Minas Trend: 20 anos de sucesso, símbolos da marca, o junco e o couro consolidam o nome da Confraria no mercado nacional e internacional da moda


Para a empresária e designer da grife, um dos segredos dessas duas décadas estelares da marca é o respeito à essência e à autenticidade da Confraria. E, como apontou, é desse jeito que ela quer continuar se comportando no cenário fashion, “A Confraria é uma marca que vai sempre contra ao que o mercado fala. Nós temos um DNA próprio e nenhum dos nossos modelos é cópia de outra grife”

A Confraria está em festa. Há duas décadas, a grife de Brasília comandada por Ana Paula Braga Ávila se destaca no mercado da moda nacional e internacional por suas criações. Desta vez, o panorama não é diferente. Além de comemorar os 20 anos de sucesso da marca, Ana Paula também celebra os dias proveitosos no Salão de Negócios do Minas Trend. Por lá, a designer expõe sua coleção Verão 2018 que, assim como as anteriores, segue firme na identidade da grife. Por essas duas décadas, a Confraria firmou seu nome no mercado da moda com os modelos em junco, seu trabalho em couro e pele animal.

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Para a próxima temporada, a designer da marca contou que irá reforçar ainda mais o DNA da grife com os materiais que já se tornaram o símbolo da Confraria. Ou seja, lá vem modelos incríveis em junco, couro e pele. “O forte da Confraria, principalmente no Verão 2018, é o junco. Além dele, as fibras naturais também ganham espaço na coleção que vai da linha toilette às esportivas, passando pelas crossbody com fita. Para a próxima estação, também trazemos muitas aplicações, flores e o pitón, que representa a linha mais exótica da marca”, contou.

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Ícone da marca, o junco é um material natural extraído direto da Amazônia, único lugar onde a matéria prima é encontrada. No entanto, segundo Ana Paula, a ideia que resultou na descoberta do material foi bem distante do Norte do Brasil. “Um dia eu estava em Roma, há muitos anos atrás, e vi uma bolsa italiana que é feita com uma palha chinesa. Era uma peça da década de 1940 que estava perdida em um brechó. Na época, eu fiquei com isso na cabeça e pensei que precisava achar uma fibra no Brasil que desse esse resultado. Foi então que eu lembrei das cadeiras de vime que temos no país”, disse.

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E o junco é exatamente o interior do vime, tão explorado por aqui. No entanto, engana-se quem pensa que, até as bolsas da Confraria ganharem forma tal qual conhecemos, o processo seja simples. Depois de extrair a polpa do vime na Floresta Amazônica, o material viaja o país e começa um processo químico para o belo resultado. “A gente compra os fardos dos cipós das tribos, depois começa a ser manufaturado em Brasília e passa por um banho de soda caustica até podermos iniciar o trabalho”, explicou Ana Paula que destacou que o processo de extração dessa polpa da Amazônia só permitida ser feita por mão-de-obra indígena, segundo as normas do IBAMA. “O junco é colhido depois que ela já caiu no chão. Então, é uma matéria prima completamente sustentável”, acrescentou.

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Bolsas de junco da coleção Verão 2018 da Confraria no Salão de Negócios do Minas Trend (Foto: Henrique Fonseca)

Outro material que se destaca na Confraria é o couro. Assim como o junco, de origem natural, Ana Paula acredita que a moda preste um serviço de reciclagem e reaproveitamento desta matéria prima de origem animal. “Nós que usamos couro representamos uma cadeia sustentável. A pele que nós usamos para fazer bolsas e sapatos é o que sobra depois que pegam a carne para a gente comer. Não podemos descartar. Então, eu acredito que o erro não está nessa utilização. A não ser que todo o planeta vire vegano”, argumentou a designer. “Eu não abro mão de usar couro. Hoje, nós vemos uma febre muito grande das marcas que estão substituindo o couro por uma versão ecológica que, nada mais é que plástico. E eu não entendo quem acredita que isso seja melhor para o meio ambiente. Afinal, fazer plástico é o que o planeta menos precisa”, completou.

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Com posicionamentos tão claros e reconhecidos no mercado, a Confraria mantém sua estrutura sólida no mercado de bolsas. Presente em todo o país e diversos pontos do mundo, a grife acredita que a essência e a autenticidade da marca seja um dos segredos para essas duas décadas de sucesso. Além das belíssimas bolsas, claro, Ana Paula destacou o pensamento sólido da grife. “A Confraria é uma marca que vai sempre contra ao que o mercado fala. Nós temos um DNA próprio e nenhum dos nossos modelos é cópia de outra grife. A marca tem uma preocupação muito grande com exclusividade”, apontou.

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Mais do que garantir o público que, de fato, representa as ideologias da Confraria, este posicionamento de Ana Paula à frente da marca também garante a exclusividade de seus modelos. Em tempos de internet, velocidade acelerada e plágios sem fim, a designer destacou que a importância do cuidado com a exposição para o desenvolvimento da grife. “A gente toma todos os cuidados para não copiarem os nossos modelos. Mas, com internet, nem sempre isso é tão simples. Porém, como marca, a gente tem a tranquilidade de saber que estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance”, disse.

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Coleção Verão 2018 da Confraria no Salão de Negócios do Minas Trend (Foto: Henrique Fonseca)

Para o futuro, o desejo é só manter a fórmula de sucesso do passado e presente. Com a estrutura, o reconhecimento e a autenticidade da marca, a Confraria trilha seu caminho estelar que promete ainda mais 20, 30 e sucessivos anos de comemorações. Segundo Ana Paula Ávila Braga, o objetivo é apenas manter. “Nossa ideia é só continuar nesse caminho de sucesso. Nós queremos que as clientes se sintam sempre poderosas e a mais especial de todas. Não queremos que em um grupo de cinco mulheres, todas tenham um mesmo estilo de bolsa. A Confraria, então, representa a singularidade do estilo da mulher que usa a marca”, argumentou.