*Por Karina Kuperman
Tyra Banks tornou-se conhecida do grande público ao vencer o concurso de “Miss Estados Unidos” em 1995. De lá pra cá, desfilou em várias cidades como Paris, Nova York, Milão, Londres e Tóquio, ilustrou capa de publicações como “Vogue”, “Cosmopolitan”, “Elle” e outras, escreveu best-sellers e, em 2005, aposentou-se das passarelas para iniciar sua bem-sucedida carreira na televisão. Quem vê a bela apresentadora do “America’s Got Talent” atualmente, nem imagina, mas ela passou algumas dificuldades no início de sua carreira.
Durante anos, uma suposta rivalidade entre ela e Naomi Campbell fez com que Tyra sofresse bastante. “Por mais que eu estivesse conseguindo vários desfiles, as pessoas não sabiam que eu voltava para casa e chorava sem parar porque a mulher que me inspirava parecia não me querer ali e estava fazendo tudo em seu poder para me afastar”, contou, em entrevista ao “The Wall Street Journal”. “Não era uma rivalidade. Sou muito cuidadosa em relação a essa palavra, porque ela implica em uma disputa entre duas pessoas iguais. Naomi era uma supermodelo e eu era apenas uma novata que tinha ido para Paris e estava estudando moda”.
Anos depois, mais madura, Tyra concluiu que Naomi apenas reagia ao racismo da indústria. Vale lembrar que as duas chegaram a fazer as pazes em 2005, no programa “The Tyra Banks Show”, após 14 anos sem se falarem. “Como uma menina nova, eu só pensava como aquilo era tão maldoso, tão horrível. Mas agora vejo que Naomi estava reagindo a uma indústria. Quando Christy Turlington surgiu, ninguém disse ‘Cuidado, Kate Moss!’. Quando Shalom Harlow surgiu, ninguém falou: ‘Cuidado, Linda Evangelista! Tem outra morena por aí’. Mas quando eu apareci, disseram: ‘Naomi, cuidado. Tem uma garota negra que quer tomar o seu lugar'”, explica. “Achavam que só tinha lugar para uma negra”, dispara.
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