TCU aceita recurso de Guilherme Fontes para o filme “Chatô, o Rei do Brasil” e ator pode ficar livre de punição


Segundo o Tribunal de Contas da União, uma reviravolta no caso pode livrar o ator e diretor de ressarcir o dinheiro cedido para o longa, que contou com recursos públicos através das leis Rouanet e do Audiovisual

Apesar de já até ter saído de cartaz, o filme “Chatô, o Rei do Brasil” continua dando o que falar. Desta vez, o Tribunal de Contas da União (TCU) acolheu um recurso que pode livrar o ator e diretor Guilherme Fontes, acusado de não concluir a produção, de ressarcir o dinheiro cedido para o longa, que contou com recursos públicos através das leis Rouanet e do Audiovisual. A cinebiografia, que começou a ser produzida em 1994 e só foi lançada em 2015, 21 anos depois, teve captação de R$ 8,6 milhões, o equivalente a R$ 50 milhões em valores atuais.

Guilherme Fontes (Foto: Divulgação)

Guilherme Fontes (Foto: Divulgação)

O recurso, divulgado na edição desta segunda-feira, no “Diário Oficial da União”, reconsidera uma decisão aprovada em 2014, onde a defesa de Fontes afirmava que ele havia enviado uma cópia do filme à Ancine, comprovando a finalização da obra. No entanto, para o TCU, isso não não configurava a realização do trabalho.

A confusão é tanta, que, nos anos de 2012 e 2014, o Tribunal afirmou que o diretor teria que ter devolvido o dinheiro aos cofres públicos, mas com a finalização do longa, que já está disponível no Netflix, e o envio de um novo recurso podem livrá-lo da punição. Ao jornal “O Globo”, Guilherme Fontes disse que concorda com a decisão, se isso acabar de vez com a discussão. “A justiça tarda mas não falha, e será feita, assim como o filme foi uma agradável surpresa. É preciso acabar com esse fantasma. As pessoas estão preocupadas com outros problemas”, afirmou.