SENAI CETIQT: A Alfaiataria Digital em pós-graduação para os novos tempos que permearão o fazer moda no Brasil


O curso Gestão e Planejamento em Modelagem: Alfaiataria Industrial está em sintonia com a Quarta Revolução Industrial, na qual o novo desafio do mercado exige que o profissional invista, cada vez mais, no aprimoramento do conhecimento industrial e domínio de ferramentas na área de modelagem. “Os profissionais relacionados à alfaiataria precisam ter esse novo olhar. A arte do alfaiate estará presente nas peças sob medida e nada impede de usar uma tecnologia de ponta. Ele certamente continuará sendo o artista e protagonista de toda construção de desenvolvimento. Basta esse olhar diferenciado e repleto de identidade para o mundo high tech. Acho que tudo vai dar certo e será a configuração desse ‘novo mundo’”, afirma o designer e professor do SENAI CETIQT Akihito Hira

Tenho pontuado aqui no site, mesmo antes da pandemia do coronavírus, que a indústria têxtil e de confecção já começava a se adequar às propostas da Quarta Revolução Industrial. E a indústria 4.0 transforma a maneira como as máquinas utilizam informações para otimizar o processo de produção, tornando-o mais econômico, ágil e autônomo. Neste momento atual, no qual  players das indústrias, profissionais inseridos em toda a cadeia produtiva e consumidores têm refletido sobre as práticas que permearão – com certeza – o produzir moda no Brasil e no mundo já sentimos o reverberar de vozes sobre zero waste, sustentabilidade + consumo consciente e upcycling ressignificando uma nova produção. A alfaiataria industrial também é parte integrante de todas essas adaptações com extrema consciência. E você, leitor, que tem uma formação em moda, terá a chance de mergulhar nesse atual (novo) mundo. A Faculdade SENAI CETIQT está com inscrições abertas para a pós-graduação em Gestão e Planejamento em Modelagem: Alfaiataria Industrial.

Perguntei a Akihito Hira, um dos maiores nomes da alfaiataria no país, designer e professor do curso do SENAI CETIQT qual o futuro da alfaiataria em sinergia com a indústria 4.0, economia circular, sustentabilidade e zero waste: “A adaptação à nova realidade tem que estar em sincronia com as novas tecnologias. Na indústria 4.0 falamos muito de personalização, de identidade ou customização em massa. É de suma importância o modelista ou o próprio alfaiate estarem antenados a essas tecnologias, que só estão vindo para nos auxiliar a termos mais precisão no desenvolvimento de moldes, na construção de uma roupa sob medida”. E ele ainda pontua: “É um caminho sem volta. Os profissionais relacionados à alfaiataria precisam ter esse novo olhar. A arte do alfaiate estará presente nas peças sob medida e nada impede de usar uma tecnologia de ponta. Ele certamente continuará sendo o artista e protagonista de toda construção de desenvolvimento. Basta esse olhar diferenciado e repleto de identidade para o mundo high tech. Acho que tudo vai dar certo e será a configuração desse ‘novo mundo’”.

A filosofia da pós-graduação é empoderar este profissional fornecendo conteúdos relevantes e, ao mesmo tempo, estimulando a liderança e otimizando tempo, máquinas e tecidos sempre colaborando com o meio ambiente. O curso, que será realizado na modalidade à distância (com horas presenciais a serem combinadas pós-pandemia), é direcionado para atualização e desenvolvimento de novas competências em profissionais do ramo e incluem soft skills de gestão e planejamento.

Akihito afirma que nessa nova configuração da moda pós-pandemia “teremos de nos adaptar ressignificando várias propostas. Digamos que precisaremos nos “reconfigurar”. A vida terá uma nova perspectiva e certamente com os pilares do olhar diferenciado para o meio ambiente, economia e questões sociais. Na minha opinião, tudo está sendo pensado de uma forma completamente diferente de como estávamos acostumados lá atrás. Então, a própria alfaiataria terá de se adaptar e ser estar inserida com todas essas questões para se praticar moda. Além disso, precisamos pensar em novas competências de profissionais para este novo cenário que será vislumbrado pós-coronavírus. E todos terão de arregaçar as mangas. E tenho convicção que a educação é essencial para essa adaptação”.

