SENAI CETIQT: Vem saber sobre a parceria com a Firjan de videoaulas para empresas produzirem EPIs médico-hospitalares


A parceria entre o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil – SENAI CETIQT, através do Instituto SENAI de Tecnologia Têxtil e de Confecção com a Firjan/SENAI é voltada para a produção do conteúdo de oito videoaulas sobre o processo de fabricação de Equipamentos de Proteção Individual e vestimentas médico-hospitalares voltados para micro, pequenas e grandes empresas traçarem suas estratégias de inovação e, assim, também colaborarem no salvar vidas

 

Na semana passada, eu contei a vocês sobre os bastidores das pesquisas que uniram o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil – SENAI CETIQT, por meio do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras, a Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz, e empresa Diklatex Industrial Têxtil S.A, selecionada no Edital SENAI de Inovação da Indústria – Missão contra o COVID-19 e que resultou no feito histórico de tecido formulado pela Diklatex capaz de inativar 99% das partículas virais da Covid-19. Recentemente, também revelamos aqui durante a live promovida pelo SENAI CETIQT as ações dentro do projeto +Prevenção do SENAI NACIONAL realizadas em tempo recorde, em prol dos profissionais que estão na linha de frente do combate ao Covid-19 e para toda a população do nosso país, pelo Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil – SENAI CETIQT – formado pela Faculdade SENAI CETIQT, Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras e Instituto SENAI de Tecnologia Têxtil e de Confecção, um dos maiores centros de geração de conhecimento da cadeia produtiva química, têxtil e de confecção. Estamos falando sobre produção de EPIs, incluindo máscaras e viseiras de proteção, ensaios laboratoriais têxteis e para produção do álcool em gel 70% com novas formulações derivadas da nanocelulose e/ou outros produtos naturais, auxiliando empresa para a produção em escala industrial, impressão 3D, grafeno que inibe 98.7% do crescimento bacteriano em vestimentas e testes rápidos para detecção de Covid-19, entre outros projetos.

Agora vamos a mais uma novidade: a parceria entre o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil – SENAI CETIQT, através do Instituto SENAI de Tecnologia Têxtil e de Confecção com a Firjan/SENAI para a produção do conteúdo de oito videoaulas sobre o processo de fabricação de Equipamentos de Proteção Individual e vestimentas médico-hospitalares voltados para micro, pequenas e grandes empresas traçarem suas estratégias de inovação e, assim, também colaborarem no salvar vidas. Os os vídeos abordam as boas práticas, as normas técnicas e também ensinam como produzir sete itens essenciais da lista de EPIs utilizados pelos profissionais que estão na linha de frente do combate  à Covid-19 no país.

Gerente do Instituto SENAI de Tecnologia em Têxtil e Confecção (IST), Fabian Diniz, cuja equipe desenvolveu normas técnicas para a fabricação de máscaras, aventais e capotes para que empresas possam fabricar esses materiais vitais em tempo recorde e disponibilizou ainda um conjunto de informações sobre a confecção de máscara de proteção alternativa para a população, produto simplificado e adaptado para a confecção em maquinário industrial ou semiindustrial, lembrou que até então 90% das vestimentas hospitalares usadas no país são importadas. “A partir do momento que capacitamos novas empresas para fabricar esses tipos de EPI’s no Brasil, começamos a atingir novas frentes, nacionalizamos um produto que é importado e, consequentemente, deixamos de depender de empresas estrangeiras”.

O primeiro filme da série de videoaulas em parceria com a Firjan/SENAI conta com uma apresentação do projeto com depoimentos de empresários e consultores técnicos do SENAI CETIQT a respeito das práticas de higiene e proteção e da importância da desinfecção do ambiente de produção. Para orientar a confecção de itens de EPI e vestimentas odonto-médico-hospitalares os outros sete vídeos mostram o passo a passo dos processos de fabricação dos produtos, sendo cada filme dedicado a um item descartável específico: avental hospitalar, pijama hospitalar, macacão hospitalar, máscara cirúrgica, máscara semifacial, propé (equipamento que “veste” o calçado e que tem como finalidade evitar o desprendimento de sujeira em áreas especiais e restritas) e touca.

“Os colaboradores precisam estar com a medicina de saúde ocupacional em dia, que seus exames estejam feitos, que a área de produção seja uma área saudável, com ambiente climatizado e higienizado, e que eles estejam vestindo EPIs para que todo esse complexo possa fazer parte de uma produção saudável”, pontua no primeiro vídeo a empresária Solange Carvalho, da PionG Plus, que produz EPIs para a área de saúde. Segundo ela, a confecção de um produto de saúde precisa obedecer a todo um protocolo, onde desde o funcionário até o ambiente contribuam para que micro-organismos não penetrem nessa área e o produto saia com todos os pré-requisitos necessários: “Nesta pandemia do coronavírus, a empresa reforçou essas condições de trabalho. Fizemos um plano de ação para que pudéssemos conduzir o processo de forma ainda mais rigorosa e que os colaboradores estivessem adequadamente vestidos e saudáveis para confeccionar os produtos. Eles vestem capotes, usam máscaras, toucas, luvas, além de que há uma higienização constante tanto na área de produção como todas as outras da empresa.

A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) número 16 da Agência de Vigilância Sanitária  (Anvisa) aprova o regulamento técnico de boas práticas de fabricação de produtos médicos. É necessário que cada empresa tenha todo esse controle descrito em material que possa ser submetido a certificação, registro e autorização de fabricação. “No que diz respeito à esterilização dos equipamentos hospitalares, por exemplo, ao longo de sua fabricação, ambientes e profissionais devem estar higienizados, desinfectados e esterilizados”, afirma a consultora técnica do SENAI CETIQT Patrícia Dinis.

