A Schutz acaba de fazer história na moda nacional ao lançar uma girl band. A label aposta no talento de quatro jovens com uma trajetória potente e decidiu dar espaço para elas mostrarem o trabalho na música com muita inovação. Assim, nasceu oficialmente a Schutz Band, integrada por Mitra, Yves, Jackie e Maria. E mais: a partir de agora, a Schutz é full look. Isso mesmo: uma marca de acessórios amados pelas Schutz lovers e que ganhou também uma linha de vestuário.
Vamos lá: quando a Schutz lançou a coleção Inverno 22, a campanha já mostrava um clima de estúdio de música, com as meninas apresentando as apostas da marca para a nova temporada e em sintonia com o beatmaker e produtor musical Papatinho. E propunha as seguintes reflexões: E se Schutz fosse uma música? Um festival? Um álbum? Uma popstar? Uma girl band?
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Já era um esquenta surpresa para o dia 12 de abril, quando será lançada oficialmente a primeira música da Schutz Band, parte integrante de um videoclipe que apresenta também a primeira coleção da linha de vestuário.
A Schutz sempre foi uma marca pioneira na moda brasileira e em ambiente digital, de olho na potência feminina e em sua livre expressão. O projeto de formar uma banda era uma ideia antiga da marca, quando o diretor Giovanni Bianco em 2011 simulou uma audição para uma banda, em uma campanha com modelos. Com o nascimento da linha de vestuário da Schutz e com a incessante vontade de inovar, era a hora da Schutz Band se tornar realidade. Giovanni Bianco assina a direção criativa do projeto, ao lado de Milena Penteado, diretora executiva das marcas Schutz e Alexandre Birman, e Mayra Miranda, gerente executiva de marketing da Schutz.
A coleção de moda da Schutz terá assinatura criativa de Cacá Garcia, nome de relevância na moda brasileira, e representa um passo importante do grupo Arezzo&Co no ramo de vestuário, já explorado por meio das marcas Reserva, Carol Bassi, BAW Clothing.
As Schutz Lovers vão encontrar peças chave do guarda roupa feminino, atemporais, com a linguagem de moda única da Schutz, expert em traduzir de forma inovadora as melhores tendências da moda. Na coleção de estreia, Cacá Garcia dá destaque para a alfaiataria descomplicada, em peças com shape e acabamentos únicos e uma forte presença no jeanswear, linha que nasce já comprometida com os novos tempos, em que a sustentabilidade é premissa básica.
Os próximos passos após o lançamento da banda ainda são uma surpresa para o público e a Schutz deixa mais um mistério no ar: A Schutz Band fará um turnê? Participará de algum grande festival? Ou lançará um disco? Aguardem por novidades.
A HISTÓRIA DE VIDA DAS INTEGRANTES DA SCHUTZ BAND
MITRA
Mitra é o nome artístico de Valeska Mitrano, carioca criada em Vicente de Carvalho, subúrbio do Rio de Janeiro. Seu gosto pela música e pela moda começou cedo, desde pequena ela já escrevia e cantava na escola, montava suas próprias apresentações e figurinos em casa para amigos e parentes e já estava decidida que seria uma artista.
A jovem passou por diversas situações envolvendo bullying, racismo e também machismo, o que a impulsionou a expressar isso em sua arte, levantando bandeiras sociais importantes. A carreira como cantora surgiu com um convite dos produtores Gorky e Pedro (Pabllo Vittar, brabo music) para começar um projeto juntos.
Seu nome artístico, Mitra, foi escolhido logo no começo de sua carreira por Gorky, fazendo uma analogia do sobrenome da jovem com Mitra, da mitologia grega. Além disso, começou sua carreira como DJ de Hip-Hop enquanto em paralelo ia desenvolvendo sua carreira como cantora. Já nesse cenário chamou a atenção de artistas grandes que acenaram com possíveis colaborações em projetos futuros.
Além do talento musical, Mitra já é uma referência de estilo dentre os jovens. Cursou moda no Senai e na Casa Geração Vidigal, idealizada pela francesa Nadine Gonzalez e expôs sua coleção na Casa dos Criadores em São Paulo no SPFW. As maiores referências? Rihanna, Beyoncé, Kanye West, Travis Scott, Megan Thee Stallion e Aaliyah.
Em 2021 fechou uma grande parceria com a marca Jägermeister onde foi realizado um mini-doc contando um pouco sobre a vida da artista, mostrando o lugar de onde veio, sua realidade, suas músicas e aspirações. A cantora promete ser a nova revelação do cenário pop/rap brasileiro.
JACKIE
Com um ano de idade, Jackie, filha de uma brasileira casada com um alemão, ela foi morar na Alemanha com a família. Aos três anos começou aulas de piano e teatro e mostrou o seu amor pelas artes. E com o tempo, ela estudou poesia e filosofia, sempre escrevendo e se expressando em três idiomas. Depois de um tempo, Jackie se mudou para o Estados Unidos e morou por lá até 2019 entre New York e Los Angeles. Em 2017 foi descoberta por alguns produtores e começou sua carreira como cantora. Começou a lançar músicas e achar o estilo único dela como artista.
