*Por Karina Kuperman
Em busca de um futuro mais sustentável e ético, gigantes como Chanel, Prada, Versace, Tom Ford, Maison Margiela e Diane von Furstenberg anunciaram, nos últimos anos, que estavam banindo o uso de pele animal. Outras grifes como Giorgio Armani, Michael Kors, Gucci, Ralph Lauren, Tommy Hilfiger, Vivienne Westwood e Calvin Klein também já adotaram essa postura, que tem Stella McCartney como inspiração. É que desde o lançamento de sua marca homônima, em 2001, a estilista inglesa recusa-se a usar pele e couro de animais. Até mesmo a Rainha Elizabeth II anunciou, ainda esse mês, que não usa mais roupas feitas “a partir do sofrimento animal”. Histórico, já que a monarca é o primeiro membro da realeza a substituir oficialmente o uso de pele verdadeiras.
Na contramão desse movimento de uma moda cada vez mais ligada aos valores do consumidor, a Fenty, marca de roupas criada por Rihanna, colocou em seu catálogo um casaco 100% feito de pele de cordeiro. A peça, que custa US$ 3,660 (cerca de R$ 15,2 mil), causou polêmica nas redes sociais. Além dele, um cachecol do mesmo material também é comercializado no site oficial. O nome de Rihanna entrou nos trending topics Brasil no Twitter, na tarde desta quarta-feira. “Decepcionada com Rihanna, nunca pensei que falaria isso”, disse uma fã. “Sempre achei a Rihanna muito marketing e pouca verdade, agora tá aí fazendo casaco de pele 100% animal. Cadê a militância na hora de ganhar dinheiro né?”, questionou outro. “O casaco da Rihanna vem pra mostrar que de uma forma ou de outra as pessoas irão te decepcionar”, disse mais uma.
Vale lembrar que 2017, a cantora já havia se envolvido em uma polêmica com a PETA, uma das maiores ONGs de proteção animal do mundo. Isso porque ela apareceu em um desfile da Dior vestindo um casaco de pele e a ONG chegou a publicar uma carta pedindo para que ela parasse de usar esse tipo de roupa e chegaram a enviar-lhe um casaco sintético de presente.
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