Plena aos 30 anos, Paolla Oliveira lamenta: “Não há mais tanta identificação do público com o bom-caratismo”


Em entrevista à Revista Estilo deste mês, a vilã de “Além do tempo” também falou sobre sua evolução interior: “Durante os 20, descobrimos algumas coisas, mas é depois dos 30 que as assimilamos e aproveitamos”

Se havia alguma dúvida de que o escritor francês Honoré de Balzac estava certo com aquela história de idade balzaquiana, na qual as mulheres que chegam aos 30 anos são mais realizadas e vivem o amor de forma mais plena, ela não existe mais. E quem prova é Paolla Oliveira, que está amando a faixa etária. “Durante os 20, descobrimos algumas coisas, mas é depois dos 30 que as assimilamos e aproveitamos. É quando nos sentimos mais seguras com as nossas opiniões e com a maneira de colocá-las em prática. Vivo essa fase”, contou à Revista Estilo de outubro.

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Para as lentes de Renam Christofoletti, a atriz, no ar como a Melissa da novela “Além do tempo”, também mostra amadurecimento no campo profissional. E chega a comparar, mezzo de brincadeira, mezzo na real, a arte da interpretação à momentos no divã. “Para interpretar alguém com verdade, é preciso chegar antes em você, se descobrir, e isso não é fácil. Costumo brincar que quem não faz análise deveria pelo menos fazer teatro”. Para Paolla, encarnar uma vilã já não é tanto problema assim nos dias atuais. E ela não fala isso às boas.

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“Acho que hoje não há mais tanta identificação do público com o bom-caratismo e a bondade, e isso me choca um pouco. Penso que é um reflexo do nosso tempo, das possibilidades que a internet abriu e de como a agressividade ficou potencializada em algumas pessoas”, opinou. E se engana que só de caráter se faz um personagem. A turma do figurino têm um papel importante. Pelo menos para Paolla.  “Uma das coisas que aprendi com meus papéis é que as roupas têm o poder de contar uma história e revelar uma personalidade. Elas dizem no ato quem você é. Por isso, uso somente o que gosto e o que faz com que eu me sinta bem. Não im­porta se é algo careta ou fora de moda”.