SENAI CETIQT: Startup.Tech em alimentos saudáveis e as soluções vanguardistas para a demanda de indústrias


O objetivo é conectar soluções inovadoras de startups ou empresas de base tecnológica às demandas de indústrias de médio e grande porte, com oferta de infraestrutura e corpo técnico qualificado do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras (ISI) para este desenvolvimento. A coordenadora de Inteligência Competitiva do SENAI CETIQT, Victoria Santos, ressalta a importância da Chamada Startup.Tech: “Será fundamental para o avanço da bioinovação nessa área. É um marco na atuação do SENAI CETIQT, uma vez que traz às médias e grandes indústrias a possibilidade de encontrar soluções disruptivas para seus desafios e oportunidades de negócios mais diferenciadas no mercado. Ao mesmo tempo, alavanca o amadurecimento das startups, aumentando suas chances de escalonamento”

Como levar uma alimentação saudável ao maior número de brasileiros? Pois bem, o SENAI CETIQT promoveu uma live importantíssima na qual foi lançada a Chamada Startup.Tech – Alimentos Saudáveis, que tem o objetivo de conectar soluções inovadoras de startups ou empresas de base tecnológica às demandas de indústrias de médio e grande porte, com oferta de infraestrutura e corpo técnico qualificado do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras (ISI) para este desenvolvimento. A coordenadora de Inteligência Competitiva do SENAI CETIQT, Victoria Santos, ressalta a importância da Chamada Startup.Tech: “Será fundamental para o avanço da bioinovação nessa área. É um marco na atuação do SENAI CETIQT, uma vez que traz às médias e grandes indústrias a possibilidade de encontrar soluções disruptivas para seus desafios e oportunidades de negócios mais diferenciadas no mercado. Ao mesmo tempo, alavanca o amadurecimento das startups, aumentando suas chances de escalonamento”.

Durante a live, o gerente de Inovação da Superintendência de Inovação e Tecnologia do Departamento Nacional do SENAI, Roberto de Medeiros Júnior, analisa: “Estamos dando início a uma nova abordagem do SENAI para atuação com startups e indústrias. Essa visão colaborativa é muito forte. A categoria Startup.Tech, que estamos lançando através do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras do CETIQT, com o tema dos alimentos saudáveis, traz uma grande novidade para o ecossistema de inovação: vamos buscar indústrias demandantes nessa área temática e fazer o match com startups, que trarão ofertas criativas para agilizar processos. Muitos negócios serão gerados e esse é o DNA forte do ISI: trabalhar essas conexões. Tanto que hoje, além da Startup.Tech, será apresentado o status de outra iniciativa: o Portal de Bioeconomia”.

Victoria Santos acrescenta que o público alvo da Chamada Startup.Tech – Alimentos Saudáveis será integrado por micro e pequenas empresas de base tecnológica, startups e indústrias grandes e médias. “As partes participarão ativamente dessa chamada, que tem como objetivo atender a uma demanda de inovação para o desenvolvimento de alimentos saudáveis. Nós colocamos nossa infraestrutura de Biotecnologia, Engenharia de Processos, Síntese Química e Fibras à disposição. Por meio das orientações de experts, garantimos a execução de provas de conceito dessas soluções a serem ofertadas pelas startups”, conta.

Existem inúmeras linhas de pesquisa dentro da temática de alimentos saudáveis que poderão ser propostas por startups em sinergia com indústrias. A coordenadora de Inteligência Competitiva do SENAI CETIQT cita alguns exemplos: “Proteínas alternativas para alimentação; leveduras customizadas para enriquecimento nutricional ou para a produção de alimentos fermentados; desenvolvimento de bebidas que favoreçam microbiotas; tecnologias que permitam a utilização de matérias-primas renováveis e menor geração de resíduos nas cadeias produtivas; alimentos e aditivos preparados a partir da biodiversidade brasileira; e substitutos de ingredientes”. E ela faz questão de ressaltar que são apenas sugestões e que outras demandas identificadas pelas indústrias serão bem-vindas.

