*Por Rafah Moura
Um mulherão da porra, uma drama queen e intensa. Três adjetivos que poderiam ser superlativos, afinal, Alice Caymmi é uma pisciana que transborda emoções, um de seus sobrenomes. Acostumada em mergulhar em águas profundas, ela que vem de um signo que podem ser considerados o de maior conexão espiritual do zodíaco, é sensível, sensitivo, empático, ingênuo, intuitivo, sonhador e artístico. A cantora sente tudo, desde as pessoas ao seu redor e ao ambiente. “Eu sou muito dramática, os meus amigos e minha equipe sempre falam: ‘Alice, pelo amor de Deus. É tudo muito intenso’. A minha vida é muito intensa e eu vivo tudo com muita intensidade e isso cria uma vivencia que escorre de forma dramática para as minhas músicas, um reflexo meu”, explica a cantora.
Em uma década de carreira, a musa encarnou diferentes personagens ou personalidades, em cada um dos seus discos: Alice Caymmi, 2012, Rainha dos Raios, 2014, Alice, 2018, Electra, 2019 e Imaculada, 2021. “São 10 anos de carreira. Para comemorar vou lançar um disco ao vivo, em agosto, e um material audiovisual muito bacana, vai ser incrível. Estou explodindo de ansiedade”, revela.
Alice, 32 anos, é neta de Dorival Caymmi, filha de Danilo e Simone Caymmi e sobrinha de Nana e Dori Caymmi seguir o caminho da música foi algo natural em sua vida. E ela traz essa referência transgressora nesses dez anos de carreira. É como uma ‘cara-pintada’ contemporânea que questiona a sociedade por meio de sua arte tão cheia de autoralidade. “Nesses dez anos de carreira, eu mudei muito, fui cinco personagens diferentes, com trabalhos totalmente diferentes e que orgulham muito. Cada um tem o seu lugar em mim, e nos meus fãs, e contribuiu para chegar nesse lugar que estou hoje. Sou muito grata pela minha trajetória, minha vida e tudo o que aconteceu e vem acontecendo”, pontua.
Em alguns momentos os raios solares vêm beijar a face dessa compositora, como na canção em ‘Tudo o que for leve’, trazendo um refresco em suas apresentações. “Sim, tem esses momentos mais solares, que eu dou graças a Deus, pois tenho algum descanso e ponho nos shows para dar uma levantada na energia também, porque ninguém merece esse drama o tempo todo. (risos). Tem momentos que eu consigo fazer músicas alegres e eu gosto de tocar elas nos shows”, frisa.
Nosso encontro com Alice foi às 14h, logo depois do seu show no Festival Mita, com um sol que nada parecia outono. “Foi uma delícia estar aqui e poder reencontrar o público. Me falta essa experiência de festival, eu fiz muito poucos. E ainda mais em um horário que eu não estou acostumada a me apresentar foi muito doido, um aprendizado incrível e emocionante”, agradece.
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