Emma Watson em nada lembra a menininha de rosto ingênuo e cabelos cheios do primeiro filme da saga Harry Potter. A atriz, que, de 2001 para cá, cresceu e apareceu diante da mídia por sua beleza, o gosto refinado para moda, e, principalmente, dedicação às causas sociais – mais forte no caso do feminismo -, surpreendeu ao revelar, em conversa com a apresentadora americana Gloria Steinem – célebre por seu engajamento com as causas das mulheres -, que está interessada em aprender melhor sobre sexo. Para isso, ela assinou um site sobre o prazer sexual, o OMGYES.com. “Gostaria de ter conhecido antes. A assinatura é um pouco cara (40 libras), mas vale a pena”, declarou Emma.
A inscrição, porém, tem um objetivo ainda maior, já que surgiu como fonte de pesquisa para um de seus projetos feministas que consiste em uma investigação sobre o prazer da mulher. O objetivo é ter contato com várias mulheres e obter o parecer de cada uma delas sobre o assunto a partir de uma pesquisa de campo ‘real’ em vez de apenas a teoria – como a maioria dos artigos científicos sobre o tema. Emma revelou, também, que esse projeto tem um financiamento de quase US$ 5 milhões. Vale lembrar que a atriz, que também é embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres declarou recentemente que ia tirar um ano sabático longe dos filmes para se dedicar aos estudos de gênero. “Quero escutar o máximo de mulheres que puder. É algo que estive fazendo por conta própria, através da ONU, na campanha HeForShe e em meu trabalho em geral”.
Em 2014, Emma Watson foi eleita a celebridade feminista do ano pela ‘Ms. Foundation for women’ e pela revista ‘Cosmopolitan’, após um discurso na ONU. Quando foi nomeada embaixadora da Boa Vontade, ela afirmou: “O feminismo, por definição, é a crença de que homens e mulheres devem ter oportunidades e direitos iguais. É a teoria da igualdade política, econômica e social entre os sexos”.
Um representante do aplicativo usado por Emma chegou a explicar o objetivo a um jornal. “Em vez de fazer artigos de revistas acadêmicas, estamos focados em descobertas práticas, reais e experimentais, no formato de entrevistas documentais – explícito e não explícito – com mulheres verdadeiras”, disse. A plataforma também é utilizada por homens e ajuda a “explorar as especificidades do prazer feminino, combinadas com a sabedoria de mais de 2.000 mulheres, com idades entre 18 e 95 anos”.
Ainda no papo com Gloria, Emma lembrou como foi crescer diante da indústria cinematográfica mais poderosa do mundo. “Estava tentando descobrir minhas prioridades. No começo, eu queria apenas dizer: ‘Eu não sou a Hermione’ . E, então, após um tempo, finalmente achei o meu lugar”, disse ela. E como achou!
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