnê aqui em Vitória, muito feliz. Antes que aconteça qualquer coisa, porque a gente não sabe o que pode acontecer, eu quero deixar registrado o meu muito obrigada a esta orquestra”. E lançava seu vozeirão, abrindo espaço para mais uma pausa onde a atriz podia destilar seu humor:
“Está aqui o Nilson, que vai me ajudar a sair de cena, porque estou com uma pequena distensão muscular na perna direita que afetou o joelho. Então, eu estou muito dolorida (em tom debochado). Eu queria pedir licença para vocês (rindo) para sair mais ou menos carregada. Não no colo, porque não seria possível”, brinca.
Bibi aplaude virada para os músicos e acena para o público, mandando beijos, saindo de cena, amparada pelo seu fiel escudeiro Nilson Raman. Para o diretor da WB Produções, Wesley Telles, foi emocionante ver a plateia ir ao delírio. “Ter produzido o show da Bibi Ferreira foi a realização de um grande sonho pessoal e profissional. Ela é o resultado de que estamos no caminho certo”, afirma Wesley. Bibi é unanimidade em matéria de exemplo de pré-disposição de um artista ao longo de tantos anos.
Fotos: Divulgação/ZORZAL/WB Produções
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