O fato é que o consumo de alimentos saudáveis cresce a cada dia no Brasil. Por saudáveis entendam-se os livres de agrotóxicos, os de maior potencial nutritivo, os veganos ou vegetarianos, os sem glúten e os que têm baixo teor de sódio. A venda desses produtos chegou a incríveis cem bilhões de reais apenas no ano passado. O Brasil já é o quinto maior mercado de alimentos e bebidas saudáveis no mundo. “Há uma ampla variedade de produtos inovadores que vêm sendo incorporados ao mercado de consumo, desde proteínas alternativas até substitutos de ingredientes tradicionais. Com essa característica de inovação tão presente, este mercado tende a dar origem a startups que apresentam tecnologias e propostas na fronteira do conhecimento e aproximá-las das grandes indústrias do setor”, comentou o assessor da Diretoria Executiva do SENAI CETIQT, Marcelo Ramos, ao conduzir a live.

E para registrar: o ISI conta com o Habitat de Bioinovação, composto por três plataformas tecnológicas: a de Biologia Sintética (ou Biotecnologia); a plataforma de Engenharia de Processos e Síntese Química e a de Inovação em Fibras. “Transversalmente a essas plataformas, temos a área de Inteligência Competitiva, que apoia no mapeamento, no afunilamento das ideias, em tornar a ideia a solução mais assertiva para o atendimento da demanda da indústria. Contamos com uma infraestrutura única no país e na América Latina, equipamento de última geração e uma equipe especializada com mestres e doutores em diferentes áreas e com experiência em trabalhar na indústria. E temos, no nosso habitat, 120 metros quadrados disponíveis para as startups selecionadas estarem junto conosco operando em co-criação no desenvolvimento dessas provas de conceito”, observa Victoria Santos.

‘Desafios da Inovação em Alimentos Saudáveis’

A mesa redonda virtual foi moderada por Marcelo Moura, coordenador da Plataforma de Biotecnologia do SENAI CETIQT. O debate contou com Ana Paola Pierucci, professora e coordenadora de Relações Internacionais do Instituto de Nutrição da UFRJ; Alexandre Cabral, diretor de Políticas Públicas do IGF Brasil; Hiran Castello Branco, co-fundador da aceleradora de startups AmazonasCap; Luiz Pfeiffer, gerente-executivo de P&D e Inovação Tecnológica da Seara Alimentos; Paula Isabelle Moreira, assessora de Negócios Sustentáveis da Conexsus; e Thiago Pedro Rossini, que trabalha na área de Tecnologia e Desenvolvimento da Ambev.

O primeiro debate girou em torno dos desafios que o Brasil precisa encarar para inserir produtos e tecnologias no mercado e como se destacar de outros países. A professora Ana Paola Pierucci acredita que uma das nossas principais questões seja ter uma linha em comum entre as demandas tecnológicas e econômicas da indústria e as necessidades nutricionais da população: “Nós vivemos um novo paradigma, que é ter uma alimentação mais sustentável, mas que respeite as nossas necessidades nutricionais. Boa parte dos produtos desenvolvidos miram famílias de renda média e alta, enquanto a maioria da população, composta por pessoas de baixa renda, não tem acesso a diversos alimentos. O desafio é atender a toda a população indiscriminadamente. Outro é a criação de alimentos mais ‘verdes’, sem aditivos químicos, que veiculem ingredientes obtidos a partir de alimentos e que tenham uma composição nutricional favorável. A composição nutricional é uma preocupação recorrente da indústria, que quer ter produtos mais ricos nisso, com menos aquilo etc. Precisamos entender que a integralidade da alimentação vem a partir de alimentos in natura, minimamente processados e feitos com ingredientes da cultura tradicional. Mas eu creio que, mantendo a proximidade das indústrias com os jovens que vêm das startups, além da participação de setores científicos vinculados à área de Alimentação, como a Nutrição, temos grandes chances de encontrar boas soluções”, pontua.

Para Alexandre Cabral, diretor de Políticas Públicas do The Good Food Institute (GFI) Brasil, organização global com mais de 200 pessoas em todo o mundo dispostas a repensar a forma como obtemos proteínas para consumo humano, chama a atenção para itens que diferenciam uma startup.tech dedicada à alimentação saudável de outras: “Além de saudável, a comida tem de ser sustentável, produzida sem ferir o meio ambiente, racionalizando e diminuindo o uso de recursos naturais como terra e água. E precisa ser segura: se não for segura, não é comida. Num país desse tamanho, com o desafio das dimensões continentais, esse alimento saudável, sustentável, seguro e disponível precisa chegar a todos os lugares. Além disso tudo, a um preço adequado”.

