Os caras do Sepultura (lê-se Derrick Green, Andreas Kisser, Paulo Jr. e Eloy Casagrande) passaram por uma situação (bem) complicada no Cairo, no Egito, onde fariam um show nesse fim de semana que passou. O local (a apresentação foi marcada inicialmente para o Nile Country Club e depois remarcada para um clube na periferia da cidade do Cairo) onde ocorreria o show – marcado para as 23h30 – foi interditado pela polícia às 20h. O motivo? Autoridades locais alegaram que os organizadores não tinham os documentos necessários para a realização da apresentação. A própria banda, em atividade desde 1984, confirmou que o cancelamento foi “por algumas questões burocráticas não resolvidas entre o contratante local e as autoridades do Cairo”.
No entanto, é pública e notória a perseguição à música metal no país, marcado por uma forte presença da religião muçulmana nas decisões do Estado. O porta voz da polícia egípcia, Hatem Fathi, negou que esse tenha sido o motivo do cancelamento do show e aproveitou para reiterar que civis costumam reclamar de eventos com metaleiros, porque, segundo ele, “há brigas, drogas e bebida”. Detalhe importante nessa história toda: um jornal local, o “Al-Watan”, noticiou o fato, sem citar o Sepultura, apenas dizendo que houve o cancelamento de uma festa com “adoradores de Satanás”.
Em tempo: atualmente o Egito é uma república semipresidencialista comandada pelo presidente Abdul Fatah Khalil Al-Sisi e pelo Primeiro-ministro Sherif Ismail.
Artigos relacionados