Priscila Fantin volta aos folhetins com a dupla Walcyr Carrasco e Jorge Fernando, responsáveis pelo sucesso de sua protagonista em “Alma gêmea”


Em “Êta mundo bom”, a atriz vive Diana, uma dançarina que atormenta a vida da protagonista. “Não acho que seja uma pessoa má, mas quando vê a Filomena passar pelo que ela já passou, tenta abrir os olhos da menina de uma forma mais dura”, defendeu

Um pouco mais do que dez anos separam o encontro bem-sucedido de Priscila Fantin com a dupla Walcyr Carrasco e Jorge Fernando em “Alma gêmea” de sua nova personagem em “Êta mundo bom”. E a atriz não poderia ter escolhido melhor momento para voltar às telinhas do começo ao fim de uma obra após quatro anos afastada do formato. “Eu estava morrendo de saudades e voltar pra esse lugar Walcyr-Jorginho é uma delícia, porque é uma equipe que eu convivi muito. Os câmeras, os iluminadores, os maquiadores, é uma galera que está desde sempre comigo, estou em casa, em família”, declarou a atriz, relembrando o sucesso de sua protagonista em 2005. “’Alma gêmea’ foi fenomenal, mas não existe pressão, só a expectativa de voltar com esse encontro! ‘Êta mundo bom’ é legal, divertida, leve. O Walcyr faz folhetins perfeitos com ingredientes que todos gostam muito. Precisamos dessa leveza, sair da realidade que a gente vive”, opinou.

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Priscila Fantin comemora o retorno à dramaturgia da Globo após quatro anos afastada (Foto: Reprodução)

Sua personagem, Diana, é uma mulher que foi enganada pelo vilão Ernesto (Eriberto Leão), o que a fez adquirir certa dureza na vida. Ao encontrar a protagonista Filomena (Débora Nascimento) na mesma situação, ela fica irritada e sem muita paciência. “A Diana foi uma vitima do Ernesto, como a Filomena está sendo, e ficou desiludida com os homens, é descrente do amor, vaidosa, interesseira, usa os homens para se dar bem. Ela inferniza um pouco a Filó, mas não é vilã. Não acho que seja uma pessoa má, mas quando vê a Filomena passar pelo que ela já passou, tenta abrir os olhos da menina de uma forma mais dura, tipo ‘você acredita mesmo que ele vai casar com você? Não!’. Ela é dura porque a vida foi dura com ela”, justificou a atriz, que acredita que sua personagem tem uma bondade interior. “Eu, Priscila, acho que se a Diana visse a Filomena em uma pior, daria a mão. Na verdade é um contraponto, a Filó chega para morar comigo e a Olga (Maria Carol Rabello) e ela é o anjinho e eu o capeta”, disse.

Se a personagem é pessimista, a intérprete age de forma contrária. “Na vida real sou mais positiva, acho que, querendo ou não, isso chama pra dar certo. Quando a gente acredita, vai. Quanto mais pensamos em coisas boas, mais transformamos tudo em bom. Sou muito ligada em energia”, contou.

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Priscila Fantin na época de “Alma Gêmea”, em 2005. Ela viveu a índia Serena no folhetim de Walcyr Carrasco (Foto: Reprodução/Gshow)

Os anos afastada fizeram bem para a atriz, que, após emendar novelas por dez anos, deu um tempo na carreira para se dedicar à maternidade. “Agora o Romeu já está com quatro anos e meio, enorme, um moleque que já sabe tudo. É bem mais tranquilo”, explicou, sobre seu retorno. “Me preparei bem pra me comprometer com uma novela! Vim aos poucos pra dar conta de tudo… foram uns dez anos emendando, precisava um pouco dessa respirada, construir outras coisas”, analisou ela, que nunca chegou a ficar sem contrato. “Felizmente”

E será que Priscila pensa em ter mais filhos? “Eu tinha muita vontade de ter um, aí o Romeu chegou e ele já me satisfaz demais. É ativo, intenso, leonino que quando está brabo está muito raivoso, feliz, ilumina a casa e triste fica realmente muito mal. Ele vale por uns dois. Não sei se vai rolar. Sinto que vou ter mais um, mas não é uma programação concreta. Vai ser o que tiver que ser. Ele até pedia irmão em uma fase que minhas amigas começaram a ter, agora já não quer mais. Ele chama os amigos de irmão, para ele está tudo bem”, contou.

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Na pele da atual personagem, Diana, Priscila posa ao lado de Eriberto Leão (Foto: Reprodução/Gshow)

Reservada, será que a atriz está preparada para voltar a ser alvo os holofotes? “Tudo mudou demais de 1999 – quando comecei, para cá. Não tinha isso de celular, era máquina de filme, a foto era uma só, mesmo que ficasse ruim. Eu continuo discreta como sempre, mas talvez hoje escolha melhor o que faço, os lugares que vou. Deixei de frequentar ambientes onde sei que serei vista e fotografada. É mais aprender a lidar, sabe? Essa atitude que tem a ver comigo. Sou ‘low-profile’, não uso salto na vida, vou a padaria descabelada. Essa postura é da minha essência”, garantiu.

Ainda assim, não muda tudo de uma hora para outra. Priscila voltou às telinhas em “doses homeopáticas”, fez teatro, a série “Lili, a ex” no GNT e, recentemente, esteve no dominical de humor “Tomara que caia”. “No programa era uma comédia que se aproxima da persona de cada ator, um lugar que eu não conheço tão bem. Não sou piadista, sempre erro na hora de contar piada, não sou engraçada na vida. Ainda assim, fiquei à vontade, estava ali aprendendo e dou a minha cara a tapa”, disse ela, garantindo que “as críticas ao programa não nos abalaram”. Assim é Priscila: discreta, intensa e talento puro… nós, do site HT, mal podemos esperar para vê-la novamente na televisão!