*Por Rafael Moura
Um dos grande nomes da nova geração do rap nacional tem 21 anos, se chama Daniel Azevedo da Cruz, mais conhecido como Delacruz, é pai, tem 2 milhões de ouvintes mensais no Spotify, ganhou dois discos de ouro (29 milhões de vezes tocadas) pelas faixas ‘Andressa’ e ‘Me Leva’, foi um dos grandes nomes do Espaço Favela, no Rock In Rio, esteve na trilha sonora de ‘O Sétimo Guardião’, 2018, com a música ‘Sobre Nós’, tema de Luz (Marina Ruy Barbosa) e Gabriel (Bruno Gagliasso) e acaba de liberar cinco faixas do álbum ‘Nonsense’.
Para descobrir tudo sobre esse fenômeno, o site Heloisa Tolipan conversou com compositor que, com somente quatro anos de carreira, já tem dado muito o que falar. “É uma satisfação ter conquistado tudo isso em pouco tempo de carreira. É uma vida muito turbulenta, a gente está trabalhando bastante e tudo isso é uma recompensa. São sinais de que estamos caminhando na direção certa com muita dedicação e amor sempre. A nossa missão é difícil, mas precisa ser realizada e a gente não pode mais correr, já apanhamos a vida inteira, agora é partir pra cima”, dispara Delacruz.
O álbum ‘Nonsense vol 1’ traz as faixas ‘Onde estará’ que já ganha um clipe, onde o rapper encarna a figura do típico malandro carioca. O samba soul ‘Favela’, ‘Sunshine’, ‘Anestesia’, que traz a sensualidade com um perfume latino com os beats do rap, e ‘Vício de Amor’, uma composição em parceria com outro fenômeno avançado, Luccas Carlos, em que investem na melodia romântica. “A nossa intenção é mostrar diferentes lados do meu trabalho, e como o nome do disco significa conduta contrária ao padrão, ao bom senso, aproveitamos essa ideia para mostrar o nosso diferencial e criar minha identidade sonora. Acredito que estamos caminhando na direção certa, queremos remar contra a maré, botar um pouco do meu coração para criar um estilo próprio”, explica.
Delacruz começou a compor ainda criança, aos 11 anos, quando fundou um grupo de funk. Com 14 anos, montou banda de pop e reggae ao lado do DJ Gu$t. Mas sua carreira só começou a dar sinais de que iria decolar a partir de 2015, quando postou no YouTube a música ‘Flor de lis’, composta com o rapper e amigo de escola Bernard. “Eu não cheguei na música, ela chegou até a mim, na minha família tem músicos, então ela foi parte da minha vida inteira. Eu sempre me diverti muito fazendo música e chegou um ponto que eu quis levar ela como profissão. Por mais que seja difícil, a agente se dedica e um bom sinal é quando a nossa mensagem começa a alcançar mais pessoas. Sempre pensando um dia de cada vez”, agradece.
Em 2017 veio o grande reconhecimento, com o lançamento da música ‘Sobre Nós’ do grupo Poesia acústica, um coletivo que traz nomes como Maria, Ducon, Luiz Lins, Diomedes Chinaski, Bk’, Kayuá, uma influência do samba, por seu o avô, Elias Índio, compositor de sambas-enredo da escola Unidos de Lucas, quanto pelos ritmos da música negra norte-americana ouvidos por sua mãe, Bianca Azevedo. “A gente se escuta o nosso coração e caminha nessa direção. A galera que nos acompanha fortalece sempre e acaba ajudando a mim, minha família, e as famílias de toda a produção que trabalha conosco. Todos são muito importantes na nossa vida, devo muito a vocês”, agradece.
Os números desse fenômeno nas plataformas digitais são impressionantes: 1,5 milhão de seguidores Instagram, 505 mil inscritos YouTube, mais de 2.125 milhões ouvintes mensais no Spotify e mais de 53. 300 mil fãs no Deezer. Não é por acaso que no palco do Espaço Favela, no Rock In Rio, Delacruz ganhou dois discos de ouro, pelas faixas ‘Me Leva’ e ‘Andressa’, homenagem a sua mulher, que já foram ouvidas mais de 29 milhões de vezes. “Eu sou muito ruim de rede social, juro por tudo o que é mais sagrado, mas a galera da nossa equipe está sempre dando atenção para os fãs, interagindo e apoiando o nosso trabalho, alcançamos um número expressivo de seguidores, de maneira orgânica e pretendemos seguir assim para que essa mensagem seja a mais verdadeira possível.
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