Conhecida pelas respostas ácidas aos haters e por não medir as palavras em público, a atriz Luana Piovani sabe muito bem a imagem que tem por sempre falar o que pensa. “Dá trabalho demais se posicionar. Eu sei, porque pago esse preço direitinho, até os centavos. E eu sei que é um preço alto e pouca gente tem esse material para pagar” admitiu a atriz em entrevista ao site do novelista Aguinaldo Silva. Para Luana, que recentemente deu à luz os gêmeos Bem e Liz, a maioria do meio artística se isenta de posicionamento, vezes fechando os olhos para os problemas da sociedade, porque “custa muito caro você emitir opinião e se posicionar”.
E não só. A quase obrigatoriedade do artista, por ter uma voz sobre determinado número de pessoas, de opinar sobre assuntos mil, deveria ter fim. “Não pode só cair sobre os artistas a obrigação de se rebelar. Todo mundo tem que ter esse lugar da cidadania, de bater a mão no peito e falar: ‘Que porra é essa?’. E não só colocar na conta dos artistas”, opinou. Essa tarefa, para ela, não pode se restringir aos atores, músicos e apresentadores. É função de cada um de nós. “O problema é que o Brasil não tem educação, aí acabou tudo porque não tem cidadania. E o cidadão que não tem educação, não sabe ser cidadão. Ele não sabe do direito, nem do dever. Então ele deixa lixo na rua, por exemplo”, criticou.
Em conversa de mais de uma hora na casa de Aguinaldo Silva, autor de novelas como “Roque santeiro” e “Senhora do destino”, Luana Piovani chamou atenção do entrevistador por “uma lucidez e uma firmeza de opinião” que “não tem nada a ver com a imagem que a mídia de celebridades passa sobre a sua persona”. Postura de quem, no papo vai, papo vem, critica até o modo de vida contemporâneo. “As pessoas estão preocupadas com suas vidas, porque até viver hoje está levando tempo e consumindo muita energia. A gente tem que lidar com tantas adversidades, que só de viver nossa vida já está cansado”.
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