Grazi Massafera conta por que topou participação em Travessia’, aconselha Jade Picon e fala do futuro como atriz

Aos 40 anos e demonstrando serenidade, Grazi avalia o que conquistou até aqui: “Aprendi a ter autoestima, amor próprio e autoconfiança. Isso e meu desejo, tesão por aprendizado, ninguém me tira”. E dona do seu destino, ela anuncia os próximos passos na carreira: “Tem série aí por vir e vou fazer cinema! E em uma classificação diferente. Já atuei comédia, drama. Agora, vou fazer suspense. Começo a gravar mês que vem”, diz , sobre o thriller ‘Uma família feliz‘, de Raphael Montes, autor da série ‘Bom dia, Verônica‘, da Netflix. Esta será a primeira grande protagonista da atriz nas telonas, que vive uma mulher atormentada por situações estranhas que acontecem com sua família.

A atriz reforçou ainda, que não tem contrato fixo com nenhuma emissora ou streaming – recentemente foi divulgado que ela havia sido escalada para a primeira novela da HBO Max, mas ao que parece, com a fusão global da Warner Bros, dona da marca, com a Discovery, todos os projetos foram paralisados – e se diz animada com a nova fase, apesar de já ter pensado em desistir da carreira após uma trajetória meteórica que começou em 2006, com trabalhos de destaque, que também trouxeram a exposição e as críticas. “Posso dizer que ‘Verdades Secretas‘ foi uma grande virada, porque ali eu já tinha desistido, eu não queria mais. E aí veio essa oportunidade e pensei: “Então é agora! Porque se der errado, acabou, e se der certo, lá vem a fênix”, recorda, sobre o papel da modelo Larissa, que lhe rendeu reconhecimento e uma indicação ao Emmy Internacional por sua atuação.

Sempre dou o meu máximo, independente se vou agradar ou não – Grazi Massafera, atriz

“Sou muito dessas, sabe? Intensa nas coisas que faço. Eu vou com tudo. Se eu tiver que limpar um chão, por exemplo, pode ter certeza que farei da melhor maneira possível. Sempre dou o meu máximo, independente se vou agradar ou não. Às vezes você dá tudo e não consegue atingir uma excelência, mas ter a certeza que fez seu melhor é importante. É sempre assim que saio da minha casa para trabalhar. Não deixo minha filha sem a minha presença à toa”.

Mesmo eu tendo os meus privilégios por ter nascido loira, com esse biotipo, que todo mundo coloca na frente da fila, tive minhas dificuldades. É a vida – Grazi Massafera, atriz

Quando protagonizou ‘Flor do Caribe‘, em 2013, Grazi se questionou se realmente queria continuar sendo atriz, e de lá para cá tem avaliado constantemente os caminhos que vem escolhendo na profissão. “O que me ajudou a superar os momentos difíceis e adquirir autoconfiança foi a minha criação, a força que a minha mãe tem de vida (sua mãe, Cleuza Soares Massafera, trabalhava como costureira para sustentar os filhos). É uma história de sobrevivência. Mesmo eu tendo os meus privilégios por ter nascido loira, com esse biotipo, que todo mundo coloca na frente da fila, tive minhas dificuldades. É a vida. Além da minha base familiar, a terapia me ajudou muito, me ajuda. Faço há alguns anos”, conta.

E, embora se reconheça em sua escolha profissional, ela não descarta pensar em outros planos nos próximos anos. “Existe uma tendência a que sejamos múltiplos, o mercado está aberto para isso. Pode ser que eu também invista em outra carreira fora da atuação. Por que não?”. E celebra o fato de ter vivido em outro ritmo nos últimos meses: “Foi importante, priorizei minha filha, nossa rotina. Estou fazendo muitas coisas que são de um valor absurdo para o tipo de pessoa que desejo ser e que me alimenta”.

Grazi finaliza exaltando a participação na novela de Gloria Perez. “Aceitei por ser uma história dela, que admiro muito, com direção do Maurinho (Mauro Mendonça Filho), impossível não topar. Tenho muita gratidão por ele. Uma novela leva muito tempo, mas fazer essa personagem no primeiro capítulo me atraiu muito. É quase um curta-metragem a história dessa moça que chega para atrapalhar e confundir toda uma trama”, conta a atriz, que trabalhou com o diretor também em em ‘Verdades Secretas‘ (2015) e ‘Negócio da China‘ (2008). “É uma participação especial que me possibilitou continuar em projetos que eu já estava engatilhada. Foi uma passagem curta, mas intensa, que me deu muito prazer”.