A vida não está sendo fácil para Dedé Santana. Pelo menos é o que ele disse nesse domingo, em entrevista a Luiz Bacci, apresentador do programa “Domingo Show“, da Rede Record. “Sempre fui de gastar, não ligo para dinheiro. Tudo que eu via eu queria comprar, cheguei a ter oito carros na garagem. Não me preparei para essa situação em que estou agora. Perdi tudo. Eu, Mussum e Zacarias perdemos tudo”, declarou o ator de 80 anos, que se disse endividado e obrigado a vender um imóvel de 27 cômodos em que morava em Itajaí, Santa Catarina, por R$2 milhões.
“É uma carreira ingrata. Não adianta só talento, depende de sorte também. Nunca fui comerciante, eu nunca fui empresário… Eu sempre fui artista. Eu só sei fazer isso”, declarou Dedé, antes de completar que, atualmente, vive da renda de apresentações teatrais, shows em circo e os direitos de imagem que o Canal Viva paga mensalmente por reexibir os episódios de “Os Trapalhões”. Dedé ainda contou que a crise vem de longa data e que já foi obrigado a pedir ajuda a Renato Aragão, o Didi, o líder da trupe, e, portanto, o que mais ganhou dinheiro nessa trajetória.
“Eu já precisei do Renato Aragão para pedir dinheiro. Ele não me emprestou, ele deu. E não era pouco. É difícil pedir dinheiro, você fica com uma sensação de incompetência. Ele escrevia, organizava. Se não fosse ele, o grupo não existiria”, explicou. Com 50 anos de carreira, Dedé, além do desabafo, foi homenageado no palco por nomes como Castrinho e Carlos Alberto de Nóbrega e ainda se reencontrou com Paula, filha de Mussum. Quando você está no auge, você tem 500 amigos. Quando você cai um pouquinho, as pessoas parecem que se escondem. Isso dói”, finalizou.
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