Ainda não terminamos. Além de saudável, sustentável, seguro, disponível e a um preço adequado, esse alimento precisa ser gostoso. “’Gostoso’ é a combinação de sabor com cultura. Nenhum ato humano é tão culturalizado quanto a alimentação. Quando você come alguma coisa, come com a sua história. A maneira como obtém, prepara e consome o alimento é um sinal distintivo da sua cultura”, expli1ca Alexandre Cabral, que aponta características marcantes que distinguem o Brasil de outros países. “A primeira é a quantidade quase infinita de ingredientes proporcionados pela biodiversidade nacional e possíveis de serem explorados com os biomas em pé. Isso conferiria uma riqueza e uma brasilidade que podem ser motivos para o alimento ser adotado fora do Brasil. A segunda grande vantagem é a estrutura logística de distribuição já existente aqui. O Brasil tem tudo para deixar de ser o celeiro do mundo e se transformar em seu supermercado fornecendo alimentos de alto valor agregado com tecnologia desenvolvida no país”.

Para que isso aconteça, porém, a máquina precisa estar muito bem lubrificada. Não adianta ter grandes ideais quando não se tem a menor noção de como transformá-los em produtos bem-sucedidos. Co-fundador da aceleradora de startups AmazonasCap, Hiran Castello Branco acredita que esse é um dos maiores desafios enfrentados por quem está começando. “Grande parte das startups que trabalham com alimentação saudável é tocada por idealistas que, frequentemente, não têm o respaldo da capacidade tecnológica necessária para desenvolver seus produtos com eficácia”.

Hiran Castello Branco ilustra sua fala com o exemplo da TechBio, startup que venceu as dificuldades que afligem a maioria dos iniciantes: “Eles têm um produto vegano orgânico feito à base de plantas qualificado como Golden Vegan Honey (Mel ‘Golden’ Vegano).  Trata-se de uma empresa brasileira tocada por jovens que patentearam o produto. A partir da enzima que as abelhas usam para fazer o mel, eles criaram uma outra enzima que inverte o açúcar e, com isso, é possível adoçar sobremesas, barras de cereais, shakes etc. Uma empresa como essa, que tem patente e exporta, por incrível que pareça tinha uma dificuldade imensa de se ajustar com a área de suprimentos da grande indústria. Por isso, a importância do apoio tecnológico do SENAI CETIQT”, aponta. “Esse case mostra que, com aportes de capital não muito significativos, uma pequena empresa é capaz de desenvolver tecnologia. Esses moços fizeram isso com as forças deles. As grandes barreiras, até antes das tecnológicas, são ligadas a dificuldades de estabelecer o negócio. É nesse ponto que uma aceleradora de startups pode ser útil. Essas empresas podem até encontrar numa grande indústria um bom cliente, mas precisam ter plano de negócios e um mapeamento da concorrência, além de mapear seus stakeholders para atender adequadamente a cada um”.

O Instituto Conexões Sustentáveis – Conexsus tem como objetivo ativar a rede de negócios comunitários rurais e florestais para aumentar a renda dos pequenos produtores e fortalecer a preservação dos ecossistemas naturais. A assessora de Negócios Sustentáveis da organização sem fins lucrativos, Paula Isabelle Moreira, faz questão de frisar que o brasileiro precisa ter em mente que há vários outros biomas no país. “Quando falamos em diferenciação de mercado, biodiversidade brasileira, o carro-chefe é a Amazônia. Mas não é o único. Temos o Cerrado, a Caatinga, o Pantanal, a Mata Atlântica. O Brasil tem uns seis ou sete biomas”, diz.

O grande desafio estaria na falta de políticas públicas tratando da alimentação dos povos tradicionais e da sustentabilidade. “Sou de Belém do Pará, onde o açaí é base de alimentação. No entanto, não foram criadas políticas públicas para regular a extração e a comercialização. Na primeira onda de alimentação saudável, a dos antioxidantes, o açaí foi destinado à exportação. Hoje, os pobres não consomem o fruto, que é todo exportado. Agora está começando a corrida das proteínas alternativas. Precisamos criar indicadores, saber como vamos lidar com as oportunidades que surgirão. Isso pode criar problemas irreversíveis para a população mais pobre. Os desafios de sustentabilidade precisam estar atrelados aos tecnológicos”.

