Faustão solta o verbo e fala sobre polêmicas nas redes sociais com seus comentários no “Domingão”: “Só reclamo quando tem maldade ou burrice, que têm bastante”


Grande crítico do cenário político brasileiro, o apresentador acredita que o momento é de renovação. “Existe uma onda jovem de gente que está a fim de combater a corrupção. Se todos os artistas e todas as pessoas influentes começarem a falar o que sente, esse coro aumenta”

Para fechar mais um ano com o astral lá em cima, Fausto Silva convocou os artistas que mais se destacaram nos últimos 12 meses para a premiação “Melhores do Ano”, no penúltimo “Domingão do Faustão” de 2016. A atração que comemora 27 anos de muito sucesso no próximo dia 26 de março, se mantêm firme e forte na grade de programação da Rede Globo, com quadros que já fazem parte da vida de milhares de brasileiros. Ao HT, o apresentador entregou a receita que usa para manter um programa durante tanto tempo no ar sem perder o fôlego.

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Faustão comemora ano que vem 27 anos de Domingão (Foto: AgNews)

Faustão comemora ano que vem 27 anos de Domingão (Foto: AgNews)

“É aquela coisa de renovação constante e satisfação permanente, porque é difícil você fazer um programa que tem que agradar criança, jovem, adulto e velho. A gente chama de programa supermercado. Esse é o desafio e em um dia que é complicado, que é o domingo, e ao mesmo tempo você tem que levar alegria, especialmente nos dias de hoje. Mas, além disso, você tem que levar informação. Com cada cidadão se expressando, porque só assim você acaba cutucando as camadas da sociedade que têm que reagir”, concluiu ele, sem adiantar as novidades que vêm por aí no Domingão. “O grande segredo é também não ficar anunciando e fazendo a mesma coisa toda hora. O segredo é ficar o tempo todo inquieto e produzindo. Nem sempre a gente acerta, mas o segredo da vida é ter vontade de mudar e acertar. O ano de 2016 fecha positivo no trabalho e na saúde. Mas não tem jeito. Não adianta você estar com uma vida boa se a maioria não está bem no país”, ressaltou.

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Sempre muito polêmico e com opiniões pertinentes, alguns comentários feitos pelo apresentador em seu programa acabam ganhando grande repercussão e se alastrando rapidamente pelas redes sociais. Apesar de não se arrepender de nada do que diz, ele revelou que se incomoda quando seus pensamentos são reportados fora do sentido real. “O único problema é que eu só reclamo quando eu vejo que existe maldade ou burrice, que têm bastante. Quando tem isso, às vezes a pessoa pega uma frase fora do contexto, não entende, e joga isso na internet. E isso é um problema que todo mundo sofre na rede social, que um dia, quem sabe, a gente vai ter um pouco mais de ética e principalmente de organização”, disse ele, completando: “Por isso que é importante o cara saber de quem é o blog, que jornal e revista que é, para as pessoas saberem diferenciar os bons profissionais, dos maus profissionais, a notícia falsa, da notícia verdadeira. Só diferencia quem é sério”, contou.

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Agora, sobre o já tradicional prêmio “Melhores do Ano”, Fausto Silva comentou a alegria que tem em fazer o programa especial de fim de ano e sentir o carinho que acontece entre os colegas de trabalho durante as quatro horas de premiação. “O mais legal é a confraternização. A gente perceber que apesar da concorrência, ainda existe lealdade, ética e amizade. Cada um luta pelo seu trabalho, né? Aqui, logicamente, todo mundo compete, mas o espírito esportivo e a festividade me encantam. Esse exemplo que fica é até mais importante do que o próprio troféu”, destacou o apresentador, ressaltando que descobre quem serão os vencedores junto do público. “Eu só descubro os vencedores na hora. É que nem as ‘Vídeo Cassetadas’. Eu vejo na hora, se eu gosto eu elogio, se não gosto reclamo. Mas a votação é popular. O fato do cara ser indicado já é um prêmio, mas acho que quanto mais variedade melhor”, ressaltou.

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Como iniciou a carreira de jornalista aos quatorze anos, como repórter da rádio Centenário de Araras, no interior de São Paulo, Faustão já viu muita coisa acontecer debaixo de seu gravador e seu bloquinho de anotações. Principalmente depois que passou a lidar com celebridades. “Eu fui repórter. Eu vi muito artista que estava começando a carreira ser humilde, puxar o saco da gente e estar sempre cheios de projetos para contar. Depois que fica famoso dá coice em todo mundo. Eu passei por isso e sei como é triste. Quando vejo um cara que tem cabeça, nesse lado, eu tendo ajudar para que ele não se perca e não venha a cometer os erros que talvez eu tenha passado”, ponderou ele, afirmando ainda que, como apresentador, se vê no direito de ser um porta-voz do bem estar para as pessoas. “Quem tem saúde e felicidade tem a obrigação de passar para os outros. Não é questão de ser bonzinho, é ser inteligente. Você passa a dar uma vida melhor para todo mundo quando você é melhor. Se eu puder fazer isso eu farei”, comentou o apresentar.

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Grande crítico do cenário político brasileiro, Faustão acredita que o momento é de renovação, mas é preciso que a população não perca a esperança e lute por seus direitos. “Existe uma onda jovem de gente que está a fim de combater a corrupção. Se todos os artistas e todas as pessoas influentes começarem a falar o que sente, esse coro aumenta. Dizer que não gosta ou não entende de política é uma ignorância. A gente faz política o tempo inteiro. Então não tem jeito. Estamos todos na torcida do verbo esperançar. O país só vai ter confiança o dia que tiver esperança. Então, temos que virar esse jogo para que isso aqui volte a ser um país descente para todo mundo”, completou.