*Por Alessandro Martins
Há dois padrões comuns de corpo feminino. No primeiro, a gordura é disposta, predominantemente, nos membros superiores e no tronco. No segundo padrão, a gordura se acumula nos membros inferiores (quadril e região glútea). O formato corporal está relacionado à ação dos hormônios femininos, que estimulam depósitos de gordura nessas regiões. E é deste que tratarei na coluna de hoje.
Não é raro a paciente com lipodistrofia de membros inferiores ter uma cintura bastante fina, o que cria, em alguns casos, uma desproporção do quadril em relação ao restante do corpo. Com o passar dos anos, essa disposição pode tornar-se não-equilibrada, especialmente se a paciente ganhar peso. O tratamento desta região é mais difícil que nos casos em que a questão é gordura no terço superior do corpo. Essas pacientes normalmente se caracterizam pelos glúteos avantajados e, principalmente, pela queixa em relação aos culotes (depósitos de gordura localizados nas laterais das coxas).
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A primeira opção para se tratar essa região é a lipoaspiração. O procedimento de culote, de face interna de coxa, da região próxima ao joelho e até as lipos circunferenciais da coxa são possíveis nessas pacientes com acúmulo excessivo de gordura no membro inferior. No entanto, é importante estar atento: as pacientes podem ter não só depósitos de gordura como algum grau de flacidez associado a eles.
É necessário ter em mente que a lipoaspiração tende a aumentar a flacidez residual. E isso pode acabar comprometendo o resultado da cirurgia: seria uma troca de volume por flacidez. E, ao esvaziar o tecido e a flacidez aparecer, a celulite vai se tornar bem mais evidente. A paciente terá uma melhora significativa na questão do volume (assim como a circunferência e o contorno corporal também são beneficiados), mas vai se deparar com o aspecto da pele, que, às vezes, fica com irregularidades (principalmente devido à presença prévia de celulite e à flacidez pós-lipo).
Uma ótima opção é associar a retirada de gordura por lipoaspiração a um procedimento que estique a pele. Existem tratamentos não-cirúrgicos que melhoram a flacidez, como as radiofrequências, os protocolos corporais (que estão começando a ser desenvolvidos do ultrassom microfocado, na tentativa de proporcionar retração da pele) e os bioestimuladores, substâncias injetadas por meio de cânulas nas áreas da perna, do culote e do glúteo (entre eles, o ácido polilático e a hidroxiapatita de cálcio, que estimulam a produção de colágeno).
Esses tratamentos são ótimos, mas corrigem graus baixos de flacidez. Quando a flacidez é maior ou a pele está com muitas irregularidades, a ressecção associada à lipoaspiração se torna necessária. Nesse caso, as cicatrizes da ressecção não são muito camufladas. Elas vão da na face interna da coxa, ao longo da virilha à região do joelho. O comprimento dependerá da quantidade de pele removida.
A segunda opção são ressecções diretas no culote, fazendo com que você tenha uma cicatriz na face lateral da coxa.
Mas os resultados de contorno e qualidade de pele são muito bons (a pele, no caso, é tracionada, esticada e limpa dos excessos). Pacientes que cicatrizam bem, que aguardam o tempo de a cicatriz amadurecer, ficam muito bem (lembrando que leva de seis meses a um ano, às vezes até dois, para uma marca amadurecer). Quanto mais o tempo passa, melhor a qualidade da cicatriz.
Mas… precisamos, também, tomar cuidado com o sol e tratamentos tópicos para que a cicatriz evolua da forma mais positiva possível. Assim conseguimos ter um ganho de contorno associado à uma pele bonita e saudável.
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JOGO RÁPIDO:
Temos dois tipos de tratamento para mulheres com lipodistrofia de membros inferiores:
1- As que têm flacidez associada ao problema.
2- As que não têm.
Nas pacientes sem flacidez, obtemos ótimos resultados.
Nas pacientes com, dependendo do grau de flacidez, temos que associar outra terapia, cirúrgica ou não-cirúrgica, para chegarmos à melhor solução possível.
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