Depois do anúncio da Editora Abril de que não iria mais publicar a Playboy, a matriz da publicação parece estar andando pelo mesmo caminho. Por conta da concorrência com sites pornográficos, a Playboy americana anunciou, em outubro passado, que deixaria de publicar fotos de mulheres nuas. Em fevereiro, a revista de 62 anos apresentou sua primeira capa, inspirada no aplicativo do momento, o Snapchat. Com a linha de texto acompanhando a foto, a revista estampou sua primeira non-nude com uma selfie da modelo Sarah McDaniel.
Logo após o aparecimento da primeira capa non-nude e o preço da Playboy Mansion (Mansão Playboy) subir para 200 milhões de dólares, veio a notícia de que não só a mansão, mas a revista também será vendida. A empresa, fundada por Hugh Hefner em 1953, pode valer mais de 500 milhões de dólares, e o logotipo da Playboy também está incluído. O coelhinho de gravata é considerado um dos símbolos de marcas mais reconhecíveis do mundo: “(…) e Hefner de roupão e fumando cachimbo é uma marca forte por si só”, descreveu a Forbes em 2013. “É grosseiro, mas vende”.
No Brasil, a última publicação saiu em dezembro, com a modelo Luh Ferreira na capa. A Abril, que recentemente havia vendido outros títulos para a Editora Caras, informou que a retirada de circulação das revistas dá “continuidade à estratégia de reposicionar-se focando e dirigindo seus esforços e investimentos às necessidades dos leitores e do mercado”.
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