Arezzo 50 anos: Festa no Copacabana Palace celebra a história da label na moda brasileira e o olhar para o futuro


O empresário Anderson Birman, o mestre criador da Arezzo, homem de fé, garra, com uma potente vida de empreendedorismo que faz a roda da economia girar no país, e o filho Alexandre Birman, CEO do Grupo Arezzo&Co, receberam os convidados em um cenário que proporcionou justamente a sinergia entre o high tech futurista e a arquitetura histórica do Copacabana Palace. A noite contou com um show exclusivo de Ivete Sangalo. Os 50 anos da Arezzo comemoram não apenas sua bonita história e o protagonismo na moda brasileira, mas o olhar para o futuro… Rumo a 2154!

Tenho escrito aqui no site que a Arezzo lança luz sobre os futuros (sim, no plural). E futures literacy  têm proporcionado a habilidade de imaginar e entender o que vem pela frente e as possibilidades envolvidas. A label alinhava storytelling disruptiva e propõe também uma reflexão sobre a estética retro-futurista + memórias afetivas e o que tem sido desenhado pela geração zennial desde que lançou a campanha #AREZZONEXT, conversando sempre com esse transitar e ressignificar através da pluralidade de gerações. São 50 anos de uma empresa fundada em 1972, em Belo Horizonte (MG), que hoje integra o portfólio da gigante Arezzo&Co, e tem sua chancela na História da Moda Brasileira. E todos os holofotes foram lançados para a mega festa realizada no Copacabana Palace, no sábado, para comemorar as cinco década de protagonismo da marca na moda nacional.

O empresário Anderson Birman, o mestre criador da Arezzo, homem de fé, garra, com uma potente vida de empreendedorismo que faz a roda da economia girar no país, e o filho Alexandre Birman, CEO do Grupo Arezzo&Co, receberam os convidados em um cenário que proporcionou justamente a sinergia entre o high tech futurista e a arquitetura histórica do Copacabana Palace. O evento marcou também o lançamento do livro Arezzo 50, dirigido por Giovanni Bianco – que há mais de duas décadas está à frente da direção criativa da marca. São 600 páginas e a obra “retrata toda a história da Arezzo, sua presença e relevância na moda como precursora de tendências”, pontou Alexandre Birman.

Capa “Arezzo 50”, projeto capitaneado por Giovanni Bianco (Foto: Murillo Meirelles)

Desde a sua criação em 1972, a Arezzo se mantém focada na atemporalidade de suas peças, aposta na importância de aprender, viver e compartilhar com a sua cliente. É enriquecedor demais ter tanta importância na vida das mais variadas gerações. Pluralidade de mulheres que se olham com carinho e valorizam suas histórias repletas de representatividade, que alinhavaram um trabalho contínuo para romper as barreiras dos estereótipos cristalizados pela sociedade. Exemplos de empoderamento, criatividade, diversidade e possibilidades. Livres, leves e soltas mergulham sempre em momentos de descobertas e intensa expressão. Seguem caminhos ouvindo o coração, enfrentando as adversidades sem perder a motivação e esperança. São essas as mulheres Arezzo.

Há décadas, a Arezzo já enfatizava o conceito de sororidade tão defendido nos dias de hoje e sem nunca esquecer a diversidade de estilos das mulheres brasileiras, fundamental no pensamento de seus designers. Por conta dessa tradição e do nome que construiu ao longo de cinco décadas, a Arezzo se permitiu a uma licença poética de marcar a data com os passos firmes e olhando para o futuro propondo a pergunta: “What’s Next?”.

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#RUMO A 2154!

Fundada em 1972, em Belo Horizonte (MG), a Arezzo começou fabricando calçados masculinos, mas logo os sócios, os irmãos Anderson e Jefferson Birman, optaram em mudar o rumo e focar no público feminino. De lá para cá, são 50 anos de história. Ao refletir sobre essa linha do tempo de Arezzo, Anderson Birman buscou um símbolo que representasse de forma genuína a essência da marca, e o encontrou na sandália Anabela, ícone da década de 70. O calçado marcou época, mudou a trajetória da empresa e da vida dos fundadores, gestores e de toda a companhia. “Somente através da história é possível criar o presente”.

