Desde 2005, o comediante Bill Cosby tem sido acusado de abusar sexualmente de mulheres. Acusações essas que tiveram seu estopim em novembro do ano passado quando, em uma ação coletiva, 18 mulheres tiveram a coragem de falar abertamente sobre o assunto e processar o comediante de 78 anos. Em uma espécie de efeito dominó, à medida que novas vítimas vinham a público falar sobre o assunto, outras tantas apareciam e, hoje, o ator norte-americano já acumula 46 acusações, das quais 35 aparecem na capa da nova edição da “New York Magazine”.
Todas as vítimas que acusam Bill Cosby de estupro trazem um ponto em comum: elas alegam terem sido drogadas pelo comediante com Quaaludes (uma espécie de sonífero) e, posteriormente, acordarem sem memória alguma do ocorrido, a não ser sinais de abuso, como esperma entre as pernas e roupas rasgadas. Os crimes teriam acontecido ao longo de décadas e envolvem também menores de idade.
Recentemente, a revista “People” conseguiu um depoimento de Bill admitindo que drogou pelo menos uma mulher com comprimidos e depois fez sexo não-consensual com ela. Logo depois, o “The New York Times” conseguiu uma gravação de dez anos atrás na qual o comediante assume ter feito sexo com outras cinco mulheres, mas nega ter abusado delas, alegando apenas que se aproveitava da fama para praticar o ato. O caso já repercutiu tanto que foi comentado até pelo presidente Barack Obama, o qual afirmou que drogar uma pessoa para fazer sexo não-consensual com a mesma é o equivalente a um estupro.
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