Exclusivo! Homenageada por “Babilônia”, Nathalia Timberg comenta reação conservadora: “Tive esperança de que o QI da população tivesse aumentado”


A atriz ganhou o troféu Rio Sem Preconceito na noite de ontem (15/9), e defendeu a liberdade de expressão e os direitos LGBT durante a cerimônia no Teatro Oi Casa Grande

O combate a qualquer tipo de discriminação foi o fio condutor do III Prêmio Rio Sem Preconceito, que lotou o Teatro Oi Casa Grande na noite de ontem (15/9). E, dentre as 12 personalidade homenageadas por suas militância, estava Nathalia Timberg, que neste ano foi alvo de críticas ferozes por parte do público conservador, ao interpretar uma homossexual casada com a personagem de Fernanda Montenegro, em “Babilônia”. HT, claro, foi saber da atriz como é encarar tamanha onda de preconceito aos 81 anos e com uma carreira tão longeva quanto elogiada.

Nathalia Timberg e Fernanda Montenegro foram homenageadas no III Prêmio Rio Sem Preconceito por seus respectivos desempenhos em "Babilônia" (Foto: Reprodução)

Nathalia Timberg e Fernanda Montenegro foram homenageadas no III Prêmio Rio Sem Preconceito por seus respectivos desempenhos em “Babilônia” (Foto: Reprodução)

“Eu não imaginava nada disso! Sempre tenho esperança de que o QI da população aumenta com o tempo, mas com tanta informação sucateada por aí… O que me choca bastante é saber que o país estando em um momento tão delicado quanto o atual, as pessoas ainda têm tempo para se preocuparem com a vida amorosa dos outros”, declarou. No palco da premiação, além de ser homenageada, Nathalia Timberg ainda teve um dos discursos mais aplaudidos do evento, e compartilhou com os convidados que já sofreu preconceito direto na rua, enquanto caminhava com a mãe, e uma mulher a chamou de judia com nojo, cuspindo no chão.

Nathalia Timberg é homenageada durante o III Prêmio Rio Sem Preconceito (Foto: Cristina Granato | Divulgação)

Nathalia Timberg é homenageada durante o III Prêmio Rio Sem Preconceito (Foto: Cristina Granato | Divulgação)

Momentos antes, Nathalia havia conversado com HT sobre como acha absurda a permanência do preconceito em pleno século XXI, e declarou: “Se até hoje ele está presente na nossa discussão, com toda essa reação conservadora, acho que continuam sendo necessárias as lutas atuantes nesse meio. Principalmente se a ideia for semearmos a expressão livre do ser humano”.