Muito além da genética, o amor é o laço entre pais e filhos adotivos. E é isso que o autor Eurivaldo Bezerra aborda no livro “Filhos”. Pai de três adotivos, o escritor vai contar a história de outras 40 famílias que se constituíram a partir da adoção. Como personagens dessas relações, Eurivaldo terá os relatos dos artistas Elba Rabalho, Marcelo Antony, Drica Moraes, Astrid Fontenelle e Maria Padilha. O grupo de celebs participou de um ensaio fotográfico com os filhos para ilustrar o livro. Segundo o autor, os artistas aceitaram falar sobre o assunto sem muitas dificuldades.
E tem histórias de todos os tipos. Elba Ramalho contou que, quando adotou Maria Clara, a primeira das três adotivas da cantora, seu corpo chegou a produzir leite para amamentar a menina. Já a atriz Drica Moraes, contou que esperou quatro anos na fila para a adoção de Matheus.
“Ser mãe é coisa que se inventa a cada dia, não vem pronto. Processo solitário que exige respeito mútuo. O amor alcançado, portanto, é único também. E incondicional. Essa é a grande beleza de ser mãe”. – contou a atriz ao escritor. Segundo Drica, a demora no processo foi um fator que a desmotivou a adotar outras crianças. Para o ator Marcelo Anthony, pai de coração de Stephanie e Francisco, adotar sempre foi um sonho. Ele que tem um filho biológico disse que não há diferenciação no sentimento entre as crianças. “Tenho uma vontade imensa de ajudar crianças que precisam de amor, carinho e segurança. Eu finalmente consegui realizar esse maravilhoso sonho. Sonho transformador. Nunca pensei que fosse amar dessa maneira tão intensa. Um amor que só cresce a cada dia, como uma bola de neve ladeira abaixo, mostrando o verdadeiro sentido do amor: amar sem esperar nada em troca. A gente pensa em adotar uma criança para fazer bem a ela, mas depois se dá conta de que são elas que nos fazem bem.”
A atriz Maria Padilha contou em seu relato para o livro que “o começo da habilitação não foi uma boa lembrança”. Segundo ela, as palestras que os futuros pais adotivos devem participar são como “um balde de água fria”. “Parece que desestimulam a adoção de propósito, como se não existissem tantas crianças abandonadas”. – lembrou Maria. Mas a recompensa é, sem dúvidas, positiva. “Manoel é um verdadeiro presente. Super carinhoso, sociável, amoroso, sorridente e adora beijar as pessoas. Ele se parece comigo, nas qualidades e até nos defeitos. É um amor tão grande, que desconhecia que poderia amar tanto alguém. O coração se alarga de tanta alegria”.
Na mesma vibração, Astrid Fontenelle agradeceu ao filho Gabriel “por tê-la aceitado como mãe”. “Nem nos meus melhores sonhos eu poderia imaginar uma pessoa tão doce, tão feliz, tão engraçada, generosa. Aprendo com ele todos dias. E aprendi o mais importante: ser agradecida. E ser também mais educada, tolerante, menos brava… Ele é meu Foco. Ele é minha Força”. – contou a mãe de coração do Gabriel.
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