A leveza contagiante de Roberta Campos no DFB Festival: artista fala do trabalho novo e faz balanço da carreira


A cantora foi destaque no Palco Factory, com 28 metros e feito de sucata, montado na Cidade Cultural, megaestrutura na Praia de Iracema, em Fortaleza (CE). Ao site, Roberta falou com exclusividade sobre a representatividade do festival, e também do momento na carreira. “O DFB é relevante, expressivo, um dos maiores eventos de moda autoral da América Latina. Além disso, é gratuito. Então, é um espaço em que o público pode respirar e absorver cultura, tendências, informação, novidades, e tudo de graça! Ser convidada para abrir um evento dessa grandeza me enche de alegria. O público de Fortaleza sempre me acolheu muito bem e cantou comigo as minhas músicas. Esse convite é um reconhecimento do meu trabalho! Estou feliz e honrada”

Roberta Campos (Foto: Lucas Seixas)

Um salve ao DFB Festival! O evento, além de multiplataforma da sinergia entre moda, cultura, capacitação e empreendedorismo, também oferece ao público shows gratuitos de atrações musicais nacionais e locais, como Roberta Campos, que se apresentou no Palco Factory, com 28 metros e feito de sucata, montado na megaestrutura do local. Ao site, a cantora falou com exclusividade sobre a representatividade do festival e também do momento na carreira. “O DFB é relevante, expressivo, um dos maiores eventos de moda autoral da América Latina. Além disso, é gratuito. Então, é um espaço em que o público pode respirar e absorver cultura, tendências, informação, novidades, e tudo de graça! Ser convidada para abrir um evento dessa grandeza me enche de alegria. O público de Fortaleza sempre me acolheu muito bem e cantou comigo as minhas músicas. O convite do DFB é um reconhecimento do meu trabalho! Estou feliz e honrada”, diz.

Celebrando a boa fase, a cantora também faz show do trabalho novo, ‘O Amor Liberta’, para embalar o Dia dos Namorades, dia 9 de junho, no Teatro Liberdade, em São Paulo, às 20h30. Ela está em todas!

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A cantora Roberta Campos se apresenta no DFB Festival (Foto: DFB Divulgação/ Rogério Lima)

A cantora Roberta Campos se apresenta no DFB Festival (Foto: DFB Divulgação/ Rogério Lima)

A mineira de Caetanópolis reconhece e exalta a cena musical do Nordeste hoje. “É fértil, rica e cresce a cada dia. Tenho escutado muito o Martins, o Almério, Johnny Hooker, a banda Selvagens à Procura de Lei, de quem inclusive sou amiga; Luccas Mamed e tem muita gente boa cavando seu espaço, mostrando sua musicalidade e ganhando os olhares do público. Recentemente tive o feliz presente de ter a minha música ‘De Janeiro a Janeiro‘ gravada pelo João Gomes. O Nordeste tem chegado mais a nós do Sudeste, e isso é maravilhoso. O Brasil tem vários ‘Brasis’ e temos nos juntado mais, nos conhecido mais! A arte é para ser ecoada por todos os cantos”, aponta Roberta.

“O público de Fortaleza sempre me acolheu. O convite do DFB é um reconhecimento do meu trabalho! Estou feliz e honrada” (Foto: DFB Divulgação/ Rogério Lima)

Indicada ao Grammy Latino 2016 na categoria Melhor Álbum de MPB com o disco ‘Todo Caminho é Sorte‘, Roberta lança novo álbum, ‘O Amor Liberta‘, produzido em plena pandemia. “Foi gravado em setembro de 2020, no Rio de Janeiro. A ideia inicial era entrar em estúdio em maio do mesmo ano, mas devido à Covid adiamos as gravações. Para o disco foi boa a espera, porque comecei a compor bastante e acabei mudando algumas canções. Acredito ter feito escolhas melhores, dentro de tudo que pensei para o álbum. É um disco pulsante, pra cima! A mensagem gira em torno da vivência do amor próprio, dos meus entendimentos, e tudo que essa expansão de consciência me traz. Isso reverbera na minha vida e alinhou várias pontas. Tem uma mistura de elementos, de coisas que eu vinha ouvindo nos últimos tempos, como jazz, blues, bossa nova. Fiz os arranjos junto com Paul Ralphes, que foi quem cuidou da produção”.

“O Brasil tem vários ‘Brasis’ e temos nos juntado mais, nos conhecido mais! A arte é para ser ecoada” (Foto: DFB Divulgação/ Rogério Lima)

E compartilha que apesar das dificuldades da atmosfera pandêmica, o período foi artisticamente produtivo. “Compus bastante, tanto sozinha, como fiz novos parceiros. Normalmente tenho um processo solitário de composição, 95% das minhas canções faço sozinha, mas aproveitei o momento para me juntar com pessoas e exercitar esse compartilhar que a composição nos proporciona”, recorda.

“Fiz música com Carlinhos Brown, Danilo Caymmi, Dadi Carvalho, Zélia Duncan, e vários parceiros de fora do Brasil também, com quem compus em espanhol: músicos da Espanha, Guatemala, República Dominicana, Argentina, México e Chile. Acumulando assim, quase 200 canções entre 2020 e 2021. Não parei! Dei muita entrevista para rádios, para programas de TV, blogs, aproveitando muito esse recurso maravilhoso que é a internet. Além de tudo, fiz planos. Agora, eu quero dar vida a todos os meus projetos”.

Roberta Campos participa do DFB Festival e lança novo trabalho (Foto: DFB Divulgação/ Rogério Lima)

A cantora ingressou para o mundo da música aos 11 anos, e hoje, aos 44, faz um balanço da jornada. “Construí minha trajetória pensando em tudo que eu gostaria para mim. Hoje vejo muitos objetivos alcançados, uma carreira sólida, vivo da minha música. Tenho 20 músicas em novelas, já concorri ao Grammy Latino, tenho mais de 20 músicas tocando nas rádios do Brasil, simultaneamente, já levei meu show para Cabo Verde, na África, para Portugal, e tenho muitos outros objetivos que trabalho para conquistar”, observa.

Roberta Campos em cena no DFB Festival (Foto: DFB Divulgação/ Rogério Lima)

Roberta Campos em cena no DFB Festival (Foto: DFB Divulgação/ Rogério Lima)

“O resumo desse caminho é o sucesso das minhas conquistas, poder viver da minha arte em nosso país, o que é muito difícil. Na verdade, não só da arte, mas ter êxito em qualquer profissão exige muita garra, determinação, foco e coragem. E isso eu sempre tive, e continuo buscando espalhar minha música por todos os lugares possíveis”.

Abrangência e ganhos

Ela analisa ainda, a projeção que as plataformas de streaming dão aos artistas, popularizando a música, versus a rentabilidade disso. Isso já se traduz em ganhos justos hoje? “Nunca. O streaming é uma excelente vitrine, mas não é uma fonte fértil de renda. Pra você ter ideia, para uma música fazer R$ 1.000 de ganho, precisa ter mais de um milhão e setecentos mil streams no Spotify, por exemplo. E esses mil reais são fatiados entre editora, agregadora, selo, gravadora, ficando uma parte pequena para o autor, músicos e intérpretes. A remuneração da plataforma frente ao ganho que ela tem e ao uso que faz da nossa música, ainda é muito desigual. Mas tenho esperança de que o mercado vá desfazer essa distorção. Por onde passo, sempre procuro alertar para essa questão”.

Roberta Campos no palco do DFB Festival (Foto: DFB Divulgação/ Rogério Lima)

Roberta Campos no palco do DFB Festival (Foto: DFB Divulgação/ Roni Vasconcelos)