Com quase 2 milhões de views, programa de Junior Lima “VEVO Sessions” vira sensação na internet: “falar de música e fazer um som é a minha praia”


O músico – e agora apresentador de sucesso – falou sobre internet, Sandy como jurada do “Super Star”, novas paixões, música e muito mais.

 

unnamed-40Lembra que a gente contou que Junior Lima ia virar apresentador do primeiro programa programa quinzenal de auditório com transmissão ao vivo exclusivo para o digital? Pois é, batizada “VEVO Sessions”, a ideia deu tão certo que logo na estreia já registrou a respeitável audiência de 1,88 milhões de views e 627,6 mil espectadores únicos.

Pois bem: depois de dois programas – o primeiro com participação de Gaby Amarantos e o segundo com Mumuzinho – o site HT achou que já era hora de puxar Junior para um papo sobre a nova experiência. Na nossa conversa rolou de tudo: internet, Sandy como jurada do “Super Star”, paixões, novos projetos musicais e uma análise da carreira do garoto prodígio até aqui.

HT: Ser apresentador de novo, depois de tanto tempo da sua primeira experiência, é um recomeço ou você já chega com algumas ferramentas daquela época? Como tem sido esta volta à apresentação?

JL: Na verdade a minha primeira experiência, além de ter sido há muito tempo – quando eu tinha uns 13 ou 14 anos, como você citou, foi bem curta, por isso, para esta nova fase da minha carreira, me inspiro muito nas entrevistas que eu dei. Consigo perceber o que eu acho bacana em um entrevistador e tento trazer isso para a minha experiência hoje. O projeto é demais e estou empolgado com o formato. Falar de música e fazer música é a minha praia, além disso, como a repercussão da estreia foi muito positiva, me empolgo mais ainda para os próximos programas.

HT: Como é sua relação com a internet? O que mais gosta de acessar?

JL: Como a maioria das pessoas hoje, sou muito online. A internet é o presente e será o futuro, tudo indiretamente a envolve. Então, posso dizer que sou uma pessoa conectada e que usa a internet para buscar novas informações, principalmente sobre os assuntos que envolvem os mundos da música e fotografia.

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HT: Você viu o mercado da música mudar, por conta da internet. De que forma os músicos precisam se adaptar à nova realidade de hoje? 

JL: Antigamente os números relacionados às vendas dos discos eram extremamente importantes, hoje o número de views nos canais da internet tem o mesmo peso. Então, com a introdução da internet, os músicos tiveram de se adaptar ao online, tiveram de se desapegar do formato 100% físico, que, na verdade, é hoje um coadjuvante deste universo. Lógico que a pirataria e a consequente diminuição de vendas, por exemplo, afetaram a vida de muitos nomes, grandes e pequenos. Mas é inegável também que, por conta da internet, nomes e assuntos começaram a se popularizar e ganharam alcance maior.

HT: Que acha da gritaria em torno dos serviços de streaming? É injusto o preço pago por eles aos artistas? 

JL: Hoje este formato ainda está ganhando corpo, tem que ser aprimorado. E, apesar de os preços pagos não serem tão altos, esta é uma porta de grande importância para os artistas, então, talvez eles não ganhem tanto financeiramente, mas a exposição do seu trabalho é imensa e, para um músico, ter sua arte divulgada é muito importante. Acho que esse equilíbrio logo será encontrado.

Junior e Mumuzinho no segundo "VEVO Sessions"

Junior e Mumuzinho no segundo “VEVO Sessions”

HT: O que tem achado da Sandy como jurada do “Superstar”? As críticas em relação a ela tem algum fundamento ou é só perseguição?

JL: É a primeira vez dela como jurada, então, com certeza, está amadurecendo com o decorrer do programa e, portanto, se sentindo mais à vontade com o formato cada dia mais. Críticas sempre vão existir, mas ela está colocando sua opinião, sua verdade, pontuando as performances.

HT: Depois do fim da dupla, você optou por um caminho mais low profile. Sente falta da loucura que era sua vida ou se cansou e não quer aquilo mais para você? Consegue se imaginar de novo cantando para milhões, sendo perseguido na rua e coisas do gênero?

JL: Sempre me dediquei muito à minha carreira, seja ela na época da dupla ou hoje, solo. A grande diferença é que agora levo um ritmo que posso chamar de meu, não faço grandes loucuras de logística e me dedico muito por trás dos palcos e câmeras. Desde o final da dupla nunca parei, emendei um projeto em outro e me permiti passear por lugares que sempre me agradaram, mas, que enquanto estava focado no pop não conseguia abraçar. Meu nível de exposição hoje em dia é bem confortável, prefiro assim, mas a gente não manda nesse tipo de coisa. Acho que o importante é entender que isso vem em consequência do trabalho. Faz parte da vida do artista.

HT: Como estão seus projetos musicais? O que pode contar sobre eles?

JL: Estão a mil! Além da apresentação do “VEVO Sessions”, retomamos em abril a temporada 2015 da Soul Funk, uma banda de soul que liderei entre 2004 e 2007, e que voltou aos palcos para um revival em 2014. Também estou em estúdio, fazendo produção musical, e me dedicando à minha paixão, a fotografia, mas, sobre isso, ainda não podemos falar muito, (rs).