Ato “pela democracia” convoca músicos para o centro do Rio de Janeiro. Caetano declina e Chico Buarque aguarda algo mais “concreto”


O cantor Chico Buarque, segundo HT apurou, “ouviu falar (do convite), mas ainda não tem informações concretas (sobre como seria a tal participação)” e, portanto, é dúvida no tal ato. Segundo os organizadores, “só a arte, a intelectualidade e o povo nas ruas podem mudar o curso do caos”

Cerca de sete mil pessoas estão confirmadas, em movimento convocado via internet – encabeçado pelo blog político Jangada de Pedra -, para um ato a ser realizado no próximo dia 31 de março, na Praça XV, no Centro do Rio de Janeiro. “Pela democracia”, eles pedem a presença da trinca: Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil sob a justificativa de que “os três já se posicionaram contra o golpe de 2016 (que estaria buscando a retirada da presidenta Dilma Rousseff do poder)”. O texto de convocação diz: “(…) Só a arte, a intelectualidade e o povo nas ruas podem mudar o curso do caos. O peso de artistas que significam a alma da liberdade, da luta contra a opressão e da música podem sensibilizar aqueles que estão perdidos pelo império midiático e pelos espetáculos judiciais. Esse manifesto é um desespero, um pedido que surge do fundo da esperança e das gargantas de um povo que sofre, não dorme e espera o alvorecer de que tudo seja passado para trás”.

Chico, Gil e Caetano (Foto: Reprodução)

Chico, Gil e Caetano (Foto: Reprodução)

Diante o pedido, Caetano Veloso já manifestou que não vai participar “por conta de um compromisso internacional anteriormente marcado”. O cantor Chico Buarque, segundo HT apurou, “ouviu falar (do convite), mas ainda não tem informações concretas (sobre como seria a tal participação)” e, portanto, é dúvida no tal ato. Gilberto Gil, por sua vez, ainda não se manifestou. Vale lembrar que os três músicos já se posicionaram contra o panorama atual da política do país. Em gravação do programa “Altas Horas” (Rede Globo), Caetano comparou as manifestações pró-impeachment do dia 13 de março ao cenário político de 64.  “A manifestação de domingo, para mim, não foi suficientemente diferente da passeata da Família com Deus (pela Liberdade), que apoiou o golpe de 64”.

Com discurso semelhante, Chico Buarque também já declarou sua defesa pelo Partido dos Trabalhadores e inclusive se envolveu em uma acalorada discussão no meio da rua, no Leblon, Zona Sul do Rio, como aqui bem deixamos registrado. Gilberto Gil, como se sabe, já foi Ministro da Cultura do governo Luiz Inácio Lula da Silva entre 2003 e 2008.