Já contei aqui para vocês que, inspirado no pai, Alexandre Birman, CEO do Grupo Arezzo&Co, sempre pontua que tem “olhos de tigre” para seguir em frente e com um verdadeiro mantra: “Rumo a 2154”. Ele lembra que a Arezzo já nasceu com um DNA “guerreiro”. E ele tem uma passagem extremamente emocionante ao relembrar a linha do tempo ao lado do pai: “Você imagina quantas crises, quantas dificuldades meu pai enfrentou? E, na época do Plano Collor, estava numa situação muito complicada, mas quis trazer uma mensagem de esperança e longevidade, mostrando que a Arezzo conseguiria vencer aquela crise. Ele nasceu em 1954, então, à época fez um trocadilho: ‘vai ser um pouco difícil de eu estar vivo aqui em 2154, mas a Arezzo tem que estar. Então, vamos todos juntos caminhar para 2154’. E, nesse momento, essa frase, o aprendizado que eu tive com meu pai é mais do que importante, porque estamos aqui investindo para oferecer para nossas consumidoras uma experiência única”.

Semana passada, Alexandre Birman postou nas redes sociais outra homenagem ao pai: “Tenho me dedicado ao meu mentor, meu exemplo de vida, meu melhor amigo e amado Pai, após um mês intenso repleto de muito trabalho e excelentes resultados. Tivemos essa pausa para fazer um retrospecto dos nossos 50 anos, 5 décadas, meio século dedicado à construção da nossa Arezzo, contribuindo para a moda e a indústria de calçados brasileira, paramos para tentar imaginar quantos passos foram dados com as centenas de milhões de pares que já vendemos sendo companheiros da jornada de milhões de mulheres, em diversas ocasiões da vida, de geração para geração”.

O PRAZER DE CELEBRAR

A festa no Copacabana Palace estava repleta de amigos que fazem parte da história da Arezzo. Entre as celebridades, Sabrina Sato, Agatha Moreira, Aline Morais, Deborah Secco, Carol Dieckmann, Sabrina Sato, Gloria Pires e Antonia Morais, Sharon Menezes, Giovanna Lancellotti, Enzo Celulari, Laura Neiva, José Loreto e Rafa Kalimann, Priscilla Alcântara, Isabeli Fontana, Marina Ruy Barbosa. Em se tratando de alegria, e sendo este o vocativo de uma de suas canções mais populares, Ivete Sangalo fez um show emocionante e, claro, todos os convidados embarcaram em suas canções!

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A label lança luz a respeito da diversidade. Não apenas na forma de se comunicar com a consumidora-protagonista, mas em ações e programas de diversidade e inclusão, eventos nas redes sociais de sensibilização, participação de grupos os mais plurais possíveis, valorizando colaboradores, disponibilizando canais de comunicação, entre outros projetos. Lideranças inclusivas fomentam a cultura da colaboração e um ambiente de criatividade gera inovação.

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Em São Paulo, a Galeria Arezzo Oscar Freire, em São Paulo, também foi inaugurada no final de semana. A primeira loja da marca, inaugurada em 1990, foi transformada em um espaço de experiências multimídia, que combina tecnologia com a história, dos anos 70 até os dias de hoje com curadoria de Muti Randolph. O espaço ficará aberto ao público para visitação durante o mês de setembro e terá uma agenda de eventos e ativações interativas no período. A navegação também estará disponível para um tour virtual.

Dias antes, em Campo Bom, no Rio Grande do Sul, sede e fábrica da Arezzo&Co, Alexandre Birman comemorou a inauguração do Núcleo Criativo integrado ao Museu do Calçado Arezzo&Co, o maior museu da Moda Calçadista da América Latina, com acervo de 100 mil itens entre sapatos, bolsas e acessórios, além de materiais fotográficos e audiovisuais de campanhas icônicas das marcas do Grupo. Em 1.500 m², o Núcleo Criativo reúne biblioteca, marioteca e um espaço de experiência imersiva na história do Grupo. A reprodução da primeira loja da Arezzo também está em exposição no espaço. Segundo Alexandre, o principal objetivo é atuar como fonte de pesquisa, criação e inovação para todas as marcas do Grupo”.

WHAT’S NEXT?

A Arezzo, marca líder de calçados e bolsas há meio século, com mais de 7 milhões de clientes como legado, tem uma história muito bonita. E é pautada por inovações, ações pelo socioambiental, mudança do sistema linear de produção para um modelo circular, o saber estar em constante atualização para as macrotendências da nova consumidora e uma das primeiras empresas a apostar na mega força do omnichannel para a comercialização antes mesmo da pandemia. Durante esse período, a importância dos mais variados canais disponibilizados fizeram a empresa acelerar em poucos meses um plano que ação que já vinha sendo desenhado.