E Luiz Claudio Leão, também consultor técnico do SENAI CETIQT, pontua que uma estrutura de confecção de materiais cirúrgicos requer uma série de orientações. “A costureira também deve estar com touca, máscara e avental. No setor de corte industrial a mesa não é de madeira. Convém que seja com um tampo de aço inoxidável para evitar contaminação e, dessa forma, nós temos uma estrutura bem apropriada para a fabricação dos produtos”.

Nathalia Coelho, pesquisadora do Laboratório de Tendências da Casa Firjan, enfatiza que a série de videoaulas tem o objetivo de orientar empresários da indústria e profissionais do setor de confecção sobre os processos e protocolos necessários à fabricação dessas vestimentas: “É de extrema importância que esses produtos sejam confeccionados de forma a atender as particularidades demandadas para os seus usos. Atuar nesse segmento é uma oportunidade de negócio para nossos empresários e de fortalecimento da cadeia produtiva têxtil e de confecção”.

Como frisei recentemente, enquanto cientistas do mundo inteiro se voltam para os testes com a vacina contra o coronavírus, equipes médicas continuam sua incansável atuação no combate à doença infecciosa causada pela Covid-19, que já deixou um rastro inimaginável de vítimas fatais no mundo inteiro. Só no Brasil, estamos chegando a quase 100 mil pessoas que perderam a vida desde março. O processo e os avanços das pesquisas na missão de combate à Covid-19 vêm sendo frequentemente relatados aqui no site, com a divulgação de iniciativas de diversas empresas e da sociedade civil, numa demonstração do enfrentamento coletivo do coronavírus.

O SENAI CETIQT trabalha na execução de um protocolo para o retorno às atividades na indústria têxtil e de confecção e já está em plena sinergia com a primeira edição do projeto Conexão SENAI dando consultoria às empresas que estão adaptando seus processos de produção à fabricação de EPIs.

Só para lembrar algumas ações do SENAI CETIQT, no Fashion Lab, primeiro laboratório high tech para experimentação tecnológica no setor têxtil e de confecção, profissionais colocam à disposição de empresas e instituições de pesquisa infraestrutura física e intelectual para o desenvolvimento de soluções práticas e inovadoras, como a fabricação de protetores faciais (incluindo máscaras) e vestimentas, em prol da sociedade e profissionais da saúde. A proposta é criar soluções, em impressão 3-D, por exemplo, para dar suporte à produção de itens que evitam a disseminação do vírus.

Em junho, o Instituto de Inovação em Biossintéticos e Fibras, organização integrante doCentro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil – SENAI CETIQT, foi selecionado e credenciado pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), que atua na cooperação com instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas, tendo como foco as demandas empresariais, apoiando projetos em sua fase pré-competitiva.

A assinatura do Termo de Cooperação entre o Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras do Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI CETIQT), localizado no Rio de Janeiro, como unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) poderá oferecer, como ressaltamos, cada vez mais à indústria o desenvolvimento de produtos e processos inovadores em consonância com as práticas sustentáveis de produção, gerando benefícios econômicos e sociais para fazer a roda da economia girar sempre.

Criado em janeiro de 2016, o ISI integra do SENAI CETIQT e é referência nacional em inovação e se estrutura em quatro plataformas tecnológicas de pesquisa e uma área de inteligência competitiva, modernos laboratórios de Biotecnologia, Engenharia de Processos, Transformação Química e Fibras, possibilitando a identificação e construção de oportunidades para a indústria por meio de análise e desenvolvimento de novos produtos e processos químicos, bioquímicos e têxteis. Foi feito um investimento de cerca de R$ 70 milhões em equipamentos de última geração e únicos na América Latina.

O Instituto SENAI de Inovação (ISI) em Biossintéticos está instalado no novo prédio com alta tecnologia localizado no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão, e foi inaugurado no final do ano passado. As novas instalações contam com 3.500 m² , modernos laboratórios e o ISI já se prepara para a Quinta Revolução Industrial com a junção da biotecnologia com a tecnologia da informação e levará para todo o mundo globalizado as nossas inovações nas áreas de biologia sintética, intensificação de processos químicos e têxteis técnicos, com foco na circularidade e sustentabilidade nas cadeias química e têxtil. O prédio tem cinco andares, sendo quatro inteiramente destinados à infraestrutura laboratorial e plantas-piloto das diferentes plataformas tecnológicas em que o ISI atua: biotecnologia, transformação química, engenharia de processos químicos e bioquímicos e fibras.

Entre os projetos já desenvolvidos no Instituto estão têxteis funcionalizados com propriedades antivirais, o desenvolvimento de formulações alternativas de álcool em gel, testes sorológicos (Elisa e testes rápidos) para diagnóstico da Covid-19 e pesquisa de potencial antiviral e anti-inflamatório de heparinas para tratamento da doença.

Videoaulas: https://casafirjan.com.br/educacao/videoaulas/videoaulas-para-fabricacao-de-vestimentas-hospitalares

Guia de Normas: https://firjan.com.br/News/casa-firjan/pdf/Guia_de_normas_Senai_Cetiqt_Firjan_Senai.pdf

FAQ: https://senaicetiqt.com/faq-firjan-senai-cetiqt/