Apesar de o Brasil ser um dos países onde o número de usuários de internet é considerado dos maiores do mundo, por incrível que pareça ainda existe aqui grande número de pessoas que frequentemente são ignoradas nas estratégias das empresas: são os chamados imigrantes digitais.
E seguindo sua missão de levar informação atual por meio de diversos formatos — estudos, podcasts, infográficos, listas, artigos e vídeos — a Plataforma Gente, hub de conteúdo da Globosat, se debruça agora sobre o universo digital e lança, em parceria com a Wake Insights, “Perfis Comportamentais dos Imigrantes Digitais”.
O estudo (que pode ser conferido na íntegra neste link http://gente.globosat.com.br/imigrantes-digitais/) traça um perfil e identifica as necessidades comportamentais desse grande grupo de pessoas que, frequentemente, são ignoradas nas estratégias das empresas, preocupadas em direcionar seu foco aos nativos digitais. Estamos falando dos imigrantes digitais. “A questão não é abolir a transformação digital e a adequação às novidades tecnológicas. O ponto central é como isso é feito e quem está sendo deixado de lado”, diz Fabio Amado, co-fundador da Wake Insights. Ele atua como facilitador e consultor no planejamento e desenvolvimento de projetos de inovação, construindo novos produtos e serviços em diversos setores.
Os imigrantes são divididos em quatro categorias: refugiado, colonizador, naturalizado e nativo. Os Os nativos digitais são os que cresceram e se desenvolveram em um ambiente digitalizado. Sensíveis ao meio digital, desde muito pequenos intuitivamente aprenderam a deslizar o dedo nas telas dos dispositivos móveis.
Os naturalizados, desde sempre vivem em um ambiente de mudança e transformação. Embora não tenham nascido no digital, eles já se adaptaram e carregam um histórico do mundo pré-digitalização. Mas para que nativos e naturalizados tivessem contato com a tecnologia, alguém precisou desbravar esses territórios e preparar o terreno para que, futuramente, outras pessoas migrassem com mais segurança e familiaridade. É a figura do colonizador, aquele que criou a tecnologia e o mundo digital – ou ao menos foi pioneiro em introduzir essa realidade nas vidas de outras pessoas.
E, por fim, o temos o refugiado digital, que sempre esteve distante da tecnologia ou foi pouco exposto a ela. Não circula por esse território com naturalidade, pois além de estrangeiro, está resguardado e alheio à nova realidade, a qual enxerga como uma ameaça.
Como fazer uma transição mais fluida, e evitar a exclusão digital? Nas últimas décadas, a transformação digital se tornou um dos maiores desafios das empresas, gerando em muitos casos o principal alvo de qualquer plano estratégico. Mas o estudo aponta que 70% das empresas falham em seus processos de transformação digital, de maneira recorrente. Isso porque focam seus esforços nos nativos digitais e esquecem dos nascidos pré-explosão da internet, os imigrantes. Apontando caminhos significativos para essa necessária transição digital, uma das principais conclusões do estudo é a de que as empresas não devem digitalizar toda sua comunicação e interação com clientes, colaboradores e com ela mesma de uma única vez. As empresas não devem digitalizar toda sua comunicação e interação com clientes, colaboradores e com ela mesma. A saída, portanto, não é a unificação, mas a diversificação.
.
Artigos relacionados