Xingou muito no Twitter! Nicki Minaj se revolta com a lista de indicados ao VMA e diz: “se eu fosse outro ‘tipo’ de garota, teria sido nomeada


Rapper se revoltou pelos clipes de “Anaconda” e “Feeling Myself” não terem entrado para a seleção da MTV de Melhor do Ano

Não é de hoje que o Video Music Awards, a premiação mais importante da MTV, não tem agradado os fãs de música pop, que ainda não se desapegaram dos tempos áureos do evento em décadas passadas. Na tarde desta terça-feira, por exemplo, foi liberada a lista de indicados à edição de 2015 da cerimônia e o resultado, mais uma vez, deixou a desejar, com três artistas dominando a maioria das nomeações: Beyoncé, com “7/11”; Taylor Swift, com “Bad Blood”; e Kendrick Lamar, com “Alright”. Além do público, quem não gostou nadinha do anúncio foi Nicki Minaj, que passou a tarde revoltada no Twitter.

Nicki Minaj em uma das cenas mais marcantes de "Anaconda" (Foto: Reprodução)

Nicki Minaj em uma das cenas mais marcantes de “Anaconda” (Foto: Reprodução)

Explicamos: a emissora deixou de fora alguns grandes lançamentos de videoclipes dos últimos meses, como “Pretty Girls”, de Britney Spears e Iggy Azalea; “Fourfiveseconds”, a parceria entre Kanye West, Paul McCartney e Rihanna; “Good For You”, de Selena Gomez; e toda a nova fase de Madonna com o álbum “Rebel Heart”. Entre os esquecidos, está também “Feeling Myself”, parceria de Nicki Minaj e Beyoncé.


Nicki Minaj – “Anaconda”

“MTV, obrigada pelas indicações, mas ‘Feeling Myself’ perdeu a deadline ou…”, começou a rapper na rede social, que apesar de tudo ainda tem algumas indicações com “Bang Bang”, parceria com Jessie J e Ariana Grande. A artista então começou a repostar uma série de comentários de fãs que apontaram o fato de o videoclipe para “Anaconda” ter quebrado o recorde de visualizações do Vevo na época de sue lançamento, com 19 milhões de cliques em 24h.


Nicki Minaj – “Feeling Myself” (Feat. Beyoncé)

“Se eu fosse um ‘tipo’ diferente de artista, ele teria sido nomeado para Melhor Coregrafia e Vídeo do Ano também. Você não conseguia entrar nas redes sociais sem ver as pessoas imitando a arte da capa, a coreografia ou com fantasias de Halloween… Um impacto como esse e nenhuma indicação a Vídeo do Ano? Quando as ‘outras’ garotas lançam vídeo que quebram recordes e impactam a cultura, elas conseguem aquela indicação”, postou, com vários sorrisos irônicos.

Nicki Minaj em "Anaconda" (Foto: Reprodução)

Nicki Minaj em “Anaconda” (Foto: Reprodução)

Explicamos: Taylor Swift, com “Bad Blood”, foi quem tirou o recorde de maior número de visualizações em 24h de “Anaconda” e, em questão de indicação ao VMA 2015, foi um dos mais apontados pelo júri, com nove no total, ao contrário do outro, com apenas duas (Vídeo Feminino e Vídeo de Hip Hop). Logo, as reclamações de Nicki fazem mais do que sentido, não? Será que vai rolar climão sobre o assunto? O jeito é esperar até 30 de agosto para descobrir.


Taylor Swift – “Bad Blood”

ATUALIZAÇÃO (20:22):

Taylor Swift e Nicki Minaj antes do barraco no Twitter (Foto: Reprodução)

Taylor Swift e Nicki Minaj antes do barraco no Twitter (Foto: Reprodução)

Aparentemente, Nicki Minaj voltou de seja lá qual foi o compromisso que ela teve, e estava com sangue nos olhos. No twitter, a rapper voltou a tocar no assunto, dessa vez de maneira mais clara para quem não havia entendido nas entrelinhas: o caso é realmente racial.

“Se seu vídeo celebra mulheres com corpos bem magros, ele será indicado a Vídeo do Ano. Ah, mas pode confiar em mim, eu estarei naquele palco para pegar meu prêmio. Eu não sou sempre confiante assim. Estou apenas cansada. Mulheres negras influenciam tanto a cultura, mas raramente são reconhecidas por isso “, disse, provavelmente avisando a quem estivesse de plantão que iria rolar um momento Kanye West 2.0 (ou seria 3.0, depois do Grammy?).

Eis que surge Taylor Swift na conversa e manda uma mensagem direcionada para Nicki: “Eu nunca fiz nada além de amar e apoiar você. Não é do seu feitio colocar mulheres umas contra as outras. Talvez algum homem tenha pegado a sua deixa… Se eu ganhar, por favor, suba comigo. Você está convidada para qualquer palco que eu suba”. O problema é que Nicki não deixou se intimidar pelo esquadrão “feminista” e o discurso de Taylor, respondendo no exato minuto: “Oi? Você não deve estar lendo meus tweets. Não falei uma palavra sobre você. Continuo te amando do mesmo jeito. Mas você deveria falar sobre isso”.

O “isso” é o mesmo assunto que Kanye West, Prince, Nina Simone, Solange Knowles (que até retweetou Nicki) e Azealia Banks têm criticado comumente há décadas: a maneira como artistas negros não ganham o devido crédito pelo trabalho e a influência cultural que historicamente exercem na sociedade. Acontece que hoje, com o poder de redes sociais, a disseminação da informação e a falta de barreiras entre a “celebridade” e o “público”, mais o discurso correto e a coragem de Nicki Minaj, fazem com que o problema não apenas reverbere da maneira devida, mas também não seja “censurado” ou manipulado por mídias.

“Não é que eles não estejam entendendo o ponto, estão apenas querendo ignorar o ponto. O truque mais antigo no livro. Nada do que eu disse tinha relação com a Taylor. […] Estou tão feliz que vocês possam ver como isso funciona”, disse Nicki Minaj, repostando uma série de mensagens dos fãs que diziam coisas do tipo “Como Taylor ousa transformar esse assunto em algo pessoal” e “Taylor deveria pedir desculpas a Nicki”.

E você? Acha que Nicki Minaj está exagerando ou as reclamações são pertinentes?