Pois são justamente questões com a legislação em vigor que encabeçam a lista de desafios do diretor de Inovação e P&D da Seara, Luiz Pfeiffer, que trabalha no setor de Alimentos há 20 anos. “A legislação brasileira precisa evoluir. Temos trabalhado com o governo para contemplar o uso de ingredientes e soluções que já são aplicados no exterior, mas que ainda não podem ser utilizados aqui. Ou podem, mas não com todo o valor técnico que poderia agregar ao substituir ingredientes artificiais, por exemplo”, observa. “Outro ponto é a profissionalização das cadeias de abastecimento. Precisamos receber os ingredientes, mas, acima de tudo e independentemente de suas origens, é essencial que sejam confiáveis e tenham qualidade e regularidade nos abastecimentos”.

Pfeiffer lista um terceiro desafio, que está na tecnologia propriamente dita. Ele explica que os equipamentos necessários para gerar produtos com segurança alimentar, produtividade e capacidade adequadas são importados, o que encarece bastante a produção. E por último, mas não menos importante, o desafio de número 4: a comunicação. “Como se trata de uma empresa de consumo muito próxima do cliente, precisamos investir na comunicação e ocupar espaço na cabeça de consumidores que são bombardeados por uma infinidade de incentivos. Precisamos destacar as características dos nossos produtos com redução de sódio, por exemplo. Nossa comunicação precisa ressaltar esses fatores relativos à saúde”, observa.

O sonho do responsável pela área de Tecnologia e Desenvolvimento da Ambev, Thiago Pedro Rossini, é a democratização da alimentação saudável. “Hoje, se você for ao mercado comprar comida saudável, sua conta é muito maior que se comprasse produto industrializado. O jeito seria democratizar os in natura, semi-industrializados ou industrializados visando saúde. Como democratizar e alcançar todos os extratos sociais, lembrando que 70% da nossa população são das classes C, D e E?”, pergunta. Entre as características que fazem do Brasil um forte candidato a grande produtor de alimentos saudáveis estão a disponibilidade de matérias-primas e a alta produção agrícola. “Largamos na frente de países que necessitam importar suas commodities, temos tudo disponível e conseguimos produzir quando não temos. Um exemplo é o lúpulo, que garantiam que só vingaria em clima temperado, em determinada latitude etc. Quebramos esse paradigma com plantações em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Está funcionando muito bem, bastou juntar tecnologia e vontade”, exulta Rossini.

ETAPAS DA CHAMADA

Inscrição

As startups vão inscrever as ideias na Plataforma de Inovação do SENAI CETIQT e enviar digitalmente os documentos necessários. As indústrias se inscreverão fornecendo dados sobre o setor, o porte e eventuais demandas que já tenham mapeado. Em seguida, será feita uma avaliação, quando será apresentado o resultado parcial, em que até 20 startups ou empresas de base tecnológica serão selecionadas. Para essas 20, haverá uma etapa de matchmaking: a partir das grandes e médias indústrias que se cadastraram e das startups que colocaram suas ideias serão postas em contato para interagir, conversar e entender se as ideias realmente atendem às demandas. Nessa fase, serão promovidos eventos, webinares e encontros para afunilar o processo e selecionar sete projetos. A partir daí, será elaborado um plano de projeto para a próxima fase, a execução. Nesta fase, que pode durar até sete meses, as startups e as empresas trabalharão junto com os especialistas utilizando a infraestrutura do SENAI CETIQT para desenvolver provas de conceito.

STATUS DO PORTAL DE BIOECONOMIA

Em junho, o SENAI CETIQT promoveu um evento online que reuniu players importantes para debater o start do projeto do Portal de Bioeconomia, cujo objetivo é ser um ponto de encontro para a disseminação de conhecimento e realização de negócios de forma a catalisar o desenvolvimento em Bioeconomia no Brasil. À época, o diretor-executivo Sergio Motta, diretor-executivo do SENAI CETIQT afirmou: “O Portal de Bioeconomia vai disseminar o conhecimento e reunir grupos científico-tecnológicas altamente qualificados para desenvolver novos mercados. Estamos lançando a nossa proposta que visa conectar, facilitar o intercâmbio de ideias, fomentar negócios e parcerias entre os diversos atores do cenário tecnológico. Pois agora, junto com o lançamento da Chamada Startup.Tech – Alimentos Saudáveis, o SENAI CETIQT apresentou o status da ferramenta.

