Não é de hoje que José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, ex-todo poderoso da Rede Globo e responsável por idealizar programas como “Jornal Nacional” e “Fantástico” e por contratações como a de Francisco Couco e Glória Menezes; anda tecendo críticas diretas e ferrenhas à emissora carioca. Principalmente no que diz respeito à informalidade que o “JN”, principal noticiário do país, adquiriu recentemente. “Daqui a pouco a Maju (Maria Júlia Coutinho, garota do tempo) vai chamar o (William) Bonner de Bubu. Eu sou um grande amigo do Bonner, ele é um bom editor, um grande apresentador. Tenho o maior respeito por ele, é um grande profissional, mas quando você tem tanta informalidade, perde institucionalidade, a instituição vai pro ‘vinagre’. A credibilidade passa a ser comprometida. Se eu estou brincando com a notícia do tempo, estou brincando com a noticia de polícia, de política, de economia”, opinou em entrevista ao apresentador Amaury Jr.
E, para se justificar, Boni usa como exemplos “os grandes jornais americanos da noite”, que “têm um único apresentador para não haver diálogo, porque aquilo é um diário oficial”. “Agora, os programas locais que passam à tarde, com quatro ou cinco pessoas, em que o cara dá um tapinha nas costas, passa a mão na cabeça, cabe e deve, porque está se tratando de uma coisa da cidade, entre amigos. Mas o jornal da noite é um diário oficial, as pessoas não só assistem para saber o que está acontecendo, como também para saber se aconteceu de fato, porque é uma informação institucional. E, quando você passa essa informação institucional de uma maneira informal, está jogando metade de seu prestígio na rua”, continuou ele que, na ocasião, ainda falou do filho, Boninho, que dirige atrações como “Mais Você” e “Vídeo Show”. “Eu acho que em termos de entretenimento ele é o melhor. Tenho admiração por vários programas que ele faz e outros não. Um pai com um filho é sempre muito exigente. Os outros diretores podem fazer qualquer coisa, mas você não, você só pode fazer o melhor”.
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