Alcione ‘vira a cabeça’ da plateia do Imperator em show arrebatador e tem arrasado nas mídias sociais


Em seis apresentações, com casa cheia, a Marrom foi a escolhida para comemorar os sete anos da reabertura do Centro Cultural João Nogueira, no Méier

Alcione fez seis apresentação no Imperator com impressos esgotados (Foto: Isabella Ribeiro / Imperator – CCJN)

*Por Rafael Moura

Foi emoção pura o show de Alcione. O público aplaudiu, cantou, gritou e chorou durante todo o espetáculo ‘Eu sou a Marrom: Acústico‘, em cartaz de 12 a 16 de junho, no Imperator: Centro Cultural João Nogueira, no Méier, Rio de Janeiro, com ingressos esgotados em todas as apresentações. A casa de shows que é cheia de bossa, afinal o local leva o nome de um grande sambista brasileiro, completou sete anos, no dia 12 de junho, desde a sua reabertura. O local que tem muita bossa trouxe a Rainha do Samba para essa celebração com uma trajetória consagrada. A Marrom viaja entre os mais diversificados gêneros musicais com talento, suingue, visceralidade. Canta samba, bolero, jazz, xote, reggae, música romântica ou qualquer outro estilo musical, porque foi contemplada com uma das vozes mais poderosas e versáteis que o nosso país já conheceu.

A noite começou com uma apresentação voz e violão da cantora Gabby Moura, participante da segunda edição do The Voice Brasil (2013), que cantou clássicos da MPB como: Coqueiro verde, de Eramos Carlos; Flor de lis, de Djavan; Recado, de Gonzaguinha; O que é o amor e Madureira, de Arlindo Cruz; Na rua, na chuva, na fazenda, Hyldon; e Vou festejar, como uma homenagem a grande Beth Carvalho (1946 – 2019).

Com um cenário inspirados nos palcos da Broadway e nos clássicos cabarés, a dupla Ruslan Alastair e Martín Flores, da Truque Produções, arrematou esse espetáculo repleto de homenagens: Piano da Mangueira, de Chico Buarque; Mesa de bar, de Alcione e Ed Motta; I will survive, Jamaica a São Luis, de Alcione; À flor da pele, de Clara Nunes; Retalhos de cetim, Benito de Paula e os sucessos ‘A Loba’, ‘Você Me Vira a Cabeça’, ‘Faz uma loucura por mim’, ‘Meu Ébano’, ‘Juízo Final’,  ‘Não Deixe o Samba Morrer’ que levaram a plateia a catar de peito aberto.

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Em julho, a cantora começa a gravar um disco com canções inéditas, uma delas é de Serginho Meriti, ‘Tijolo por tijolo’ e uma parceria com Toninho Geraes, que estará nas plataformas digitais ainda no mesmo mês.

Alcione ainda fez uma ode à Estação Primeira de Mangueira com Autonomia, de Cartola; Quando eu me chamar saudades, Nelson Cavaquinho; Nunca (que gravou com Jamelão) e História para ninar gente grande, enredo da escola de samba conquistou o seu 20º título de campeã.

A diva levou ‘As rosas não falam’ no mini trompete que emocionou a plateia do Imperator (Foto: Isabella Ribeiro / Imperator – CCJN)

Uma formação que tem a finalidade de aproximar palco e plateia, estabelecer uma ligação mais íntima entre a intérprete e o público. Um espetáculo acústico, intimista e regado à pura emoção. E que, temos a certeza, agradará muito aos seus fãs. Com mais de 47 anos de carreira, 42 álbuns (entre lps e cds) e 9 Dvds gravados, a Marrom já ultrapassou a marca de dez milhões de discos vendidos; fez shows em mais de 30 países, e perdeu a conta de quantas vezes cruzou o Brasil de ponta a ponta com turnês prestigiadas pelo público, mídia, e lotações esgotadas.

A diva que arrebatou ao longo de sua trajetória mais de 350 prêmios, entre nacionais e internacionais como o Grammy Latino; honrarias, títulos e comendas, também é muito requisitada para campanhas publicitárias. Artista amada por plateias de todos os quadrantes, faixas etárias, classes sociais e intelectuais, Alcione também faz questão de utilizar as novas mídias para aproximar-se do público. Público esse composto por uma multidão de seguidores conforme revelam os números, superlativos, de suas redes sociais.

A casa de espetáculos do Méier, Imperator, lotada nas cinco apresentações de Alcione. (Foto: Marcelo Castello Branco)