A representativa indígena, finalmente, chega ao mundo da moda e reverberando a mais alta potência, No fim de semana, contei para vocês a história de Noah Álef, natural de Jequié, interior da Bahia, e de origem pataxó que deixou a profissão de empacotador para se tornar um novo nome da moda e que pretende usar a profissão como ferramenta para buscar mais representatividade à população indígena: “Quero que nossos traços e raízes sejam mais valorizados, poder dar visibilidade ao meu povo através da moda, chamando atenção para os problemas que enfrentamos”, afirmou. Agora, é a hora de contar a história de Emilly Nunes, nascida em Belém, é fruto da miscigenação brasileira. Criada na Ilha de Marajó, descendente de índios Aruans, passou a infância seguindo a rotina das tradições típicas de seus antepassados indígenas, produzindo farinha de mandioca caseira e indo à mata, onde colhe açaí e bacuri. Até que se mudou para Belém, onde vendia chip de operadora de celular junto com a mãe na rua ruas da capital paraense.
Onde em poucos meses ela chegou? No Olimpo da moda. Foi descoberta ano passado por um olheiro nas ruas de Belém. Em setembro, em São Paulo, o voo foi alto: ela foi fotografada no bairro de Pinheiros, para a nova capa e recheio da revista europeia, a Vogue portuguesa.
Em poucos meses de carreira, a jovem coleciona importantes trabalhos: com esta, soma sua terceira capa de Vogue em menos de um ano – sendo duas no Brasil, e a nova edição portuguesa, além de ter posado para grifes prestigiadas, como Lenny Niemeyer e Animale.
Desde criança, Emilly acompanhava desfiles de moda, quando calçava o salto-alto da mãe e desfilava pelos cômodos da casa onde vivia com a família.
Recentemente, mudou-se para São Paulo, onde tornou-se aposta da moda e assinou contrato com a WAY Model, de Anderson Baumgartner, líder no segmento e responsável pela carreira de prestigiadas tops como Sasha Meneghel, Carol Trentini e Alessandra Ambrósio.
“Só tenho a agradecer por tudo o que tem acontecido, por todos que me dão apoio, e por tudo que acontecerá. Fico muito feliz por poder representar um pouco da beleza indígena, dentre tantas belezas e raças. Que todas sejam representadas”, pontua.
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