“Que Horas Ela Volta?” entra na disputa para concorrer ao Oscar e Regina Casé é só felicidade: “Foi dada a largada! Show de bola!”


O filme da diretora Anna Muylaert será pré-indicado à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos pelo Ministério da Cultura. A decisão saiu há poucas horas no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro

HT, sempre de olho na rádio-cinema, já havia cantado a bola e agora veio o sacramento direto do Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro: “Que Horas Ela Volta?”, de Anna Muylaert, é o indicado brasileiro na disputa por uma das cinco vagas que concorrerão ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Horas depois do anúncio, Regina Casé, a protagonista do longa, se manifestou pela internet: “Foi dada a largada! #QueHorasElaVolta? acaba de ser indicado pelo Brasil para concorrer ao #Oscar de filme estrangeiro! Como diz a Val SHOW DE BOLA! agora é BOLA PRA FRENTE!!!! Já assistiu????”.

Postagem de Regina depois de ser informada da indicação (Foto: Reprodução)

Postagem de Regina depois de ser informada da indicação (Foto: Reprodução)

O anúncio foi dado pelo Ministério da Cultura na manhã desta quinta-feira (10) após análise da Comissão Especial de Seleção, composta pelo diretor Daniel Ribeiro (de “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”), pelo assessor da Agência Nacional de Cinema (Ancine) Eduardo Valente, pelo ministro George Torquato Firmeza, pelo diretor de arte Marcos Flaksman, pelo secretário do Audiovisual Pola Ribeiro, pelo jornalista Rodrigo Fonseca, e pela presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Audiovisual, Silvia Rabello.

“Que Horas Ela Volta?”, protagonizado por Regina Casé, mostra a apresentadora do “Esquenta” na pele de Val, uma empregada doméstica que saiu do interior de Pernambuco, onde deixou a filha pequena Jéssica, para tentar a vida na capital paulistana. Ela passa a trabalhar como babá e vive a culpa de ter deixado sua própria filha para trás, enquanto cuida do herdeiro alheio. Tudo passa a mudar quando Jéssica também decide ir para São Paulo estudar e começa a questionar as condições trabalhistas, morais e sociais a qual sua mãe – e consequentemente toda a classe das domésticas – está sujeita.

O filme já rendeu a Regina Casé o prêmio especial do júri de melhor atriz em filme estrangeiro do Festival de Sundance, nos Estados Unidos, após ter concorrido ao lado de outros 12 títulos estrangeiros. Ah, isso se contar que, pela opinião popular, levou o melhor filme no Festival de Berlim sendo aplaudido por oito minutos ininterruptos. Agora, depois da decisão do MinC, falta aguardar a Academia de Hollywood escolher, no dia 14 de janeiro, os cinco finalistas após avaliar propostas, como a nossa, vindas de todo o mundo.