Cerveja engorda? Conheça a Jamile, a primeira low carb, witbier, do Brasil


A bebida de baixa caloria que nasceu de um sonho em meio a pandemia, tem sabor refrescante pela combinação de pitaya, pimenta rosa, hibisco e coentro, a cor do pôr-do-sol carioca e em poucos meses se torna hit no Rio de Janeiro. Um rótulo perfeito para quem quer manter sua dieta e continuar tomando sua gelada. As cervejas possuem compostos antioxidantes semelhantes aos do vinho e, quando consumida com moderação, está associada à proteção cardiovascular. Vem saber!

Jamile é a primeira cerveja witbier, low carb, do Brasil, com apenas 28 calorias, por 100ml

*Por Rafael Moura

A cerveja brinda muitos momentos das nossas vidas, mas é uma das grandes inimigas quando falamos de perda de peso, afinal, a bebida alcoólica feita de grãos de cereais fermentados possui alta carga calórica vindas do álcool e carboidratos. Uma dieta saudável, em sua grande parte, quase 60%, é composta por carboidratos, mas nas cervejas eles não são as fontes ideais de valores nutricionais. Para encerrar esse ciclo de vilania chega ao mercado carioca a Jamile, a primeira cerveja low carb, witbier do Brasil. “A nossa receita traz apenas 28 calorias, por 100ml, o que ajuda muito para quem quer perder peso sem deixar de tomar a sua gelada. As marcas mainstream chegam a ter 45, no mínimo”, revela, Diego Julio, sócio fundador da cervejaria Jamile.

Para o empreendedor, o grande desafio de criar uma cerveja de baixa caloria foi a própria receita. “Não tivemos tempo para fazer testes. Criamos a receita em um tanque de 1.000 litros, Não tinhamos espaço para erros. Uma cerveja witbier não é tão fácil de fazer por conta de sua complexidade de produção, principalmente para conseguir extrair todos os açúcares residuais, os não absorvidos no processo de fermentação, trazendo a característica low carb que era o nosso propósito. Mas nós conseguimos com grande sucesso”, comemora.

As cervejas possuem ação antioxidante e anti-inflamatória, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares e pressão arterial

Segundo a pesquisadora Rosa Lamuela, da Universidade de Barcelona, as cervejas possuem ação antioxidante e anti-inflamatória, oferecendo efeitos benéficos na redução do risco de doenças cardiovasculares, na pressão arterial, na diminuição de lipídeos séricos, da resistência à insulina e de marcadores inflamatórios.

Em 2019, o Brasil chegou a 1.209 cervejarias registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), um crescimento de 36% em relação a 2018. Somente no ano passado, 320 novas fábricas abriram no país, o que significa quase uma nova cervejaria por dia. Os dados estão no Anuário da Cerveja 2019. “A cada ano que passa novas micro cervejarias vêm surgindo no país e o que mais nos motiva é procurar o novo. Dentro desse propósito trazemos uma cerveja low carb, desenvolvida para as pessoas preocupadas com as calorias, mas que tem vontade de beber cerveja, têm uma aliada com qualidade de vida. Estamos mergulhando em um novo nicho, porque tem menos calorias e menos carboidratos. A Jamile foi pensada para quem quer cerveja, sem burlar a dieta”, explica Diego.

A Jamile é uma low carb que traz apenas 28 calorias, por 100ml. Uma opção para beber cerveja, sem burlar a dieta.

Para o engenheiro químico, mestre cervejeiro e sommelier de cervejas, Ricardo Schwarz, consultor escolhido pela Jamile, as cervejas witbier são tradicionalmente belgas e caracterizadas pela adição de sementes de coentro e cascas de laranja junto com uma base de malte de trigo de pelo menos 30%, trazendo uma coloração amarelada, levemente turva e com uma boa formação de espuma. “É uma cerveja leve e refrescante com baixo amargor. No caso da Jamile ela é uma releitura tropical, pois substituímos a casca da laranja pela pitaya trazendo uma coloração diferente, um roxo avermelhado. Junto com o hibisco que traz uma leve acidez, deixando ela com uma sensação ainda mais refrescante e leve”.

