Gloria Pires divulga confeiteiro que sofreu com enchentes e jovem comemora: “Mais de 11 mil seguidores em um dia”


O carioca Matheus Sant’Anna perdeu tudo o que havia conquistado com as chuvas do dia 8 de abril e, agora, reconstrói os negócios com uma ajudinha especial: “Glória disse que me ajudaria e, no dia seguinte, quando eu acordei, vi o post dela. Não acreditei”

*Por Karina Kuperman

Depois de ser surpreendida pelos filhos Cleo, Antônia Morais, Ana Morais e Bento Morais no Dia das Mães, com direito à pétalas de rosas e piano, foi a vez de Glória Pires surpreender os fãs. Em um gesto emocionante, a atriz usou seu perfil no Instagram para pedir apoio a um confeiteiro que perdeu tudo nas enchentes que tomaram o Rio de Janeiro em abril.

Trata-se de Matheus Sant’Anna, vencedor do reality show “Que seja doce”, do GNT, que perdeu tudo o que tinha por conta das chuvas que vitimaram tantos cariocas. “Este é o Matheus Sant’Anna, vencedor do mais recente ‘Que Seja Doce’. Ele tem 21 anos e, com o dinheiro que economizou em sua jovem vida, montou uma cozinha industrial para produzir seus confeitos divinos, como o bolo de brownie espetacular com o qual gentilmente me presenteou, no dia das mães. Porém, as águas destruíram tudo no dia 8/4. Sua avó foi arrastada mas, resgatada a tempo, sobreviveu. A família perdeu tudo, Matheus perdeu sua fábrica e precisará da ajuda de todos nós. Vem conhecer o trabalho dele!”, pediu a veterana global, em uma foto ao lado do jovem.

Matheus e Gloria Pires (Foto: Reprodução/Instagram)

Procuramos o confeiteiro, que nos contou, com exclusividade, como foi esse contato com Glória. “Eu a conheci graças a estilista dela, que se chama Márcia Maia. Ela viu minha história e gostou muito, se identificou. Desde então ela vem me ajudando e, na semana passada, me deu a ideia de enviar um bolo de presente de dias das mães para a Glória. Márcia marcou esse encontro e eu fui na casa dela no dia das mães pela manhã”, diz. “Ela me recebeu e conversamos bastante, foi muito receptiva. A família toda, aliás! O marido, Orlando Morais, a Cleo, os outros filhos todos”, elogia. “Glória disse que me ajudaria e, no dia seguinte, quando eu acordei, vi o post dela. Não acreditei. Foi incrível!”, comemora. “Ontem eu tinha 400 seguidores e hoje já são mais de 12 mil”.

Gloria posa com o bolo feito por Matheus Sant’Anna (Foto: Reprodução/Instagram)

A trajetória do confeiteiro começou com o interesse pelos doces da mãe. “Vim de uma família bem humilde, tudo que temos (tínhamos)  veio de muito trabalho e fé. Minha história com a confeitaria começou bem cedo. Minha mãe sempre gostou de fazer doces e bolos para a família e eu sempre gostei de estar ao lado dela ajudando-a. Ficava, aos 6 anos, mexendo brigadeiro, ajudando a quebrar ovos e, assim, comecei a me interessar. Desde então soube que queria isso para a vida”, lembra.

Os doces de Matheus ajudam no sustento de toda a família (Foto: Reprodução/Instagram)

“Quando tinha 11 anos, minha avó me deu 50 reais e eu resolvi comprar sacos de sacolé, maracujá, leite condensado e isopor para armazenar. Assim, comecei a vender sacolé na porta de casa. Aos 13, minha avó me deu um livro de confeitaria e padaria profissional”, conta. “Foi aí que me tornei confeiteiro. Passei a fazer bolos, tortas e até pães para vender. Aos 15, passei a vender brownies na escola, fazia sucesso. Assim, comecei a colocar dinheiro em casa, ajudar nas contas, trocar móveis… comprei um computador para fazer o design da empresa. Enfim, chegou a faculdade. Como disse, desde pequeno queria cozinhar pelo resto da minha vida, mas a minha mãe deixava bem claro que não teria dinheiro para pagar uma faculdade para mim. Fiz o ENEM e consegui passar em primeiro lugar para uma faculdade particular de gastronomia aqui do Rio de Janeiro, com 100% de bolsa”, diz, referindo-se ao Exame Nacional do Ensino Médio.

Um dos bolos de Matheus (Foto: Reprodução/Instagram)

A partir daí, Matheus precisou parar de vender seus doces para se dedicar aos estudos. “Mas comecei a fazer estágios em hotéis e juntei dinheiro para o tão sonhado curso de confeitaria do Diego Lozano em São Paulo. Fiz e fiquei encantado. Depois disso, trabalhei como confeiteiro, chef de cozinha e, hoje, sou confeiteiro de um hotel”, conta.

A tragédia começou em abril. “No início desse ano resolvi abrir minha fábrica de doces, do lado de casa mesmo, para não pagar aluguel. Investi cerca de 25 mil de janeiro até abril. Dia 8 veio a chuva que acabou com o meu sonho. Perdi a fábrica, minha casa e quase perdi a minha avó. Mas, pelo menos, coisas boas aconteceram. Participei e ganhei o ‘Que seja doce’ e hoje estou lutando para reconstruir tudo o que perdi”, afirma. A gente fica torcendo.

Serviço:
Matheus Sant’Anna Patisserie
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Contato: (21) 99858-3287
Entregas em todo o Rio de Janeiro