Para Jô Soares, não podemos tratar a presidente da república como técnico de time de futebol: trocar quando acha que os rumos da prosa não estão indo bem. E mais: segundo o dramaturgo, apresentador e ator, “o que levou o Partido dos Trabalhadores ao poder foi a sedução de que viria um partido que acabaria com a corrupção, só que foi o contrário”. Para ele, no Brasil, há “um tipo de corrupção tentacular, por ocasião”, assim como se viu no caso do Mensalão – nome dado ao escândalo de corrupção política mediante compra de votos de parlamentares no Congresso Nacional do Brasil, que ocorreu entre 2005 e 2006.
E mais: na última edição de seu programa nas madrugadas da Rede Globo, Jô Soares aproveitou para enfrentar o deputado federal e ex-jogador da Seleção Brasileira Romário, eleito pelo PSB fluminense. É que Jô não gostou da participação do “baixinho” na sessão da comissão especial do impeachment, no dia 29 de abril. “Eu gostaria de fazer uma observação com relação ao senador Romário, que estava muito preocupado em saber a que horas ele iria falar, porque estava ficando tarde e ele não queria perder a vez. Será que não falaram para o senador que o importante não é falar, e sim ouvir? (…). Ele falou de um jogador baixinho que jogava com a camisa número 11 e nunca teve medo de enfrentar zagueiros. Realmente, Romário, desculpe, mas o mais difícil para um senador é saber ouvir, e não falar. Não pode um senador que eleito por uma quantidade absurdas de votos não saber ouvir. Tem que ouvir, Romário. Não é para falar ou fazer gol, é para ouvir”.
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