A Jamile nasceu de um sonho em meio a pandemia e em poucos meses se tornou um empreendimento de bastante sucesso entre os cariocas. “O engraçado é que a ideia foi um sonho da minha namorada (Caren Vilela). Eu trabalhava com material de construção, mas por conta da pandemia ficou tudo parado e decidimos investir na cerveja. Jamile foi uma homenagem a minha mãe, um nome com bastante personalidade, diferente, que pega fácil. Muitas Jamiles têm nos procurado, amigos de Jamiles as têm presenteado, além de estarmos conhecendo novas Jamiles todos os dias. A girafa é em homenagem a Caren, que mede 1,74, maior do que eu. Acabou sendo uma celebração às duas mulheres da minha vida”, explica Diego.

O carioca Diego Julio empreendedor e sócio fundador da Cervejaria Jamile

Schwarz destaca que a Jamile surge em um momento muito propício, pois cada vez mais as pessoas estão preocupadas com a saúde e o bem estar, principalmente neste momento de pandemia. “Sabemos e entendemos que existem muitos consumidores de cerveja que, por conta de uma reeducação alimentar,  acabam deixando de consumir o produto, buscando bebidas menos calóricas. Então trazer ao mercado uma low carb que continuasse sendo saborosa e harmoniosa, reduzindo em 40% a carga calórica é uma proposta incrível. Estamos apostando muito nessa receita para conquistar os cariocas”.

A girafa, símbolo da Jamile, é um animal que traz a capacidade de previsão, intuição, força e flexibilidade. Características que se cruzam com o nascimento da cervejaria. “Nós abrimos um negócio no meio da pandemia, mais uma cervejaria e com o crescente número já tem uma grande chance de dar errado, ainda mais por ser um público muito específico e uma receita sem testes. A única coisa que achávamos que poderia dar certo era o nicho a explorado. Foi um tiro no escuro e, apesar do medo e do receio estamos muito felizes com a aceitação. Todos esses percalços foram importantes para entendermos o nosso público, o mercado e buscarmos o nosso diferencial, se reinventar de maneira atrativa”, comemora Diego, acrescentando: “A identificação dos consumidores com a girafa e a identidade visual fazem muito sucesso. As pessoas não querem só a cerveja, mas também a bolacha, o copo, o abridor e o growler. Além da cor ser um diferencial. A girafa pode personificar a força dessa mulher moderna que luta pela igualdade, conquistando cada vez mais seu espaço na sociedade”.

Atualmente, a Jamile é vendida em growlers garantindo maior frescor porque é ‘engarrafada’ no dia da entrega.

O pôr-do-sol carioca é um dos símbolos da cidade, exaltando por tanto cantores, compositores e poetas. Por isso, a Jamile resolveu captar essa essência e engarrafar esse ‘sabor do verão’. “Desde o início procuramos elementos que se identificassem com o Rio de Janeiro, porque somos cariocas e amamos essa cidade. Por isso pensamos em uma cerveja witbier, que é uma bebida mais leve e refrescante. Levamos muito em conta esse lado tropical da cidade, foi assim que trouxemos a pitaya, uma fruta exótica, original da América Central, mas também cultivada no Brasil. Então demos uma abrasileirada nessa fórmula belga sem perder a leveza”, pontua Diego Julio.

Como a Jamile surgiu em meio ao isolamento social por conta do novo Coronavírus, uma solução da marca foi investir nos growlers e no delivery. Segundo Diego, a embalagem mesmo sendo plástica, não altera o sabor da bebida. “No growler ela é mais fresca e tem um sabor mais apurado, afinal, as entregas são feitas no mesmo dia e tem validade de uma semana. Quanto mais tempo engarrafada, a bebida perde mais sabor e aroma. No growler conseguimos vender mais rápido. A garrafa de vidro acaba encarecendo o preço do produto”, explica. Uma novidade é que em breve a marca irá lançar outros rótulos, low carb, explorando mais frutas tropicais.

Em breve a Jamile chega ao mercado em garrafas de vidro de 500ml

Serviço:

@CervejariaJamile