Muito se falou sobre a beleza, simplicidade e a genialidade da abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, ocorrido na última sexta-feira, no estádio do Maracanã. O espetáculo, dirigido por Abel Gomes, Fernando Meirelles, Andrucha Haddington Deborah Colker e Daniela Thomas ofereceu ao mundo uma verdadeira aula de história que passeou por símbolos icônicos da nossa cultura popular como a luta indígena, a chegada dos portugueses ao Brasil, passando pela era da escravidão até chegar ao seu apogeu com a criação da Bossa Nova, do Samba e até o movimento funk. No entanto, um dos momentos mais aguardados da noite seria a glamourosa passagem de Gisele Bündchen pela travessia dos 128 metros de palco montado em cima do gramado de um dos maiores estádios de futebol do mundo. Apesar de todos os aplausos, parece que a participação da modelo, que recebeu o simbólico cachê de R$ 1, não foi tão perfeita assim como parece. Acredite!
Em entrevista ao programa “Timeline Gaúcha”, da Rádio Gaúcha, Meirelles afirmou que a modelo deveria ter caminhado mais rapidamente na passarela montada exclusivamente para ela. “A Gisele Bündchen errou, por exemplo. A gente combinou uma velocidade e ela andou um pouquinho mais lento. Eu acho que ela estava empolgada”, revelou ele, que ainda comentou que a top deveria ter feito uma interação com a imagem de Tom Jobim. “Ela foi mais devagar, a música acabou e não deu tempo pra ela fazer a cena”, adiantou ele.
Ainda durante a entrevista, Fernando comentou sobre um suposto desconforto com a família de Vinícius de Moraes, que teria sido esquecido durante a homenagem, já que o poeta também assina o clássico “Garota de Ipanema”. “A ideia era uma homenagem aos anos 60, e escolhemos Tom Jobim. Não que o Vinicius não seja um cara sensacional. A gente pagou os direitos, certamente a família recebeu a parte dele. Não sou obrigado por lei a homenagear alguém”, declarou à rádio.
Antes de retornar para os Estados Unidos, Gisele falou para o “Fantástico” como foi a emoção de participar do evento que parou o mundo. “Eu tenho 22 anos de carreira e nunca tive uma emoção assim. Sou canceriana e só queria chorar. Senti toda aquela emoção”, disse, afirmando que ficou muito nervosa ao entrar na enorme passarela. “No dia, bem cedinho, fui à praia, entrei no mar e pedi proteção, pois não podia cair, tropeçar. Meu salto não podia quebrar. Na hora minha perna ficou bamba, eu tinha uma cauda enorme (no vestido)”, explicou ela para a jornalista Glória Maria.
Gisele, que encerrou sua carreira nas passarelas após desfilar na São Paulo Fashion Week, em abril de 2015, ainda revelou que teve de abrir uma exceção para os jogos olímpicos. “Nunca achei que eu fosse desfilar de novo, mas não tinha como dizer não para as Olimpíadas”, ponderou. E completou, sorridente: “Estou muito feliz, me sinto realizada”.
Artigos relacionados