Além da beleza, Sheron e sua irmã, Sol Menezzes, compartilham outras características: uma delas é o gosto e o talento para a arte. Com apenas 20 anos de idade, a irmã caçula da atriz global já tem uma carreira de mais de dez no teatro e, atualmente, pode ser vista no palco da Sala Fernanda Montenegro, no Teatro Leblon, vivendo Chayene em “Os insones”, de Erika Mader. A personagem é uma moradora da fictícia comunidade Morro do Café, que sonha ser atriz e faz parte do grupo de teatro do morro, uma ONG liderada por Humberto (Izak Dahora), professor que pensa que vai salvar os jovens do morro através da arte. “Eu acho essa peça incrível. A Chayene fala também dessa questão da menina, não necessariamente da favela, mas do subúrbio, que, na maioria das vezes, é linda, mas não acha seu cabelo bonito, não se enxerga, porque a mídia tem um padrão de beleza e ela não está inserida nele”, explicou.
Além de Chayene, Samora (Guilherme Ferraz), um adolescente negro e rico criado no Leblon que, depois de ler e ouvir os grandes ícones da guerrilha e do movimento negro, decide fazer uma revolução, Sofia (Amanda Grimaldi), uma jovem branca, que mora em Ipanema, e está desaparecida, seu irmão, Felipe (Leonardo Bianchi), um adolescente calado, estranho, que coleciona armas e mente para a família sem o menor ressentimento, Mara Maluca (Polly Marinho), uma jovem abrutalhada, dona do tráfico do morro, que mata com uma indiferença dilaceradora e Anjo (Yuri Ribeiro), um rapaz branco, ignorante e perdido fazem parte da história escrita por Tony Bellotto em 2007. “O Samora é o menino que quer mudar o mundo e escolhe uma maneira muito louca, que é subir o morro, mas é bom. As pessoas precisam ouvir esse discurso, tem muita gente que não sabe o que se passa e a peça tem uma mensagem que faz as pessoas pensarem bem sobre isso. Está sendo incrível, um verdadeiro presente fazer a Chayene”, declarou ela, que ganhou o papel após uma leitura na casa de Erika. “Me chamaram para ler sem pretensões, eu fui e ela me convidou para a peça, amei”, contou.
Além de “Os insones”, Sol dedica seu tempo a outro espetáculo. “Tenho um projeto meu, que se chama ‘Lívia’. Quem escreveu foi um amigo meu e eu estou no elenco. Vamos fazer sexta, sábado e domingo no teatrinho do Vidigal. Depois, vamos continuar com ela, só estamos procurando palco”, adiantou Sol. Apaixonada pela arte, ela admitiu: a irmã teve grande influencia. “Eu ia para o Projac com ela desde criança, assistia às gravações, aprendi como funcionava. Eu gosto de TV, quero fazer também, mas sou muito do teatro, ele me pega muito. Mas eu amo tudo e com certeza a Sheron me ajudou a me familiarizar com a profissão”, disse. “Como faço teatro desde os oito anos, nunca tive pensamento em fazer outra coisa, desde pequena sempre soube que era isso então eu dou a minha vida, estudo e me dedico muito pra crescer nessa profissão que eu amo”, afirmou. Quem duvida que a veremos muito por aí?
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