Boas iniciativas sempre terão espaço neste site. Ainda mais em tempos de pandemia do novo coronavírus, que tem deixado a população vulnerável. A pandemia reforça as desigualdades do Brasil e urge por ações, tanto do poder público, como de iniciativas da própria população, através de organizações sem fins lucrativos, institutos ou mesmo particulares, para tentar minimizar os impactos das consequências do vírus.
Pensando nisso, destacamos hoje, o projeto, A Casa É Nossa, do Instituto Novo Brasil, que tem como embaixatriz a atriz Juliana Paes, e tem legalizado documentos, permitindo que famílias tenham acesso rápido ao auxílio emergencial do governo federal. Ao longo de 14 anos de atuação, o programa já beneficiou mais de seis mil famílias no Rio.
A vigilante Jeanne Santos está sem ter como trabalhar por conta do período de pandemia do novo coronavírus. A carioca é mãe de três filhos, que cria sozinha, e viu no auxílio emergencial dado pelo governo federal às famílias de baixa renda a ajuda que precisava para passar esse período de quarentena. “Graças ao projeto, temos a posse da nossa moradia, e a regularização de todo o nosso documento pessoal, e também conseguimos obter a renda emergencial do governo federal sem nenhum problema. Essa iniciativa deles nos trouxe muita segurança”, comemora a vigilante, que em Vila Progresso, na Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Ao contrário de milhões de brasileiros que se aglomeram na porta dos bancos se arriscando a contrair a Covid-19, Jeanne já conseguiu o benefício federal, e regularizou seus documentos pessoais. Antes da pandemia, ela fazia bicos como segurança em eventos e também faxina. Com a recomendação de quarentena, ela perdeu toda a sua fonte de renda. “Mantenho os meus filhos sozinha e esse auxílio está me ajudando muito. Vai ajudar na alimentação, na higiene e a passar esse período que a gente não está podendo gerar renda”, conta Jeanne, que postou nas redes sociais a conquista da casa própria, também obtida através do projeto. “Todo esforço é válido e nunca desista de seus sonhos. Grata a Deus por esta conquista. Quero agradecer e parabenizar os responsáveis do projeto Vila Progresso e o Instituto Novo Brasil também”, comemorou.
O programa é presidido por Sônia Andrade, que é registradora pública do 6º Ofício de Registro de Títulos e Documentos do Rio de Janeiro, e ficou em segundo lugar no Prêmio Innovare, na edição de 2019, que tem como objetivo identificar, divulgar e difundir práticas que contribuam para o aprimoramento da Justiça no Brasil. “Fico feliz de saber que todas as pessoas que foram beneficiadas com o projeto tiveram acesso ao auxílio emergencial, então me resta dizer que precisamos levá-lo para o maior número de pessoas possíveis dentro dessas comunidades”, diz Sônia, que espera o fim da pandemia para ampliar o programa qualificando moradores de comunidades para atuarem junto ao Instituto Brasil em todo país. “Pretendemos qualificar pessoas da localidade para trabalhar junto com o instituto para que possamos desenvolver o projeto em uma proporção maior. Já existia essa possibilidade antes da pandemia, então, estamos aguardando o retorno das atividades profissionais para a gente poder viabilizar essa nova forma de olhar o A Casa É Nossa“, explica.
O projeto já beneficiou moradores do Cantagalo/Pavão-Pavãozinho, em Copacabana e Ipanema; Alto da Boa Vista, Complexo do Alemão, Complexo de Manguinhos, Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana; Comunidade Beira Rio e Canal do Anil, Cidade de Deus, todos em Jacarepaguá; e Chácara do Céu, no Leblon.
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