Desde o segundo semestre de 2020, o SENAI CETIQT incluiu a criação do Portal de Bioeconomia no seu pacto de gestão. O SENAI CETIQT atua como catalisador do processo para que o portal esteja no ar e acessível a todos até o fim do ano. Terá como propósitos ser o ponto de encontro dos stakeholders e disseminar conhecimento e identificação de oportunidades, sempre com vista à geração de novos negócios dentro da Bioeconomia. Consultor da área de Inteligência Competitiva do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras, Leonardo Teixeira faz uma breve contextualização da bioeconomia no Brasil: “Já temos presença forte na área, principalmente na parte de biocombustíveis. Mas temos grande potencial para nos tornarmos protagonistas em nível mundial na área. Temos cerca de 20% da biodiversidade do planeta, o que abre espaço para desenvolvimentos de formas sustentáveis de gerar inovações, produtos e serviços. A Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI)  estima que, nas próximas duas décadas a bioeconomia poderá somar até 53 bilhões de dólares ao PIB e criar novos 207 mil postos de trabalho”, revela. “Além de investimentos, precisamos de ações coordenadas para concretizar esse potencial. Ações que integrem os diferentes atores ligados à bioeconomia no país e os congreguem para a criação de novos negócios e iniciativas”.

A construção do portal levou em conta a dificuldade de se encontrar informações sobre o que está acontecendo em termos de bioeconomia no país. “Cada vez mais temos diferentes fontes de informação disponíveis, mas, frequentemente, dispersas. A ideia é reuni-las em um único lugar, para fornecer um painel amplo do que está acontecendo no Brasil”, observa Leonardo Teixeira. “Não traremos apenas informação técnica, também teremos uma parte forte sobre cursos, treinamentos, divulgação de eventos e de fontes de fomento disponíveis, sempre com o intuito de gerar novos negócios”.

Quem pode se cadastrar no portal? Empresas, startups, associações, grupos de pesquisa de universidades e ICTS são alguns exemplos. “Queremos incluir, também, comunidades tradicionais e cooperativas, entidades de governo, órgãos de fomento, consultores e mentores, entre outros players. Todos sairão ganhando em termos de visibilidade. Mas há outros benefícios. Por exemplo: as empresas poderão, a partir do portal, identificar qual é o estado da arte de tecnologias; quais são os eventuais provedores de serviços que estão demandando. As startups poderão identificar infraestruturas e serviços, competências de que carecem para desenvolver suas próprias tecnologias”.

Também teremos uma curadoria de informações dentro do portal. Isso significa que todos os membros terão disponibilidade para criar um perfil próprio, de trazer seus destaques em relação a diferentes tópicos (oportunidades, prêmios etc). O trabalho da curadoria será selecionar alguns destaques de determinados clientes e leva-los para um local de destaque dentro do site. Queremos que a homepage seja atualizada com frequência, provavelmente a cada semana. Queremos promover a visibilidade dos diferentes membros do portal. Isso é fundamental para manter os atores engajadas, para manter o interesse e promover os matchmakers.

Esse espaço de conexão é colaborativo na medida que os membros vão criar seus próprios perfis. Tem acesso gratuito, é um local de atualização de informações, serve para identificar parceiros, acompanhar o estado da arte e identificar infraestruturas e serviços. E tudo isso, sempre é bom destacar, com o intuito de apoiar o ambiente de negócio da bioeconomia.

O Habitat de Bioinovação

Outra iniciativa relacionada diretamente ao Portal de Bioeconomia é o Habitat de Bioinovação, espaço localizado no Parque Tecnológico, na Ilha do Fundão (Rio de Janeiro). O objetivo é ser um local para empresas e startups acompanharem seus projetos. Há tem salas mais formais para reuniões com toda a infraestrutura de projetores, televisão etc. O auditório está preparado para receber eventos. “Na verdade, o Habitat de Bioinovação é uma contraparte física ao portal. O intuito é ser um local onde os stakeholders se encontrem, atuando como uma plataforma para promover conexões”, compara Teixeira.