 

E Akihito, quem será o alfaiate do futuro? O que terá do legado do passado e presente? “Vivemos um momento em que a tecnologia foi vital para nos auxiliar muito durante esse período de distanciamento social. Principalmente na forma da gente se comunicar e até mesmo de se relacionar com as outras pessoas. Já utilizávamos dessas tecnologias, mas elas foram amplificadas e de suma importância. O que aconteceu agora também refletirá muito nas profissões. Na alfaiataria, por exemplo, toda a base do tradicional, do manual, do clássico nunca morrerá e será, digamos, nossa memória afetiva. Se temos uma base sólida de conhecimento, ele se expande e permite que a gente possa trabalhar também com ferramentas digitais. Se pensarmos sobre as tendências da futurologia com relação à profissão, acredito que teremos um mix de readequação a novas propostas e profissionalizações sempre utilizando a tecnologia a seu favor, mas permanecendo o criador como o protagonista de tudo e com um olhar para o meio ambiente e ligação total com o consumidor. A digitalização de moldes, a informação digitalizada, é uma realidade muito importante. Essa é a configuração do mundo 4.0”.

“O curso propõe um olhar crítico e analítico no desenvolvimento de modelagem, permitindo ao aluno trabalhar lado a lado com a criatividade, a assertividade e o ganho de tempo na elaboração dos moldes”, como enfatiza Akihito Hira. Ao todo, o curso dura 360 horas, sendo 84 horas de Ensino a Distância (EaD) e 276 horas presenciais. O método de avaliação privilegia o conhecimento construído através dos processos de aprendizado e ao final de cada módulo, as equipes apresentam os trabalhos para uma banca formada por profissionais de grandes empresas brasileiras do setor têxtil.

Passado, presente e futuro permeiam as aulas. O aluno terá a experiência de fazer a transição do modelo analógico e para o digital de desenvolvimento de modelagem utilizando os dois maiores provedores de soluções tecnológicas e de grande utilização no mercado brasileiro: Audaces e Lectra. “O mercado exige profissionais de modelagem de alfaiataria com conhecimento industrial e domínio de ferramentas na área de modelagem”, disse Hira. A partir da matrícula, os alunos recebem um kit para treinar em casa as habilidades aprendidas em sala de aula, incluindo a licença para 8 meses do software AUDACES 360 + LECTRA, manequim de moulage profissional e réguas próprias de modelagem.

Um outro diferencial, são as aulas práticas (quando forem viáveis) no Fashion Lab, o primeiro laboratório de tendências de moda do Brasil, localizado na unidade do SENAI CETIQT no bairro do Riachuelo, no Rio de Janeiro. São 400m² de área, destinada à criatividade e inovação. O espaço conta com impressoras 3D e 4D multimateriais, cortadora a laser, cortadora de vinil, fresadora de alta precisão, máquina de costura de ultrassom, além de outros recursos para planejar, desenvolver, construir e validar novos projetos e produtos.

Como já afirmei aqui, no site, anteriormente, o novo desafio do mercado exige que o profissional invista, cada vez mais, no aprimoramento na área da alfaiataria industrial. Através de uma metodologia revolucionária e atendendo demandas, as aulas vão estimular os alunos a se aprofundarem neste modo de produção. Dessa forma, cada um irá identificar a necessidade de desbravar o novo universo da alfaiataria e imprimir a sua chancela.

Entre as disciplinas do curso, estão: Narrativas da alfaiataria, Economia criativa e modelo de negócios. As inscrições e o acesso ao edital completo da Pós-Graduação em Gestão e Planejamento em Modelagem: Alfaiataria Industrial, estão disponíveis no site www.senaicetiqt.com.