Nirvaninha-Honolulu! Aura zen do bom moço Jack Johnson tenta acalmar frenesi do Rio em show cool!


O surfista havaiano mais uma vez arranca suspiros do carioca com sua atmosfera de luau intimista!

Bom moço assumido, Jack Johnson chega pela terceira vez ao Rio, sem o ritmo de gringo em terra desconhecida, para sua turnê “From Here To Now To You”. Dessa vez ele tentou trazer dos mares do Pacífico sua aura de bom rapaz para contrastar com o ritmo frenético que anda açoitando a cidade-maravilha. Além de plantar mudas na Prainha, surfar com as crianças de ONG da Rocinha e ainda criticar tanto a poluição nas praias quanto o alto preço dos ingressos, o músico fez um show acolhedor em única apresentação nesta quinta, no HSBC Arena.  E, como prometido em 2011, ele voltou a cantar Jorge Benjor, sendo ovacionado pela platéia. E mais: o pianista Zack Gill mais uma vez roubou a cena nos solos.

Na platéia, teenagers dividiam o espaço com casais apaixonados. Entre surfistas fazendo selfies com hang loose, encontramos o casal “do ar” Maria Helena Sampaio e Daniel Domingues, respectivamente aeromoça e piloto de aviação, que são fãs incondicionais do cantor e frequentam seus shows pelo mundo todo, cada vez que conseguem conciliar com suas viagens. Eles sabem a história de cada música e compraram o ingresso do camarote para comemorar o aniversário de casamento. “Temos até vinil dele, que é realmente uma pessoa boa e dadivosa. Acho que valeu emprestar para o Rio essa energia boa que ele tem, de pessoa do bem”, avalia a aeromoça. Outro casal 20 presente, a atriz Sheron Menezes e o empresário Saulo Bernard, também são muito fãs do cantor  – a ponto de acharem o show muito curtinho -, mas não acreditam que o cantor gente boa consiga acalmar o frenesi carioca: “Sozinho? Tadinho, bem que gostaria, mas uma pessoa só não faz revolução”, brinca a gata engajada.

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A socialite Regina Orenstein acha a chegada do havaiano ótima para “imprimir aquela energia perfeita para começar o ano bem”. Sim, o carná passou e o ano finalmente começou de verdade, não é? E Regina aproveita para  brincar com o fato de ter visto na plateia uma turminha cantando o tal hino deste fim de verão. “Agora que o ano começa na prática, acalmarem os ares no pós-carnaval, perfeito! Mas aura branda era só mesmo no palco mesmo, pois vi uma turminha descendo a rampa na base do Lepo-Lepo. Esse chiclete realmente persegue”, entrega a moça. O Lepo-Lepo talvez fosse apresentação de parte dos teenagers de plantão que invadiram aquela arena com pegada college. No fim do show, eles ficaram ensandecidos no palco disputando a paleta do cantor, que ele sempre distribui como presente aos fãs depois da apresentação. E Jack também foi generoso com o bis. Voltou com quatro músicas aclamadas pelo público, entre elas, “Times Like These”, a famosa “melô do suspiro” que deixou todo mundo fazendo “hum, hum, hum”. Depois engatou outra bem famosa, “Better Together”, e aí partiu para a que fez em homenagem à prole, “Angel”.

Na última música, o destaque foi para o solo impressionante do pianista Zack Gill, peça importante na carreira do cantor e que também arrancou aplausos em alguns solos de vocal e em um instrumento que utilizou, lembrando o som de gaita, tipo escaleta. E rolou ainda a música “If I had eyes”, momento em que ele faz uso daquele ato clássico de se levantar do piano de madeira – disposto de forma charmosa e compondo o cenário simples com um painel ao fundo – e bater palmas para a plateia. Lógico, o público heterogêneo acompanha esse momento contemplativo. Em clima intimista, o surfista mais uma vez conquista o carioca com sua atmosfera de luau e sua alma zen.

Veja as fotos do show!

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