Vivendo “um dos papéis mais interessantes” da carreira, Daniel Rocha fala ao HT: “Público das 19h têm assédio mais histérico, porém, mais inocente”


Iniciado no teatro, o ator assumiu em entrevista exclusiva: “No começo, a adaptação para TV não foi fácil e admito não muito prazerosa. Eu ficava tenso com tudo. Mas aos poucos o processo foi se tornando mais tranquilo”

(Foto: Sergio Baia)

(Foto: Sergio Baia)

Mais do que nunca, Daniel Rocha está sendo chamado de príncipe por aí. Algo “engraçado” para ele. Reflexo da posição que “Totalmente Demais”, novela de Paulo Halm e Rosane Svartman ocupa na grade de programação da Rede Globo. “O público deste horário (pouco mais de 19h) é mais novo do que o das 21h. Percebo que é um assédio mais histérico, porém, mais inocente”, diz ao HT. Inocente, aliás, foi Daniel ao se preparar para viver o fotógrafo Rafael na trama. “Eu achava que era muito mais fácil fazer foto, mas não é. Não sabia montar luz, por exemplo”, entrega. E, para dar conta do recado, recorreu a laboratórios com quem já está no mercado das grandes angulares faz tempo. “É incrível a quantidade de cliques necessários para conseguir uma boa foto. Existe toda uma psicologia envolvida para tirar o melhor de quem é fotografado. Sempre gostei de fotografia e pensar nessa arte como um profissional me fascinou muito”,  conta.

No folhetim, a vida de Rafael, seu personagem, se divide entre antes e depois de um fato marcante: o acidente que tirou a vida de sua até então namorada. Foi aí que ele teve que se virar os trinta e buscar inspiração sabe-se lá de onde. O motivo? “Nunca passei por algo parecido com a história de Rafael. Mas, se tivesse, eu tentaria resolver esse trauma de outras maneiras. Não faria como ele, de buscar essa relação superficial com as mulheres”. Palavras de quem emendou, uma atrás da outra, três novelas em horário nobre (“Avenida Brasil” – Daniel tinha apenas 21 anos -, “Amor à Vida” e “Império”), antes de debutar no pré-Jornal Nacional. “Essa foi a preparação mais prolongada e cuidadosa pela qual passei na Globo. É um dos papéis mais interessantes que fui convidado a fazer, afinal o Rafael é um personagem complexo: sua vida se divide entre o antes e o depois de um acidente grave. Isso gera uma profunda mudança na sua personalidade o que tem sido um imenso desafio pra mim”.

Paulista e com 25 anos, Daniel Rocha iniciou sua labuta nas ribaltas e bem mais cedo. “Comecei a fazer teatro aos 15 anos e gostei. A partir daquele momento eu soube que era isso que queria fazer. É claro que estar numa novela das 21h foi uma pressão enorme. No começo, a adaptação do teatro para TV não foi fácil e admito não muito prazerosa. Eu ficava tenso com tudo. Mas aos poucos o processo foi se tornando mais tranquilo”, assume. A tranquilidade já está num nível tão alto que agora, ele já faz até planos para se equilibrar numa linha tênue entre a telinha e os palcos. “Tenho vontade de produzir ou dirigir um espetáculo, mas no momento estou focado 100% no meu trabalho na novela”. Daniel é assim, quer jogar nas onze, mas sabe que tudo tem seu tempo. Bom garoto. Ou melhor, bom príncipe. (Colaborou Bia Medeiros)