Lívia Canuto lança coleção de joias Inabitat com um olhar profundo sobre o destino que a humanidade está traçando para o agora e amanhã


A versatilidade é uma característica marcante, já que podem ser combinadas de várias maneiras diferentes. A usabilidade também é outro ponto inovador. Anéis podem ser usados na orelha como ear cuff ou vice-versa. A prata polida foi trabalhada em formas que se encaixam anatomicamente ao corpo. Bolhas, garras, esferas pontuam peças contemporâneas e especiais. Pérolas negras e brancas também foram usadas e lembram essa nova cadeia de DNA

Adoro o trabalho de Lívia Canuto e acompanho desde sempre. O mais recente, de acordo com ela, “traz uma reflexão sobre o cenário mundial e um novo olhar para a joia”. A inspiração para essa coleção veio de um questionamento de Lívia que começou antes da pandemia. Como seria se as pessoas se cansassem do curso que o planeta está tomando e resolvem desbravar o espaço? Que lugar habitariam? Como se adaptariam a essa nova realidade? Os corpos sofreriam algum tipo de mutação? E através do seu imaginário nasceu a Inabitat. Um lugar híbrido, com uma estética nova onde os seres humanos passaram por mutações no DNA para se adaptarem a nova condição.

As peças foram pensadas para esses corpos. A versatilidade é uma característica marcante, já que podem ser combinadas de várias maneiras diferentes. A usabilidade também é outro ponto inovador. Anéis podem ser usados na orelha como ear cuff ou vice-versa. A prata polida foi trabalhada em formas que se encaixam anatomicamente ao corpo. Bolhas, garras, esferas pontuam peças contemporâneas e especiais. Pérolas negras e brancas também foram usadas e lembram essa nova cadeia de DNA.

Mais sobre as reflexões de Lívia? “Uma sociedade ameaçada pelo totalitarismo e comandada pelo autoritarismo de governos eminentes que agravam ainda mais a escassez de recursos naturais na Terra. Movimentos insurgentes nascem como um mecanismo de interrupção do curso catastrófico do mundo. A sobrevivência no planeta é duvidosa e aguça em seus habitantes o instinto de desbravarem novos territórios. Eles acreditam que é preciso olhar além para salvar a humanidade. O escapismo terrestre é a solução”.

Segundo Lívia, a sociedade passa por mutações em seu DNA para conseguirem se adaptar à nova condição. A engenharia genética é vital nesse contexto e uma alternativa, pois possibilita a criação e o desenvolvimento de seres fantásticos participantes de um novo ambiente biotecnológico”.

Curiosamente, Inabitat começou a ser contextualizada no início do ano, quando o mundo ainda era outro. Coincidentemente, ela promove uma reflexão sobre nosso momento atual repleto de incertezas, dúvidas e questões que precisam ser revistas com urgência para nos distanciarmos de um futuro oblíquo e trágico.