Tendo sempre uma visão muito específica e essa paixão por todas as facetas diferentes da arte, fazia a composição, produção artística, direção de clipes e toda a parte criativa sozinha. Durante esse processo de se descobrir, Jackie chegou a uma realização grande: amava compor. Com isto em mente, se mudou para Los Angeles e lá começou a compor para vários artistas, focando nisso e assim se sentindo liberada a explorar estilos de músicas diferentes. Quando chegou a pandemia do coronavírus, ela decidiu voltar para o Brasil.
Foi aprendendo as diferenças e o gosto individual do país, assim conhecendo artistas e produtores aqui. Nesses dois anos, conseguiu compor para várias das cantoras mais ouvidas do país, seguindo com esse novo amor pela cultura que tem na indústria de música brasileira. Mas continuou compondo em inglês para uma realização pessoal.
YVES
Evelyn sempre tive referências musicais no mais alto nível de diversidade. De Sade ao Grupo Revelação, de Simply Red a Outkast. O primeiro contato com a música foi através do avô, que tocava acordeão, tinha discos de vinil dos Jackson 5, Prince, James Brown e diversas bandas de Hip-Hop. E, com isso, sempre cantava e dançava, enquanto ele a filmava (o que me rendeu ótimas fitas VHS).
Costuma dizer que foi criada em Irajá e cresceu no Rio de Janeiro. Isso porque estar envolvida com a cultura urbana sempre a levou a diversos lugares na cidade desde muito nova e a conhecer muitas pessoas. Aos 15 anos, participou da produção de roda cultural de rima, na Baixada Fluminense, atuando como produtora/diretora cultural em paralelo aos estudos pelo Grêmio Estudantil Livre Roberto de Souza (C.E Professor Murilo Braga).
“Até 2018, realizamos eventos gratuitos voltados para cultura Hip-Hop pela Baixada e palestras sobre a importância do acesso a mesma. No mesmo ano, atuei no maior evento de graffiti da América Latina (Meeting Of Favela) e entrei para a equipe da Roda Cultural do BGK, na Vila da Penha, produzindo eventos pela Zona Norte e trabalhando com nomes influentes do meio como MV Bill e Kamilla CDD, até o final do projeto (2019)”, conta.
Com a música sempre presente, mas me mantendo nos bastidores, Yves começou a surgir em meio a um cenário qual não poderia ter sido outro. “Em 2020, quando tudo parou, logo após o fim de um relacionamento abusivo e minha fonte de renda – a tatuagem – ter estagnado, precisei lidar com todos os meus medos, receios e achar algo que me sustentasse emocionalmente. Comecei a fazer aulas de dança, o que sempre amei, e vídeos cantando apenas para postar nos stories do Instagram. Por conta do bullying na pré-adolescência, sempre busquei outros meios artísticos (já que amo todos kk) que não precisassem expor a minha imagem, até atuando na assistência de figurino, mesmo com a música e a dança gritando para serem externadas”, comenta.
Yves enfrentou um período difícil com a pandemia com a morte do maior apoiador: o avô que queria vê-la cantando na TV. A partir daí, ela começou a produzir conteúdos digitais voltados para a música e logo os convites começaram a surgir.
MARIA
Maria Torquato, 21 anos, nasceu em Ourinhos (SP) e passou a infância em Ribeirão do Sul, uma cidade pequeninha com cerca de 6.000 mil habitantes. “Sempre tive um lado artístico desde pequenina. Ficava fazendo covers, gravando vídeos e dançando, já aos 6 anos de idade. Desde então, participei de projetos na cidade, que englobava diversas áreas: desde circo até capoeira. Foi aí me descobri no mundo das artes, que incluía apresentações de dança, contorcionismo e um mergulho no teatro. Mas, eu tinha também outra paixão: a música”, revela.
“Nesse projeto que participava, não tinha aulas de canto e nem outra possibilidade que abrangesse a música, então, meu primeiro com canto, instrumentos foi na igreja. Mais tarde, pedi para participar de um coral e nele fiquei por três anos. Lembro de ficar na igreja horas e horas, pois era o único lugar que tinha contato com instrumentos”, conta.
A música pulsava na vida de Maria, que aprendeu inglês sozinha para embarcar em um projeto profissional. “Meu sonho, na época, era tocar piano e violão”, revela. Mas, plural como ela só se dedicou à percussão. “Até 2016, toda a minha infância foi voltada à música, desde ao colégio em apresentações, cantando em datas comemorativas, como Dia dos Pais, das Mães e em todos eles me dedicava unicamente por amor à música”.
Um ano depois, foi morar na capital e descobrir milhões de oportunidades. “Trabalho como modelo, estou cursando Relações Internacionais, mas adivinhem? A música me seguiu a todo momento, desde encontros com amigos, em sessões em estúdios e gravações, até em momentos mais complexos, como neste período de pandemia quando comprei um piano digital com meu dinheiro guardado de trabalhos e, hoje, sigo estudando e já posso dizer que sou autodidata no instrumento”.
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