Exclusivo! Hortência permanece no quadro de comentaristas da Globo após as Olimpíadas e reclama da gestão do basquete brasileiro: “Sempre foi horrível”


Aos 57 anos, a ex-jogadora comenta o envelhecimento: “Manter a boa forma não é fácil, mas desde o momento em que você está feliz com o que está vendo no espelho está valendo”

Rainha das quadras de basquete, Hortência Marcari fez questão de prestigiar o desfile da Iódice, na manhã da última quarta-feira, na SPFWTRANSN42. A ex-atleta que brilhou como comentarista das Olimpíadas Rio 2016, na Rede Globo, afirmou com exclusividade ao HT que se redescobriu na nova profissão. “Tudo o que é desafiador para mim é muito bacana. Foi uma experiência maravilhosa, onde fomos preparada pela emissora para integrar o Time de Ouro. Fique muito encantada de descobrir como funciona esse mundo por trás da televisão. E o mais legal foi que a Globo prorrogou o meu contrato, e eu me achei como comentarista. Falar sobre um assunto que eu domino e que eu fiz a minha vida inteira está sendo um grande prazer”, revelou ela que foi medalhista olímpica de prata em Atlanta (1996) com a seleção feminina de basquete.

Hortência (Foto: AgNews)

Hortência (Foto: AgNews)

Com um currículo de dar inveja a qualquer atleta, Hortência também foi lembrada durante os jogos para carregar a tocha dentro do Maracanã, durante a abertura do evento. Para ela, esse pode ser destacado com um dos momentos mais importantes de sua carreira. “Foi um dos momentos mais emocionante. Foi uma honra receber esse reconhecimento depois de 20 anos longe das quadras”, disse ela, que ainda teve que manter em sigilo o convite do comitê. “O mais bacana foi segurar essa notícia e esconder até do meu filho para que ninguém ficasse sabendo antes da hora. Foi uma das coisas mais torturantes da minha vida”, contou, aos risos.

Mas afinal, o que Hortência estava fazendo em um desfile de moda? Calma, que a gente explica. Amiga de Alexandre Iódice e Adriane Galisteu, a cestinha comentou que apesar de não ser uma grande entendedora de moda procura estar antenada para não fazer feio. “Não tenho muita relação com a moda, mas toda a mulher gosta de saber o que está acontecendo, as tendências das próximas estações. Não sou frequentadora assídua do mundo da moda. Procuro estar antenada com o que está para não ser criticada. Apesar que não sou de ligar muito, uso o que me faz bem. Eu conheço muito o Alê e a Galisteu, e o desfile estava impecável”, avaliou.

Ex-jogadora prestigiou o desfile da Iódice (Foto: AgNews)

Ex-jogadora prestigiou o desfile da Iódice (Foto: AgNews)

A ex-jogadora de basquete ainda afirmou não ser uma fashion victim e falou como costuma escolher o que veste. “A moda tem a ver com seu astral. Não tem a ver usar uma roupa que está na moda, mas que não condiz com seu corpo. Você não pode ser escrava disso. Você tem que se olhar no espelho e ficar feliz com o que você vê. Hoje, por exemplo, estava tomando banho, olhei o tempo, vi o que tinha no meu closet para vestir”, contou.

No entanto, aos 57 anos, apesar de ter uma rotina de exercícios mesmo depois de se aposentar do basquete, ela garantiu que o tempo tem mostrado suas marcas. “Manter a boa forma não é fácil, mas desde o momento em que você está feliz com o que está vendo no espelho está valendo. Eu por enquanto não me incomodo com o envelhecer, mas me esforço bastante para ter essa tranquilidade. Eu sempre trabalhei muito com o meu corpo, então me ajuda. Mas a vida ela é sábia, ela vai te dando as coisas devagar para você ir se adaptando: uma ruguinha aqui, uma outra coisinha ali e aos poucos você vai se conformando. Porque não tem outra saída”, disse.

Ela continua no quadro de comentaristas da Globo (Foto: João Vitor Gaecia)

Ela continua no quadro de comentaristas da Globo (Foto: João Vitor Garcia)

Agora, quando questionada sobre os rumos do basquete no Brasil, ela, que pode opinar melhor do que ninguém, disse que a grande luta do esporte foi sua gestão. “O basquete do Brasil está passando por um momento muito difícil. Na verdade, a gestão do basquete sempre foi horrível. E com isso a seleção acaba penando. Eu procuro ajudar e eu estou sempre na torcida para que dê uma virada para voltar a ser o time de ouro que era. Mas isso vai demorar uns 20 anos para a gente chega lá”, ponderou a ex-atleta.