Raduan Nassar é o 12º brasileiro a vencer o Prêmio Camões de Literatura


Criado em 1988 pelos governos de Portugal e do Brasil, o Camões foi entregue, desde sua criação, a 11 autores portugueses, 12 brasileiros, um moçambicano e um angolano.

O Prêmio Camões, a maior láurea da literatura de língua portuguesa do mundo foi vencido pela 12ª vez por um brasileiro: o paulista Raduan Nassar. O vencedor, de 80 anos, tem “apenas” três obras publicadas – “Lavoura Arcaica”, Um Copo de Cólera” e o livro de contos “Menina a Caminho” – mas é considerado um dos mais importantes autores brasileiros de todos os tempos.

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“Através da ficção, o autor revela, no universo da sua obra, a complexidade das relações humanas em planos dificilmente acessíveis a outros modos do discurso. Muitas vezes essa revelação é agreste e incômoda, e não é raro que aborde temas considerados tabu. O uso rigoroso de uma linguagem cuja plasticidade se imprime em diferentes registos discursivos verificáveis numa obra que privilegia a densidade acima da extensão”, dizia o comunicado, justificando a eleição pelo juri de forma unânime do brasileiro como o grande vencedor do Prêmio Camões de 2016. O anúncio do nome Nassar, que vai levar 100 mil euros foi feito em Lisboa pelo secretário de Estado da Cultura de Portugal, Miguel Honrado.

Criado em 1988 pelos governos de Portugal e do Brasil, o Camões foi entregue, desde sua criação, a 11 autores portugueses, 12 brasileiros, um moçambicano e um angolano. Nomes como Miguel Torga, José Saramago,  Maria Velho da Costa, Rachel de Queiroz, Jorge Amado, Ferreira Gullar e Lygia Fagundes Telles são alguns dos contemplemos nestes 28 anos de premiação.