Momento banheirão! Todo mundo de olho neste refúgio feminino em fotos da expô de Maxi Cohen na Galeria Lume!


Artista americana faz sua primeira individual no Brasil, em São Paulo, “Ladies Room Around the World”

A fotógrafa, cineasta e artista multimídia norte-americana Maxi Cohen resolveu fazer uma exposição mostrando o que rola no banheiro feminino. O resultado foi um badalo fortíssimo na vernissage de abertura da exposição ontem, em São Paulo. Tudo isso na Galeria Lume, que inicia seu calendário de 2014 com a exposição “Ladies Room Around the World”, da artista com curadoria de Paulo Kassab Jr.

Em sua primeira individual no país, a mostra é composta por cerca de 19 fotografias e um vídeo desta série retratada entre 1978 e 2011, ambientada em banheiros femininos de diversas cidades do mundo. Pessoas de diferentes línguas e estilos foram registradas, geralmente em frente ao espelho do banheiro, evidenciando momentos vulneráveis e de confissões íntimas à fotógrafa, os quais vão desde o sexo ao adultério, do poder ao abuso, da moda à fama, e do horror ao deleite.

Veja como foi o badalo na galeria de fotos!

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* Fotos: Sonia Balady (divulgação)

A ideia surgiu durante o lançamento de seu longa-metragem Joe e Maxi, no Festival de Cinema de Miami (1978), onde Maxi Cohen se viu em um entediante jantar de premiação, no salão de um hotel. Para escapar da situação desconfortável, Maxi recorreu ao seu “esconderijo” predileto desde criança: o banheiro feminino – “Um santuário de isolamento em um mundo densamente povoado”, em suas próprias palavras. Encantada com as octogenárias ajustando seus espartilhos e cílios postiços, a artista sacou sua câmera e começou a fotografar esta cena, dentro daquele templo de porcelana, fios russos e prata. Posteriormente, Maxi passa a gravar algumas dessas experiências em vídeo, em formato de documentário, completando esta série que percorreria, algum tempo depois, inúmeros lugares do mundo, como Austrália, Zâmbia, Bombay, Bósnia, e Tel Aviv.

Ao longo desses 33 anos, Maxi foi reunindo fotografias e vídeos de circunstâncias variadas, capturados dentro desse universo particular. “Na década de 1990, entrei em um bar aborígene no interior australiano. Um par de mulheres me chamou para sentar com elas. Temendo os ouvidos masculinos, as mulheres me arrastaram para o banheiro feminino para falar sobre o incesto e estupro de meninas e meninos na comunidade.”, comenta. Explorando este curioso ambiente desconhecido pelos homens, o banheiro feminino, Maxi Cohen considera questões importantes, que a ela eram reveladas pouco a pouco, evidenciando fatos escondidos em discursos que nem sempre se pautavam na realidade de palavras e ações.