“Quanto mais sucesso, mais trabalho”, costuma pontuar Birman. A frase dita por Alexandre Birman durante uma live direto da fábrica em Campo Bom, no Rio Grande do Sul quando escrevi dia 1º de julho sobre a Arezzo&Co que recebeu três importantes premiações, simultaneamente, pela revista Exame e jornais Valor Econômico e Estadão. A companhia está entre as Melhores de ESG pela Exame; uma das 10 empresas com melhor desempenho em 2021 pelo Ranking Broadcast Estadão e recebeu, ainda, o reconhecimento, Executivo de Valor de 2022 na categoria Moda, ao CEO da Arezzo&Co, Alexandre Birman. Entre os prêmios, a empresa se destacou pela neutralização das emissões dos Escopos I e II de todo o grupo e também pela meta de ter 100% das embalagens produzidas com materiais reciclados e/ou biodegradáveis até 2024. A companhia também tem  77% da cadeia certificada e se comprometeu a ter 100% da sua cadeia de fornecedores rastreada e certificada em aspectos socioambientais até 2024. A Arezzo&Co conta, ainda, com um Comitê de sustentabilidade com membros independentes do conselho, além de ter implementado uma política de remuneração variável de executivos C-level atrelada à metas de sustentabilidade (emissões, rastreabilidade, diversidade e certificação socioambiental da cadeia).

Marina Ruy Barbosa e Alexandre Birman (Foto: Bruno Ryfer)

Sabrina Sato e Alexandre Birman (Foto: Agnews/Marcelo Sá Barretto/Webert Belicio)

A Arezzo saiu na frente de muitas marcas ao investir no omnichannel, as mais diversas experiências digitais. E o passo que já vinha sendo dado foi fundamental no cenário que estamos vivendo nos últimos dois anos e meio. Em 2020, lançou a Digital Store, no Shopping Morumbi, em São Paulo, com um evento interativo em todas as plataformas digitais. Como proposta, a consumidora-protagonista ter mais experiências completas para a jornada de compra ao contar com todos os canais da marca, consultoras digitais, espaço de experimentação e troca de experiências que integram o mundo físico e digital, sistemas de entregue/retire com área exclusiva sinalizada, prateleira infinita, que possibilita a compra do produto pelo ecommerce, na loja, caso não tenha a cor ou o tamanho desejado, além de check out 100% móvel.

Alexandre Birman trabalha para que a fábrica em Campo Bom, no Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul, seja referência mundial em economia circular e desperdício zero. Além disso, colabora com toda a região com projetos que estimulem a sustentabilidade. A Arezzo foi uma das primeiras empresas a cooperar e estimular indústrias à adoção do certificado Origem Sustentável. Com a reformulação do Programa de Origem Sustentável, o Brasil tem o primeiro setor coureiro-calçadista mundial inteiramente certificado – de ponta a ponta – alinhando-se às iniciativas internacionais e oferecendo oportunidades de inserção em novos mercados e maior competitividade. O reposicionamento do programa, além de otimizar os níveis de certificação e revisar os indicadores, busca maior assertividade. É a garantia de alinhamento da indústria de componentes e de calçados brasileira com padrões de sustentabilidade do mercado internacional.

Em um mundo cada vez mais acelerado, as escolhas e direções que seguimos têm impactos e o momento é de criatividade e união. De um olhar para novas realidades desenhadas à potência máxima. Temos acompanhado o cenário desenhado pelo Grupo Arezzo&Co de promover estratégias inovadoras e disruptivas com o mainstream agregando novos modelos de gestão de negócios e proporcionando ao consumidor-protagonista mais e mais experiências completas para a jornada.

Cada vez mais as ações para implantação de práticas, como sustentabilidade e economia circular, com a utilização de processos de fabricação e matérias-primas que regeneram a natureza + uso consciente de recursos, ressignificam a produção e são a tônica para presente e futuro. A transformação permite a conexão com o ecossistema de inovação e o compartilhamento de informações. O mundo mudou e a forma de se consumir e produzir moda também deu um salto nesses dois anos e meio. Podemos dizer que era algo que se esperava para os próximos quatro anos.

No Brasil, o case do Grupo Arezzo&Co é um exemplo de estratégia bem-sucedida de uso criativo de ferramentas tecnológicas, do analisar questões como comportamento do novo consumidor, as mudanças que vieram para ficar e as tendências na maneira de consumir. O mundo mudou e a forma de se consumir e produzir moda também. E promover estratégias inovadoras e disruptivas com o mainstream agregando novos modelos de gestão de negócios proporcionam ao consumidor-protagonista mais e mais experiências. Hoje, o Grupo é uma verdadeira house of brands.